31 de maio de 2007

Citações sobre o amor

Antes que alguns engraçadinhos digam, já vou avisando: eu não estou apaixonado por ninguém. O objetivo desta postagem é, simplesmente, fazer com que determinadas pessoas, que visitam meu blog com freqüência, parem para pensar no assunto. Não tenho nenhum outro objetivo que não seja o de fazer o(a) leitor(a) das frases abaixo para para pensar sobre cada uma delas e, assim, tentar chegar a um conceito sobre o que é o amor -- conceito este que, na minha visão, é totalmente subjetivo e individual.

Sendo assim, sem gracinhas! Lá vai...

"É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música". Balzac

"Amor é uma palavra; o que importa é a conexão que esta palavra implica". Matrix Revolutions

"Um covarde é incapaz de exibir amor; amor é a prerrogativa do bravo". Mahatma Gandhi

"Tudo que eu entendo, entendo apenas por causa do que eu amo". Leon Tolstoi

"De todas as formas de cautela, cautela no amor é talvez a mais fatal para a felicidade verdadeira". Bertrand Russell

"Amor não domina, cultiva". Goethe

"Quanto mais você julga, menos você ama". Balzac

"Duas pessoas que se amam estão em um lugar mais sagrado que o interior de uma igreja". William Phelps

"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direção". Antoine de Saint-Exupéry

"Gostamos de alguém porque; amamos alguém apesar de". Henry de Montherlant

"O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição". Aristóteles

"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor". Vladimir Maiakovski

"Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo, já não está amando". Roberto Freire

"É mais fácil ser amante do que marido, pois é mais fácil dizer coisas bonitas de vez em quando do que ser espirituoso dias e anos a fio". Balzac

"Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra". Leila Diniz

"Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio". Shakespeare

"O amor é um sórdido embuste pelo qual a natureza nos leva a continuar a espécie". W. Somerset Maugham


Teste de míssil é reação a ações dos EUA, diz Putin

(Original aqui)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que o teste de um novo tipo de míssil balístico intercontinental, realizado por seu governo, é uma resposta ao que chamou de medidas americanas que perturbam o equilíbrio mundial.

De acordo com correspondentes, a declaração de Putin foi uma clara referência aos planos americanos de estender seu sistema de escudo antimísseis ao Leste Europeu.

O presidente russo afirmou que o teste "foi uma resposta para manter o equilíbrio estratégico no mundo" e acrescentou: "Nós não iniciamos essa nova rodada da corrida armamentista".

Putin disse ainda que a Rússia vai continuar melhorando seus recursos. O país testou na terça-feira o míssil RS-24, capaz de carregar até dez ogivas.

"Nossos parceiros americanos deixaram o Tratado Antimísseis Balísticos. Nós alertamos que iríamos dar uma resposta para manter o equilíbrio estratégico do mundo", afirmou o presidente russo.

'Novas armas'

"(Nossos parceiros) estão enchendo o Leste Europeu com novas armas. Uma nova base na Bulgária, outra na Romênia, uma base na Polônia, radar na República Checa. O que deveríamos fazer? Não podemos apenas observar tudo isso", disse Putin.

"Estas ações da Rússia não devem ser temidas, não são agressivas, são apenas a resposta para ações agressivas, sem justificativas e unilaterais dos parceiros", acrescentou.

O governo dos Estados Unidos quer enviar interceptadores de mísseis para a Polônia e estabelecer uma base de radar na República Checa para enfrentar ameaças potenciais de países como Irã e Coréia do Norte.

Os americanos insistem que seu sistema não é dirigido contra os russos, mas o governo da Rússia afirma que sua segurança foi ameaçada.

O míssil RS-24 foi testado na terça-feira no cosmódromo de Plesetsk, no norte da Rússia. Segundo o Ministério da Defesa russo, o objetivo do novo modelo é evitar sistemas de defesa de mísseis.

No teste, o míssil conseguiu atingir, com sucesso, o alvo a 5,5 mil quilômetros, na península de Kamchatka, segundo as Forças de Mísseis Estratégicos da Rússia.


Ah, dar aula...

Eu tento. Eu tento mesmo. Eu juro que tento! Mas não consigo.

Não, eu não consigo ficar calado depois de uma aula na quinta à noite. Vejam bem: terminei a aula às 22:50 h. EU terminei a aula. Não foram os alunos que terminaram, dizendo "chega", dizendo "chamada" ou coisas do tipo. EU terminei a aula. EU falei que as perguntas que eles ainda tinham -- e eles tinham mesmo algumas perguntas a serem feitas -- seriam respondidas na próxima aula.

Isto é estimulante demais. Eram 22:50 h e, dos 55 alunos da turma, apenas 8 tinham saído.

Como é possível ir da terra ao céu em tão pouco tempo?

Ok, talvez eu esteja sendo exagerado, talvez as pessoas me achem um louco... Mas eu simplesmente adoro dar aula, e eu realmente fico extremamente empolgado quando vejo que a minha audiência é receptiva. Fico extremamente empolgado quando as pessoas percebem que o que eu estou passando é sim teoria, mas que é com base nesta teoria, quer queiram ou não, quer gostem ou não, que a realidade pode ser analisada. Fico extremamente satisfeito quando vejo meus alunos fazendo a análise que eles devem fazer -- ou seja, pegar o texto, abstrair, compreender a teoria e analisar a realidade em que vivem com base em tal teoria, objetivando -- quem sabe? -- mudar a própria realidade em que vivem.

Pra mim é bom demais!


Eu tô de cara

Cliquem aqui e vejam o vídeo. Fiquei besta quando vi!


Interessante...

Não sei quem escreveu, mas gostei e coloco aqui.

"Como os pássaros migratórios, nós sem duvida temos também uma voz inteior que se soubermos ouvir, nos dirá com certeza quando partir para o desconhecido."

"O porque de nossa existência é um mistério.Mas é chegadaa hora do despertar para a verdadeira essência de tudo, afastando-se do material."


O que é um amante?

"O que é um amante? Um instrumento no qual nos esfregamos para ter prazer." Stendhal

Contribuição da minha querida "amiga" (ainda preciso de um apelido...)


Não adianta...

Agora são 01:08 h da manhã. Pois é, amanhã eu acordo às 6:45 h, como sempre faço durante a semana. E eu estou com sono, quase dormindo na frente do computador.

O que eu estou fazendo aqui até agora? Muito simples: tendo uma conversa bastante interessante com uma pessoa que mal conheço.

Como isto é possível? Não sei. Só sei que tenho atração por pessoas inteligentes. Esta pessoa é inteligente. Tem cultura. Isto me fascina.

Eu preciso dormir. E quem disse que eu consigo dizer que preciso ir dormir? Aquela dúvida cruel, dormir ou conversar mais e estimular um pouquinho mais o intelecto?


Não sou ateu, mas...

"A religião não faz o homem, mas, ao contrário, o homem faz a religião: este é o fundamento da crítica irreligiosa. A religião é a autoconsciência e o autosentimento do homem que ainda não se encontrou ou que já se perdeu. Mas o homem não é um ser abstrato, isolado do mundo. O homem é o mundo dos homens, o Estado, a sociedade. Este Estado, esta sociedade, engendram a religião, criam uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido. A religião é a teoria geral deste mundo, seu compêndio enciclopédico, sua lógica popular, sua dignidade espiritualista, seu entusiasmo, sua sanção moral, seu complemento solene, sua razão geral de consolo e de justificação. É a realização fantástica da essência humana por que a essência humana carece de realidade concreta. Por conseguinte, a luta contra a religião é, indiretamente, a luta contra aquele mundo que tem na religião seu aroma espiritual.

"A miséria religiosa é, de um lado, a expressão da miséria real e, de outro, o protesto contra ela. A religião é o soluço da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de uma situação carente de espirito. É o ópio do povo.

"A verdadeira felicidade do povo implica que a religião seja suprimida, enquanto felicidade ilusória do povo. A exigência de abandonar as ilusões sobre sua condição é a exigência de abandonar uma condição que necessita de ilusões. Por conseguinte, a crítica da religião é o germe da critica do vale de lágrimas que a religião envolve numa auréola de santidade."

Karl Marx. Introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel.


O que você faria se isto acontecesse com você?

"Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos."


30 de maio de 2007

Voltando às origens...

Nas últimas três ou quatro semanas, venho trabalhando com meus alunos sobre a área da ciência política que mais gosto: as relações ideológicas entre liberalismo e pluralismo, de um lado, e socialismo e social-democracia, de outro. Pra mim, este embate de idéias é a parte mais interessante da ciência política porque ela trabalha diretamente com os conceitos de estado e de democracia, que são outros pilares da disciplina que adoro de paixão.

Neste sentido, coloco abaixo um pequeno texto que escrevi em 2000 falando sobre o assunto. O texto é bem simples, mas deixa claro a impossibilidade da social-democracia se firmar como uma ideologia que consiga adequar os ideais liberais, pluralistas e socialistas em um componente único. Talvez o texto seja de alguma valia para alguém... Além disso, é algo que está diretamente relacionado ao nosso dia-a-dia, por mais que as pessoas não queiram perceber.

O capitalismo e a social-democracia
Por Matheus P. Silva (26/02/2000)

A primeira decisão a ser tomada pela emergente social-democracia era se ela deveria participar ou não do sistema político. Se por um lado ela desejava participar do sistema para poder ter acesso ao poder através dos métodos burgueses, por outro sua participação legitimava tais métodos. Desta forma, as instituições políticas tinham de ser tratadas ou como um inimigo ou como um instrumento em potencial. Os anarquistas foram os mais veementes em dizer que a social-democracia não deveria utilizar tais instrumentos, pois, caso assim o fizesse, estaria destruindo o próprio movimento pelo socialismo.

O principal medo dos socialistas é que, caso chegassem ao poder através do voto – instituição burguesa –, será que a burguesia aceitaria o resultado ou utilizar-se-ia de meios ilegais para manter o poder?

Diante desta dúvida, os social-democratas definiram que as eleições deveriam ser usadas apenas como um veículo já pronto para a organização, agitação e propaganda. Elas também eram úteis para avaliar o “fervor revolucionário das massas”.

Outra dúvida era a seguinte: os socialistas iriam disputar cargos políticos sozinhos ou fariam alianças com outros partidos? No início, os partidos operários eram totalmente contra qualquer tipo de união, com quem quer que fosse.

Os cidadãos podem não obter seus objetivos imediatos como trabalhadores, pois não podem influir no sistema econômico, mas podem atingi-los como cidadãos, pois votam e influenciam o sistema político. Assim, os partidos socialistas viram-se na necessidade de terem representação, para proteger o movimento da repressão. Além disso, a massa da população poderia obter resultados mesmo sem estarem organizadas, através do sufrágio universal. Era necessário que os trabalhadores votassem como tal, e não como outra classe qualquer.

A participação no sistema político, entretanto, causa o aburguesamento do movimento socialista. Isto porque, com os socialistas participando do sistema atual, que foi criado pela burguesia, está assim legitimando-o, além de o próprio sistema burguês mudar as características fundamentais do movimento socialista.

Os socialistas adotaram a democracia tanto como meio quanto como objetivo, ou seja, era o veículo para o socialismo e a forma política da futura sociedade socialista.

O objetivo principal dos socialistas na política eleitoral era ganhar as eleições e criar a legislação que conduziria a sociedade ao capitalismo. Isto ocorreu porque os dirigentes dos partidos socialistas acreditavam que as classes dominantes poderiam ser “vencidas em seu próprio jogo”.

A lógica socialista era a seguinte: se nas eleições atuais eles não obtiveram o poder, era uma questão de tempo para isto ocorrer. Por quê? Simplesmente porque, com o avanço do capitalismo, haveria um número cada vez maior de proletários, e estes iriam engrossar as fileiras socialistas, clamando por reformas e mudanças estruturais do sistema. Os socialistas supunham que tais proletários iriam votar neles, e finalmente poderiam atingir o poder.

Um aspecto fundamental com os quais os social-democratas tiveram de lidar foi o de que os operários, no sistema capitalista, competem entre si quando não estão organizados como uma classe. Assim, apesar de existir um objetivo geral de classe, os objetivos específicos de cada indivíduo variam, e estas variações enfraquecem o movimento operário. A organização do movimento, então, é necessário para fazer cessar a competição entre os operários, para que possam empreender a competição geral contra os capitalistas. Era necessário, também, fazer com que os objetivos da classe operária fossem diferentes dos objetivos da classe burguesa. Os socialistas, então, afirmaram que os interesses dos burgueses eram contrários aos dos operários.

Um problema fundamental surgiu: o operariado não tinha número suficiente para fazer com que um de seus representantes chegassem ao poder, e a idéia de que os membros das velhas classes médias virariam operários não concretizou-se.

Os partidos operários viram-se, então, na necessidade de buscar apoio em outras classes. Isto não significa dizer que eles perderam sua orientação socialista. Os partidos socialistas apenas oscilam entre a procura de aliados e a ênfase no operariado. Desta forma, o partido trabalhista não é mais apenas dos operários, mas um partido “do povo”, ou seja, de “toda a população que trabalha” e que é explorada.

Mesmo associando-se a outras classes, o partido socialista não consegue obter a maioria dos votos, que teoricamente seriam seus. Se ele for um partido puramente operário, não consegue os votos em prol do socialismo, mas também não o alcançam como um partido de nação inteira.

Isto ocorre porque, se o partido socialista é um partido “das massas” e não apenas “dos operários”, estes últimos irão identificar-se menos com o partido, e não votarão como operários. Além disso, o partido socialista não pode mais lutar apenas pelos interesses do operariado, e sim lutar pelos interesses comuns tanto aos operários quanto às outras classes que ele representa. Este fato acarreta outro: o próprio partido socialista diminui a importância do conceito de classe, pois o partido socialista não identifica-se mais apenas com a classe operária, e sim com todos que puderem dar-lhe votos.

As mudanças propostas pelos social-democratas não poderiam ser atingidas prontamente. Contudo, eles não queriam ficar esperando pelo dia em que tais objetivos poderiam finalmente concretizarem-se. Desta forma, os social-democratas implantaram reformas imediatas, que seriam a base para a revolução social.

Além do objetivo final, que era a revolução social, tais reformas imediatas tinham por objetivo “mostrar trabalho” por parte dos social-democratas, trazendo benefícios imediatos à classe operária. Ainda, tais reformas serviriam como propaganda para atrair as massas.

O principal método usado para que os objetivos sociais fossem atingidos era a nacionalização ou socialização das unidades produtivas. A propriedade privada era o que trazia e causava maiores males ao povo.

Tal nacionalização, contudo, praticamente não obteve resultados, tendo em vista que vários países trabalhistas europeus pouco fizeram neste sentido. Assim, a riqueza permaneceu quase intacta e não houve alterações na propriedade privada dos meios de produção.

Um dos fatores para este fracasso é o próprio sentido de socialização e nacionalização. Se as empresas fossem socializadas, a propriedade não deixaria de ser privada, apenas “mudaria de mãos”. Caso fossem nacionalizada, havia a possibilidade de a burocracia emperrar o desenvolvimento. Outro fator era a própria falta de experiência neste assunto, pois, por exemplo, eles não sabiam quais empresas nacionalizar.

O principal aspecto, contudo, era a falta de apoio parlamentar. Sem um número suficiente de votos, qualquer lei de autoria social-democrata não teria os votos suficientes para ser aprovada e entrar em vigor. Surge o dilema: ser um partido totalmente socialista e ser derrotado em suas propostas ou ser um partido como qualquer outro, introduzindo apenas algumas reformas para as quais conseguisse apoio.

Os partidos escolheram a segunda opção, ou seja, tomavam medidas que não modificavam a estrutura da economia nem o equilíbrio político de forças, mas trazia benefícios imediatos às condições dos trabalhadores. Os social-democratas achavam que o Estado poderia financiar o “bem-estar social”, através de déficits financiando obras produtivas e superávites nos períodos de expansão. Desta forma, a sociedade não ficaria à mercê do mercado capitalista. Esta política de bem-estar social, se por um lado trazia um compromisso fundamental com os próprios capitalistas, por outro era economicamente viável, socialmente benéfico e politicamente praticável sob as condições democráticas.

O Estado passa a financiar as atividades econômicas que são necessárias para a economia como um todo, e vende seus produtos e serviços a empresas privadas. O Estado desempenha atividades que não são lucrativas para os capitalistas, mas que são necessárias para a economia como um todo.

A política social da social-democracia consiste em não transformar o sistema econômico, mas unicamente corrigir os efeitos de seu funcionamento. Como o Estado fortaleceu o mercado, os social-democratas perpetuam a necessidade de atenuar os efeitos distributivos de seu funcionamento. O reformismo, portanto, fora abandonado.

Os social-democratas ficam em um dilema, pois suas ações precisam ser financiadas pelos capitalistas, que eram quem deveriam ser “combatidos” pelos próprios social-democratas. Isto ocorre porque qualquer Estado, em uma sociedade capitalista, depende do capital. E a expectativa de que os lucros correntes seriam transformados em melhorias futuras nas condições materiais dos assalariados tornou-se a base do consentimento dado pelos social-democratas ao capitalismo. Além disso, se os lucros não forem suficientes, as taxas de salário ou o nível de emprego acabam por declinar.

Portanto, os social-democratas não atingiram e nem atingirão o socialismo. Eles só podem chegar ao poder com o apoio de diversas classes, que têm interesses diversos. As demandas destas classes só podem ser atingidas por redistribuição de renda, utilização da capacidade produtiva ociosa, dispêndio de reservas internacionais e/ou empréstimos no exterior ou através da redução da taxa de lucro. Tendo em vista que as três primeiras alternativas, mesmo se somadas, não bastam para satisfazer as demandas, sobra a redução da taxa de lucro. Esta, entretanto, está longe de diminuir, pois o lucro é o objetivo principal do sistema capitalista.


Que comédia...

Escrevi isto em 2003. A gente é tão trouxa quando estamos apaixonados...

Mas no primeiro momento em que te vi, não resisti. Quando te vi, você parecia uma estrela, a estrela mais brilhante de todas... e estava ali, bem na minha frente! Lembro-me muito bem que, quando eu vi você pela primeira vez, eu pensei: “Meu Deus! Que garota linda! Eu nunca vi uma garota tão linda assim na minha vida inteira!” E a partir daquele momento, tudo que eu queria era estar próximo a você, era conversar com você, era poder saber mais de você. Como se diz, foi “amor à primeira vista”. É impossível não amar você! Tudo isto porque você é a pessoa mais querida da minha vida no momento, você é a pessoa pela qual eu tenho mais carinho, consideração, amor, afeto, atenção... Você é tudo que eu sempre quis pra mim!


Finalmente, o dia!

Ultimamente, meu blog tem decaído de produção: não tenho escrito muitas coisas "intelectuais", mas sim coisas do cotidiano, da vida comum. E vou manter a seqüência agora, até porque já são 18:13 h e daqui a pouco tenho de tomar banho para ir dar aula. É, para "aquela" turma.

Ontem, terça, foi aula normal. Aula de Metodologia, sobre "métodos de pesquisa". Aula tranqüila pra mim no que diz respeito à explicação do conteúdo, mas complicada no que diz respeito à manutenção da ordem. Eu sei que Metodologia é uma disciplina que atrai apenas loucos (é, eu sou louco), mas eu tento fazer algo diferente em cada aula, trazendo exemplos os mais próximos possíveis da realidade. Ontem não foi diferente, mas como a aula sobre "métodos de pesquisa" é extremamente teórica e abstrata, o resultado é que, às 22 h, havia umas 20 pessoas na sala de aula. E eu terminei a aula apenas às 22:50 h, com mais ou menos uns 10 alunos. A turma tem 50 alunos. Os demais? Não estou nem aí. Saíram da sala porque quiseram. O conteúdo, obviamente, será cobrado sem dó nem piedade.

Após a aula, uma comemoração do aniversário de um aluno da turma de quinta-feira aqui em frente de casa, e por isso não escrevi nada ontem à noite. Nâo porque eu tenha chegado tontinho em casa, coisa que não aconteceu, mas porque cheguei "tarde", por volta das 0 h (pra mim, chegar em casa depois das 23:30 h quando tenho de dar aula no dia seguinte de manhã é chegar tarde). Como eu já estava com sono, e ainda ia acordar cedo hoje, não escrevi nada aqui no blog. Mas acabei não indo dormir -- peguei a revista Época da semana apenas para "dar uma folheada" e -- resultado -- fui dormir por volta das 2 h da manhã.

Acordei hoje às 6:45 h, como sempre, e aí pensem no sono... Mas, felizmente, hoje de manhã não fui muito exigido, pois um tenente da PMDF fez uma palestra para meus alunos sobre o processo de instalação e manutenção da paz no Haiti. Tal pessoa esteve por lá entre 2004 e 2006, e trouxe aos meus alunos diversas facetas de um país sobre o qual muito se fala mas pouco se sabe. Pra variar, alguns "porcos" não aproveitaram as "pérolas" lançadas a eles, a ponto de perguntarem pra mim coisas como "o que isto tem a ver com a disciplina?" ou "que horas isto vai acabar?", ou ainda "você vai fazer chamada depois da aula?". Como sempre faço quando ouço tais coisas, fiz a chamada e pedi pra que tais alunos se retirassem (mas até fui educadinho, disse pra eles não se preocuparem com a chamada, que eu daria presença, e que se eles precisassem sair, que ficassem à vontade). Depois da palestra, que começou às 8:30 h e terminou às 11:50 h, fui resolver um pepino meio grandinho que surgiu na faculdade e, logo após, saí para o meu almoço, coisa que já comentei aqui.

Agora estou aqui me preparando psicologicamente pra aula de hoje à noite. Como já disse anteriormente, voltando à ativa. Não por bondade, mas por estratégia e interesse pessoal. Nada que uma comissão do MEC, associada a outros fatos, não me faça voltar a querer dar aula...

... Às vezes, mas bem às vezes, tenho medo de mim mesmo.


Voltemos à ativa

Sim, voltemos à ativa. Acho que hoje é o dia. Não porque eu tenha consideração pela audiência. Isto eu não tenho, não nego que não tenho, todos sabem disto. Mas voltemos à ativa por dois motivos: 1) Não poderão reclamar depois; 2) Não sou picareta. Não consigo vagabundar nas aulas. Ir para o trabalho e não trabalhar, pra mim, é algo absurdo, é algo que não condiz com meus princípios e com minha consciência.

Se eles não querem, problema é deles. Não irei me "rebaixar" (perdão, "amiga") e não irei agir da mesma forma que eles agem. A justificativa está aqui:


"(...) não é essencial possuir todas as qualidades acima mencionadas, mas é bem necessário parecer possuí-las. Antes, ousarei dizer que, possuindo-as e usando-as sempre, elas são danosas, enquanto que, aparentando possuí-las, são úteis; por exemplo: parecer piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso, e sê-lo realmente, mas estar com o espírito preparado e disposto de modo que, precisando não sê-lo, possas e saibas tornar-te o contrário, Deve-se compreender que um príncipe, e em particular um príncipe novo, não pode praticar todas aquelas coisas pelas quais os homens são considerados bons, uma vez que, freqüentemente, é obrigado, para manter o Estado, a agir contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade, contra a religião. Porém, é preciso que ele tenha um espírito disposto a voltar-se segundo os ventos da sorte e as variações dos fatos o determinem e, como acima se disse, não apartar-se do bem, podendo, mas saber entrar no mal, se necessário." (Maquiavel, é claro)

Pronto, falei.


... Mas, como eu não resisto...

Antes do meu cochilo, quero fazer um registro que considero importante.

Estamos nos aproximando do inverno, estação do ano que mais gosto por um motivo simples: o tempo fica frio, e eu simplesmente adoro o frio. Mas aqui em Brasília, além do frio, acontece outra coisa: o céu fica, geralmente, sem nuvens, devido à secura deste lugar (que, acreditem, também me agrada, assim como o frio).

E dai que o tempo fica seco, sem nuvens? E daí, meu caro leitor, que o céu de Brasília, no período do outono e do inverno, fica simplesmente lindo. Um azul maravilhoso, um azul meio escuro, sem nenhuma nuvem para atrapalhá-lo, para maculá-lo. De todos os céus diurnos que conheço, o céu de Brasília é o mais lindo, o mais bonito, o mais inspirador.

Vejam a foto ao lado, tirada hoje, há umas duas horas atrás. O tom de azul do céu é, pra mim, simplesmente magnífico, inigualável. Em nenhum dos lugares do mundo que conheço eu vi um céu assim, tão azul, tão inspirador, tão... Bonito! A única vez que vi um céu se assemelhar a este foi em janeiro de 2005, quando eu estava indo de Moscou para Penza, uma cidade no interior da Rússia. Estava dentro do trem vendo a paisagem e me dei conta de que, naquele momento, o céu estava quase igual ao céu daqui. Também era inverno, com a "pequena" diferença que, no inverno russo, há neve -- muita neve -- e que, apesar do sol que estava fazendo, a temperatura estava por volta dos -20 graus. Foi a única vez, e o único lugar fora daqui, que vi um céu assim, azulzinho, bonitinho, agradável...

Claro que dizer que o céu está bonito, agradável e inspirador é algo extremamente subjetivo, e não espero que ninguém aqui concorde comigo. Independentemente disto, creio ser inegável o fato de que o céu está, efetivamente, muito bonito e, mais que isso, que o tempo, pelo menos de dia, está agradável -- pelo menos enquanto a seca não começar pra valer. Aí, como sempre, a maioria vai reclamar que "tá muito seco", e eu, como sempre, estarei achando ótimo também, já que a secura faz com que minha rinite não ataque tanto... Não vejo a hora das noites frias e secas de junho e de julho chegarem pra valer!

Pra terminar, ao lado uma foto que eu também achei legal. Tirei sem esperar nada, nenhum efeito, nenhum resultado específico. Tirei sem nem mesmo imaginar que fosse ficar legal... Mas acho que ficou: uma foto com a câmera voltada diretamente pro sol. O efeito natural até que saiu legal...


Devaneios...

Quarta-feira, 15:30 h. Eu não pretendia escrever no blog agora. Estou com sono, com vontade de cair na minha cama e tirar um cochilo até umas 18 h, antes de me preparar pra ir dar a aula de quarta à noite (pois é, mais uma quarta...). Eu estava "programado" pra fazer isto assim que chegasse em casa, depois do meu almoço -- que se estendeu por mais tempo do que eu gostaria, mas tudo bem.

Mas aí, infomaníaco como sou, resolvi ligar o computador e visitar o blog da minha mais nova "amiga" ("amiga" entre aspas não por uma questão pejorativa, não porque seja falsidade, mas porque ela é mais que minha colega, mas menos que minha amiga... Como não sei qual palavra usar, coloco "amiga" entre aspas). Passei por lá como faço todos os dias (na última semana, mais de uma vez por dia), imaginando que não haveria muita coisa pra ver...

Qual minha surpresa quando vejo umas quatro ou cinco novas postagens. E postagens maneiras, instigantes, divertidas (a frase da minha postagem anterior foi tirada de lá), e aí não resisti -- tive de escrever alguma coisa por aqui.

O que me chama a atenção -- na forma de uma incógnita -- é a preocupação que tal pessoa tem com o amor. Diversas postagens falando sobre o assunto, com frases e pensamentos de pensadores e filósofos que falam que o amor é isto ou é aquilo (a dona do blog tem preferência por Stendhal. Não sei nada dele. Sinto-me um ignorante). Digo que isto me surpreende porque, conversando com tal pessoal, ela pareceu-me meio desanimada com o amor, mas, mesmo estando desanimada, escreve frases que, na minha interpretação, mostram que ela acredita neste sentimento. Vejam algumas frases tiradas de lá:

"O amor é um sentimento tão delicioso porque o interesse de quem ama confunde-se com o do amado".

"Para um amante, acabaram-se os amigos".

"O amor é o milagre da civilização".

"O amor é um rio onde as águas de dois ribeiros se misturam sem se confundir".

Os autores de tais frases são diversos, e não vou me preocupar no momento de dizer quem escreveu o quê. O "interessante", visto pela minha ótica sonolenta, é o contraste apontado acima: uma pessoa desanimada com tal sentimento apresenta frases que, pelo menos na minha interpretação, exaltam e endeusam o amor.

Bom, eu estou muito sonolento pra escrever coisa com coisa no momento. Eu vou parar por aqui pra não falar abobrinha. Vou tirar um cochilo e depois eu volto pra escrever mais.


Frase do dia

"O amor não é o lamento moribundo de um violino longínquo - é o rangido triunfante das molas da cama". Sidney Perelman

Frase copiada de outro blog, que estou adorando conhecer...


29 de maio de 2007

Cotas para negros não funcionam

Abaixo, mais um exemplo da não funcionalidade do sistema de cotas para negros. Obviamente, sou contra tal sistema. Escreverei mais sobre isto em breve.

(Original aqui)

Cotas na UnB: gêmeo idêntico é barrado

Universidade usa o critério cor para selecionar os candidatos cotistas.
Segundo a UnB, a análise do recurso será anunciada no dia 6 de junho.

Filhos de pai negro e de mãe branca, os irmãos gêmeos univitelinos (idênticos) Alex e Alan Teixeira da Cunha, de 18 anos, não tiveram a mesma sorte ao se inscrever no sistema de cotas para o vestibular do meio do ano da Universidade de Brasília (UnB): Alan foi aceito pelos critérios da universidade e Alex não.

Ao contrário da maioria das universidades que possuem cotas, a seleção de alunos para o sistema de cotas na UnB não leva em conta o critério socioeconômico e sim a cor do vestibulando. Para concorrer, os candidatos obrigatoriamente se dirigem até um posto de atendimento da universidade e tiram fotos no Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB), responsável pela aplicação da prova.

Essas fotos são anexadas na ficha de inscrição e passam pela avaliação de uma banca, que vai decidir quem é e quem não é negro. Caso o vestibulando não seja aceito para concorrer no sistema de cotas do vestibular, ele automaticamente é transferido para a concorrência universal do processo seletivo.

Esta é a terceira vez que os irmãos Alan e Alex se inscrevem para o vestibular da UnB, mas é a primeira vez que eles optaram pelo sistema de cotas. Alan, que é contrário ao uso das cotas raciais, quer estudar educação física. Alex, que afirmou não ter uma posição clara sobre o assunto, pretende cursar nutrição.

"Resolvemos nos inscrever pelas cotas porque elas existem e têm que ser usadas. Além disso, a nota de corte para os candidatos cotistas é mais baixa que a nota de corte dos candidatos do sistema universal. Já que posso usar esse recurso, resolvi aproveitar", disse Alex, que entrou com um recurso na UnB para que a universidade reavalie a sua condição de negro.

Alan é contra o sistema de cotas raciais e diz que o que aconteceu com ele e com o irmão é o melhor exemplo para mostrar que o método não funciona. "Somos gêmeos idênticos e eu fui aceito, ele não. Acho que as cotas deveriam ser para candidatos carentes, que não têm condições de pagar uma boa universidade", disse.

A UnB informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o recurso do candidato está sendo avaliado pela banca responsável pela análise das fotografias e que o resultado final será anunciado no dia 6 de junho. A assessoria disse ainda que a concorrência do sistema de cotas não é divulgada. A prova do vestibular do meio do ano da UnB será realizada nos dias 16 e 17 de junho.


Mais uma do Pânico

"Beijo não mata a fome, mas abre o apetite." (Bola)


Isto se aplicaria ao Brasil?

Se a pena de morte fosse aplicada aqui no Brasil para casos de corrupção, creio que não haveria nenhum político vivo!

Aposto que os fresquinhos defensores dos "direitos humanos" estão de cabelo em pé...

(Original aqui)

China condena à morte por corrupção ex-diretor de empresa estatal

Homem foi diretor do Departamento Estatal de Alimentos e Drogas.
Sentença ainda pode ser reduzida no recurso.

A China condenou à morte nesta terça-feira (29) o ex-diretor do Departamento Estatal de Alimentos e Drogas, que era acusado de corrupção. A sentença é surpreendente, já que o governo vinha tentando conter uma onda de escândalos a respeito da segurança de medicamentos e alimentos.

Zheng Xiaoyu era acusado de corrupção passiva e prevaricação, segundo informações da Corte Popular Intermediária Municipal Número 1 de Pequim à agência de notícias "Xinhua".

A sentença, excepcionalmente dura, ainda pode ser reduzida no recurso, mas já reflete o peso que a cúpula chinesa está dando a questões de corrupção e segurança alimentar, num momento de críticas no exterior devido à descoberta de toxinas em alimentos e outros produtos.

"Zheng deveria ter usado o poder dado a ele pelo Estado e pelas pessoas de forma séria e honesta, mas ao invés disso ignorou seus interesses vitais recebendo os subornos", disse o tribunal, segundo a Xinhua. "Isso ameaçou a segurança da vida e da saúde das pessoas e causou um impacto social extremamente ruim."

Zheng, 62 anos, chefiou o departamento de 1998 a 2005, depois de ascender na hierarquia das estatais do setor farmacêutico.

Mas ele foi expulso do Partido Comunista neste ano, depois de investigações que apontaram que ele teria abusado dos seus poderes de aprovar produtos para obter propinas e lucros ilegais de empresas farmacêuticas.

O suborno -- em dinheiro e presentes -- teria sido avaliado em cerca de 6,5 milhões de yuans (850 mil dólares), vindos de oito empresas e entregues diretamente a ele ou a sua mulher e filho, segundo a Xinhua.

Sob a administração de Zheng, dezenas de pessoas morreram na China devido ao consumo de medicamentos e alimentos falsificados ou inadequados. Um dos casos mais graves aconteceu em 2004, na Província de Anhui, onde 13 bebês morreram após consumir leite em pó sem qualquer valor nutricional.

Os problemas com os produtos chineses chegaram também ao exterior quando lotes de glúten de trigo e proteína de arroz contendo aparas de melamina foram exportados para os EUA, onde acabaram misturados a rações que mataram cães e gatos.

Jiang Yu, porta-voz da chancelaria chinesa, disse que a condenação de Zheng é um assunto interno, mas que "reflete a determinação do governo chinês em lutar contra a corrupção".

Zheng também perdeu seus bens pessoais e direitos políticos, de acordo com a Xinhua. Segundo as investigações, ele teria rebaixado as exigências para a renovação das licenças para medicamentos, o que teria levado a produtos ineficazes.

Ele deixou o departamento bem antes dos últimos escândalos, e não há relatos oficiais de mortes provocadas por seus crimes. Aparentemente, porém, Pequim tenta usá-lo para comprovar ao mundo e aos chineses que o governo leva a sério a qualidade de medicamentos e alimentos.


Pois é...

Como quase sempre faço, "eu ia tomar banho e dormir", mas fiquei vendo uma coisinha aqui, uma coisinha ali, e lembrei-me de um blog meu "das antigas", no qual eu escrevia muito mais com meu coração do que com meu cérebro, como faço agora.

E eis que me deparo com o texto abaixo, escrito no dia 27 de novembro de 2004. Após ler o texto, lembrei-me da situação que vivi, e lembrei-me do quão mal eu me sentia naquela época. Mas por que o texto está aqui novamente?

Não, eu não estou me sentindo mal. Ao contrário, eu estou me sentindo em um momento muitíssimo bom da minha vida. Mas resolvi colocar o texto logo abaixo porque tem duas pessoas que visitam este meu blog e que disseram que eu tenho "coração de pedra", que eu sou um ser sem sentimento, e me perguntaram se eu tinha namorada. Quando eu disse que não, disseram-me "Se tivesse, tadinha dela", ou algo do tipo, pois estas pessoas me acham meio... "Brutinho" :P

Enfim, resolvi colocar o texto logo abaixo para que todos possam ver que, quando eu quero, eu sei ser extremamente sentimental. Ok, o texto abaixo talvez seja meio melancólico, pois era o que eu sentia no momento em que escrevi, mas é uma "pequena" amostra do fato de que, quando eu quero, eu sei deixar meus sentimentos aflorarem, e muito bem, modéstia à parte...

Sem Título

Sinto como se algo estivesse fugindo de mim. Fugindo não, escapando. Também não. Sinto como... Como se eu perdesse uma coisa muito querida, de uma forma terrível... Como água escorrendo por entre os dedos. Já usei esta expressão em uma outra oportunidade, já senti este sentimento em outro momento também triste como este agora... Mas parece-me que desta vez é um pouco mais sério que antes. Não sei explicar como sei disso, não sei explicar o por quê de eu pensar assim. Aliás, não penso. Eu sinto. Apenas sinto. E sinto que a água continua escorrendo pelos dedos, e não há nada – parece-me – que eu possa fazer pra evitar que isso aconteça. Nem mesmo colocar um balde embaixo das minhas mãos eu posso...

Detesto esta sensação de impotência. Detesto estar nas mãos dos outros, e mais ainda, detesto ter de admitir que estou nas mãos dos outros. Sempre fui muito emotivo, é verdade; sempre fui capaz de expressar muito bem meus sentimentos. Ao mesmo tempo, sempre fui otimista, ou seja, sempre expressei meus sentimentos de forma a mostrar que eu tinha confiança no futuro.

Ainda tenho confiança. Não me transformei em um pessimista que se fecha na sua própria concha (apesar de ser do signo de Câncer) da noite pro dia. Continuo achando que a vida é bela, que o céu azul e o sol amarelo fazem um contraste visual muito bonito, continuo acreditando que “tudo acaba bem no final”. Mas de repente paro e me dou conta que já não sou a mesma pessoa de quatro dois meses atrás. Já não sou o mesmo que tinha tudo garantido, tudo certo, tudo organizado, tudo em fila, com tudo caminhando da maneira que eu acreditava ser a melhor pra mim. Já não é assim.

O que mudou? Tive apenas uma frustração nestes últimos dois meses. OK, foi “a” frustração, realmente não esperava receber tal notícia. Mas recebi, fiquei mal por um ou dois dias, mas foi passando e acho que depois de uma ou duas semanas já estava tudo bem novamente. Já havia aquela alegria e aquele otimismo característicos meus de volta. Estava tudo bem – mesmo.

Mas, ao mesmo tempo em que estava tudo bem, algo estava errado. Na época não percebi; sinto agora. Os objetivos continuam os mesmos, mas a vontade e a força para atingi-los já não são as mesmas. O desejo de concretizar o sonho agora é latente, e não mais vivo. Dou-me conta disto agora, passados estes quase dois meses desta notícia. E o coração sentiu também.

Ah, o coração. Culpado – pelos outros – por eu ter direcionado todas as minhas energias para atingir este objetivo. Todos dizem – “você tem este objetivo porque seu coração manda”. Não é bem assim. É claro que o coração manda, mas o objetivo existia antes mesmo do coração mandar – na verdade, existia há muito tempo atrás. Mas ninguém acredita – o que fazer? Continuar como tenho feito, ignorando. Enfim, voltando ao coração, o coração sofre, o coração grita, o coração chora. O coração até mesmo desiste – ele já desistiu duas vezes antes. Mas basta uma faísca, basta uma fagulha, pro coração se incendiar novamente, arrebatar todo o corpo e a mente, basta um pinguinho no i pro coração escrever todo o alfabeto novamente e fazer com que tudo gire novamente em torno do objetivo.

Mas o coração sofre.

Sofre porque ele, assim como tudo o mais, quer atingir o objetivo, mas não pode. Ele quer se satisfazer, e não consegue. Então ele sofre. Mas o coração é bobo – quanto mais ele sofre, mais ele tenta transformar o sofrimento em força pra resistir a este mesmo sofrimento e avançar um degrau a mais na escada, em direção ao objetivo.

Então me pergunto: será que o coração cansou? Como em outras vezes, o coração agora está cansado. Como em outras vezes, o coração agora quer desistir. Como em outras vezes, o coração quer jogar fora todo o esforço que já fez e partir para novos rumos, novos objetivos, novos desejos. O coração cansou, como em outras vezes.

Mas, pela primeira vez, o coração não se reacendeu com a fagulha. Pela primeira vez, o coração não escreveu todo o alfabeto após ter o pinguinho no i. O coração... O que houve com o coração? A mente se assusta: como pode o coração não fazer girar a roda de transformação sofrimento-força contra o sofrimento? Alguém me responda – o que houve com o coração? O que houve com a força, com a vontade, com o desejo? Será que tudo isso acabou? Será que é hora do coração, cansado, fazer com que todo o resto se altere em direção a novos rumos, novos objetivos, novas praias? Será que é chegado o momento de pular do barco, será que é chegado o momento de fechar o ciclo, de apontar a flecha para outro alvo?

A mente e o corpo se assustam. E se for isso que o coração quer agora? Novos rumos, novos desafios. Claro, a mente adora desafios. A mente gosta da idéia, acha instigante, apesar de – como o cooração – ainda estar apegada ao passado e não querer abandoná-lo. Mas a mente acha possível e, até mesmo, viável. a mente, eu acho, é mais a favor da oposição do que da situação.

Mas... E o coração? Ele não sabe ainda. O coração age por rompantes, por impulso; a mente age com tranqüilidade. E o coração quer agir como a mente, pretende agir com tranqüilidade. Mas não há tranqüilidade! Não há como o coração decidir de uma maneira tranqüila o que deve ser feito, qual rumo deve ser seguido, qual objetivo deve ser buscado! O coração quer se manter no rumo atual, ainda que o mesmo faça o coração sofrer! O coração quer continuar tentando, não quer desistir, não apenas por motivos lógicos e racionais – como todo o esforço feito até agora no sentido de se atingir tal objetivo –, mas principalmente porque... Porque o coração ama. E, ao amar, o coração, por mais triste que esteja, por pior que esteja se sentindo, o coração perdoa.

É uma loucura.

O coração quer e não quer. O coração deseja e não deseja. O coração quer mandar tudo às favas, mas também quer dizer palavras carinhosas. O coração não sabe o que fazer.

A única coisa da qual o coração tem certeza é que ele está cansado. E, para surpresa do próprio coração, ele está mais cansado do que o normal, e é por isso que – pela primeira vez – o coração fraquejou.

Não sou hipócrita, tenho de admitir: o corpo fraquejou duas vezes. A mente fraquejou várias vezes – considerando-se o fato de que é a mente que controla o desejo. Mas o coração, o coração nunca havia fraquejado antes. O coração sempre se manteve fiel aos objetivos. A todos os objetivos, não apenas aos objetivos que todos sabem que existe. O coração se manteve fiel a todos os objetivos, eu sei disto e basta eu saber pra ter a consciência tranqüila. Mas agora o coração está fraquejando, o coração – o último bastião que dava garantias de que a mente e o corpo seguiriam em direção ao objetivo – está querendo desistir também.

Fica a pergunta: a desistência leva à morte? Já me ocupei um pouco deste tema ontem, quando estava mais abatido do que hoje, e agora não me estenderei sobre o mesmo. Mas fico a pensar: será que o coração está morrendo? Como eu disse, o coração é o último peso que segura todo o conjunto em direção aos objetivos. E o coração, sendo sincero, não vê outros objetivos, não vê outras possibilidades, pois se ele as vir, saberá que irá sofrer. Se o coração desiste do objetivo atual sem haver um novo objetivo, o coração morre.


28 de maio de 2007

Apenas para fechar a noite

Mais uma segunda-feira cansativa, como sempre. Hoje não foi cansativo mentalmente, pois acabei não dando aula à noite. Fui para uma reunião com os representantes do MEC que estão avaliando o curso de Direito do Projeção e, após tal reunião, quando cheguei para dar aula, meus alunos já tinham picado a mula há tempos. "Um problema", pensei eu, pois agora vou ter de dar uma aula em um sábado para repor. E, juntando-se a aula do próximo sábado em Sobradinho, e mais uma aula em outro sábado referente à turma de sexta-feira, são três manhãs de sábado em junho que vão pro saco. Mas tudo bem, isto acontece, é a vida.

Mesmo assim, não resisti e passei por aqui só pra dar um alô para meus fiéis leitores (olha eu me achando...). Como eu disse acima, nada de muito novo aconteceu não. A única coisa que chamou a minha atenção foi o fato de que eu fiquei pensando, mais de uma vez no dia, se determinada pessoa iria visitar meu blog.

Aliás, eu tenho uma característica que acho interessante: eu me analiso. Não sei explicar direito; o máximo que posso dizer é que a coisa funciona como se eu me destacasse de mim mesmo e avaliasse outra pessoa, com o "detalhe" de que esta outra pessoa sou eu mesmo. Neste sentido, tenho a capacidade de sentir alguma coisa, por exemplo, e em seguida pensar racionalmente "estou sentindo tal coisa, que absurdo/que bom". Será que eu tenho dupla personalidade? Hehehehehe...

Bom, devido ao avançado da hora, e às dores em minhas coxas e pernas, vou dormir. Amanhã é terça, dia de ficar em casa. Não será uma moleza: tenho uns 10 mil DVDs pra gravar. E ainda tenho de limpar e organizar minha casa (caracas, tá uma zona). E ainda terminar de formatar meu computador. E ir a um evento na UnB. E ir à Unieuro pegar minha carteira de trabalho. E... Afe, tenho tanta coisa pra fazer... Deixo tudo pra amanhã, senão já me canso por antecipação.


Pensamento do dia

"Macho que é macho não chupa o mel; ele mastiga a abelha" (Bola, do Pânico)


Música para começar o dia

Será que estou voltando a ser um bom "conselheiro amoroso", como eu era há uns 4 ou 5 anos atrás? Nos últimos três dias, diversas pessoas do sexo feminino vieram a mim querendo dicas de como tratar seus respectivos amantes/ficantes/namorados/noivos, que as sacanearam. Eu, como boa pessoa que sou, as ajudei -- e o melhor de tudo, deu certo!

Como agora não tenho tempo para escrever mais sobre o assunto, mando aqui uma letra para tais pessoas. Letra no mínimo "interessante".


Beautiful Liar
Beyoncé (Feat. Shakira)

Ay
Ay
Ay, Nobody likes being played

Oh Beyoncé, Beyoncé
Oh Shakira, Shakira

Beyoncé: He said, I'm worth it, his one desire
Shakira: I Know thing about him that you wouldn’t want to read about
Beyoncé: He kissed me, his one and only
Beyoncé: Yes Beautiful Liar
Shakira: Tell me how you tolerate the things you just found about
Shakira: You never know
Beyoncé: Why are we the one’s who suffer
Shakira: Have to let go
Beyoncé: He won't be the one to cry

Beyoncé: Ay Let’s not kill the Karma
Ay Let’s not start a fight
Ay It’s not worth the drama
For a Beautiful Liar
Shakira: Oh can we laugh about it
Oh it’s not worth our time
Oh we can live without him
Just a Beautiful Liar

Shakira: I just trusted him
But when I followed you
I saw you together
Beyoncé: I didn’t know about you then till I saw you with him again
Shakira: I walked in on your love scene
Slow dancing
Beyoncé: You stole everything how could you say I did you wrong

Shakira: You never know
Beyoncé: When the pain and heartbreaks over
Shakira: Have to let go
Beyoncé: The innocence is gone

Beyoncé: Ay Let’s not kill the Karma
Ay Let’s not start a fight
Ay It’s not worth the drama
For a Beautiful Liar
Shakira: Oh can we laugh about it
Oh it’s not worth our time
Oh we can live without him
Just a Beautiful Liar

Shakira: Tell me how to forgive
When it’s me who’s the shame
Beyoncé: And I wish I could free you
Of the hurt and the pain
Both: But the answer is simple
He's the one to blame

Beyoncé: Ay Let’s not kill the Karma
Ay Let’s not start a fight
Ay It’s not worth the drama
For a Beautiful Liar
Shakira: Oh can we laugh about it
Oh it’s not worth our time
Oh we can live without him
Just a Beautiful Liar

(Veja a tradução aqui, ainda que esta tradução não esteja muito boa)


27 de maio de 2007

Música para terminar o dia

Abaixo a letra de uma música que gosto muito e que estou ouvindo agora. Gosto desta música não pelo conteúdo da letra em si, já que a letra não se refere a nada da minha vida no momento, mas sim pela melodia.

Big Girls Don't Cry
Fergie

La la la la
The smell of your skin lingers on me now
You're probably on your flight back to your hometown
I need some shelter of my own protection baby
Be with myself in center, clarity
Peace, Serenity

I hope you know, I hope you know
That this has nothing to do with you
It's personal, myself and I
We got some straightening out to do
And I´m gonna miss you like a child misses their blanket
But I've gotta to get a move on with my life
It's time to be a big girl now
And big girls don't cry
Don't cry,
Don't cry,
Don't cry

The path that I'm walking, I must go alone
I must take the baby steps til I'm full grown, full grown
Fairy tales don't always have a happy ending do they
And I foresee the dark ahead if I stay

I hope you know, I hope you know
That this has nothing to do with you
It's personal, myself and I
We got some straightening out to do
And I´m gonna miss you like a child misses their blanket
But I've gotta to get a move on with my life
It's time to be a big girl now
And big girls don't cry

Like a little school mate in the school yard
We'll play jacks and uno cards
I'll be your best friend and you'll be mine
Valentine
Yes you can hold my hand if you want to
'cause I wanna hold yours too
We'll be playmates and lovers and share our secret worlds
But it's time for me to go home
It's getting late, dark outside
I need to be with myself in center, clarity
Peace, Serenity

I hope you know, I hope you know
That this has nothing to do with you
It's personal, myself and I
We got some straightening out to do
And I´m gonna miss you like a child misses their blanket
But I've gotta to get a move on with my life
It's time to be a big girl now
And big girls don't cry
Don't cry,
Don't cry,
Don't cry

La Da Da Da Da Da

(Se alguém quiser ver a tradução, clique aqui)


Um fim de semana a menos

Pois é, um fim de semana a menos no ano. Não que o fim de semana tenha sido ruim. Na minha última postagem sobre a quarta-feira, o título foi este: "Uma quarta a menos". E em tal título havia sim o objetivo de mostrar como eu me sentia feliz por ser uma quarta a menos. Mas não agora. "Um fim de semana a menos" porque a vida passa, a vida continua, e nada podemos fazer para recuperar o tempo perdido.

Repito, este fim de semana não foi tempo perdido. Ao contrário, foi um fim de semana muito bom (mas não excelente), no qual diversos fatos aconteceram e que me deixaram satisfeitos.

O primeiro fato foi o projeto "Películas e Idéias", no sábado de manhã. Mas sobre ele comentarei um pouquinho depois, pois ele merece alguns comentários mais específicos.

Ainda no sábado, após o projeto, fui almoçar com mais 3 alunos que, parece-me, estão se tornando verdadeiros amigos. Fomos a um restaurante na Comercial Norte, próximo à faculdade, afinal de contas nenhum deles, nem eu, temos carro. Após o almoço, acabamos nos encontrando com outros três alunos, de outra turma, e ficamos os sete batendo papo na esquina da faculdade por quase uma hora e meia. Após tanto tempo de conversa, resolvemos ir a um barzinho jogar sinuca! Logo eu, que não sei jogar, mas tudo bem... Acabou que ficou 1 x 1, ganhei uma e perdi outra.

Após a sinuca fomos para um churrasco na QNL 5. Estava um lixo. Cheio de patricinhas e de bombadinhos. Fora a entrada, que era uma caixinha de cerveja. Eu não bebo cerveja, então eu iria jogar uns 15 reais no lixo. Ficamos lá só vendo o tempo passar, na porta do evento, sem entrar, e saímos de lá por volta de umas 19 h. Fomos a um bar na QNL 23, e também estava uma desgraça. Saímos do bar por volta das 20 h, e aí eu e mais 4 amigos resolvemos ir pra algum barzinho na Av. das Palmeiras. Depois de um banho básico em casa, lá fomos nós, e acabou que tava tudo fraco também. No final das contas, um amigo meu e eu fomos para o Coliseu, e fiquei ouvindo forró das 23:30 h até 3:15 h da manhã, quando saímos de lá. Imaginem a minha situação, logo eu que "adoro" forró... Mas até que dei umas dançadinhas. Foi divertido! Resolvi me arriscar, afinal de contas havia pessoas dançando pior que eu...

A conseqüência de ir dormir às 3:45 h, somadas a duas caipiroskas que estavam deliciosas, foi o seguinte: hoje acordei às 11:40 h. Mas, para além de acordar neste horário, levantei-me da cama efetivamente só às 14:00 h. Fiquei deitado pensando na vida e ouvindo rádio neste tempo todo. Levantei-me e, como sempre faço, vim pro computador. Não tenho TV em casa, então acompanho tudo pela internet mesmo. Passei a tarde conversando no msn com algumas pessoas, fiz algumas ligações que deveria ter feito há certo tempo, falei com a família, li notícias, acompanhei o jogo do meu time de futebol... Depois saí pra comprar meu pãozinho da noite, é claro, e cá estou novamente. Daqui a pouco já é hora de dormir, afinal de contas mais uma segunda se aproxima e, como sempre, mais cansaço se aproxima. Segunda é complicado. Interessante e instigante, mas complicado pelo cansaço. E mais ainda nesta semana devido à comissão do MEC que virá avaliar o curso na faculdade.

Antes de terminar esta postagem, voltemos ao sábado de manhã. Mais uma do projeto "Películas e Idéias", com um filme que eu acho dos mais interessantes e intelectualmente instigantes que já vi: "V de Vingança". Lembro-me da primeira vez em que vi propaganda deste filme: estava eu em Lavras, no sul de MG, com meu pai, minha mãe, minha irmã e meu sobrinho. Tínhamos terminado de fazer o que precisávamos na cidade, e resolvemos passar no shopping pra ver se tinha algum filmezinho legal no cinema. E lá havia um cartaz em papelão, daqueles que ficam apoiados no chão, com o nome do filme e o "V" de costas. Pelo cartaz, parecia ser mais um filmezinho daqueles em que há um vilão matando todo mundo e que, no final, o mocinho mata o vilão e, cheio de machucados e hematomas, dá um beijo na mocinha e todos vivem felizes. Em suma, achei que o filme ia ser uma merda e não dei a mínima bola quando ele foi lançado.

Passou-se um tempo e, de repente, vejo em um site que eu costumava visitar um link pra fazer o download do filme. Como eu não tinha nada pra fazer, fiz o download e deixei o filme quietinho no meu computador. Quase me esqueci de que ele existia.

Um belo dia, quando eu ainda morava no Plano, sem nada pra fazer, vi o arquivo do filme solto na minha pasta de downloads, e resolvi ver o filme. Caracas! Que surpresa agradável! Juro que não vi as 2 h e 12 minutos do filme passarem. No dia seguinte eu o assisti novamente, e a partir daquele momento vi que seria o filme ideal para eu explicar as idéias de totalitarismo para meus alunos. Fiquei aguardando ansiosamente pelo lançamento do filme em DVD e, quando isto aconteceu, comprei o filme sem sombra de dúvidas. De lá pra cá, já perdi a conta de quantas vezes assisti ao filme, não apenas acompanhando minhas turmas, mas também em casa, quando não tenho nada pra fazer.

Ontem, após a exibição do filme, lá fui eu mais uma vez para o "palco" falar um monte de coisa interessante (que eu considero interessante) pros meus alunos. Após a exposição (que, por sinal, foi bem longa, falei por 25 minutos), uma aluna minha me fez uma pergunta a qual eu simplesmente não pude responder exatamente como queria. Ela perguntou qual seria a opção viável para se fazer uma mudança: uma mudança "constitucional", de acordo com a lei, ou uma mudança revolucionária? Dei uma resposta que, ainda que não seja exatamente a que eu gostaria de dar, é uma com o que concordo: nenhuma das opções funciona. A mudança por meio das regras não funciona porque os eleitos simplesmente se corrompem ao serem eleitos, e os que não se corrompem são sempre minoria. Por outro lado, a mudança revolucionária também não funciona porque não há ninguém (generalizando) disposto a fazê-la. Em outras palavras, exprimi meu profundo pessimismo com a política tal qual ela existe nos dias de hoje.

E qual seria a resposta que eu não poderia dar ali, no evento? Muito simples: a de que mudanças profundas, radicais e -- na minha visão -- verdadeiras só poderiam ocorrer por meio de uma revolução. É assim que vejo. Não há como haver mudanças por meios "democráticos": os eleitos, na minha visão, sempre serão corrompidos. Também não há como haver mudanças por meios revolucionários se os líderes de tal revolução buscarem ser "bonzinhos", ouvindo o que a maioria deseja. Só é possível haver uma mudança por meios revolucionários e violentos, e com a implantação de uma ditadura. Não que eu seja comunista e defenda uma ditadura do proletariado, como diria Marx, mas acredito que mudanças só poderiam acontecer se a violência fosse imposta à população. O que me leva a outro problema, até agora filosoficamente insolúvel: se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe ainda mais. É ilusão imaginar que um ditador seria "bonzinho", até mesmo porque a definição do que é certo ou errado, do que é justo ou injusto, como eu mesmo disse na palestra, é algo relativo, é algo subjetivo, e não é facilmente definido. Em suma, não sei muito como resolver este problema da política de maneira geral. E este é meu objetivo de vida: tentar buscar uma maneira de melhorar o que está aí. Isto precisa ser feito, de alguma maneira. Eu só não sei -- ainda -- por onde começar.


... E mais outra!

(Até onde indicado abaixo, o texto que se segue foi feito com base em informações disponíveis na Wikipédia em inglês e em russo, com alguns detalhes acrescentados por mim mesmo.)

Ivan IV Vasilyevich (em russo: Иван IV Васильевич) (25 de agosto de 1530, Moscou -- 18 de março de 1584, Moscou) foi o Grão-Príncipe de Moscou de 1533 a 1547 e czar da Rússia de 1547 até sua morte em 1584. Seu longo reino viu a conquista da Tatária e da Sibéria, e a subsequente transformação da Rússia em um estado multiétnico e multiconfessional. Ivan IV é conhecido na tradição monárquica russa apenas como "Ivan Grozny" (Иван Грозный), comumente traduzido para português como "Ivan o Terrível". Interessante é notar que a palavra "grozny", em russo, significa tanto "terrível" quanto "belo" (ainda que este último sentido não seja usado na língua russa atual).

Ivan teve sete mulheres, uma das quais morreu em circunstâncias suspeitas. Em um acesso de raiva, Ivan matou o filho mais velho, que era tão cruel quanto ele, e passou o resto da vida imerso em remorsos, misturados com atos de crueldade e violência.

Apesar de ser considerado como um homem cruel e provavelmente mentalmente insano, Ivan conseguiu unificar a Rússia, antes dividida em principados independentes. Criou uma força militar própria e conquistou terras até a Sibéria, expandindo o território russo com um mapa semelhante ao dos dias atuais. Também se tornou um autocrata, o primeiro de uma série, mas por ter ferido à morte seu filho mais velho, e pela misteriosa morte do Czarevich Dimitri, não deixou descendentes.

(Daqui para a frente, o texto é só meu.)

Ivan o Terrível e seu filho Ivan. Pintura de Ilya Repin. Galeria Tretyakov, Moscou (e o melhor de tudo, eu vi ao vivo!)

Mais uma postagem educativa! Achei interessante o comentário que uma freqüentadora do meu blog fez e, por ela ter citado figuras históricas, resolvi colocar algumas coisinhas interessantes sobre tais figuras aqui.

O que eu achei mais interessante é que esta pessoa me relacionou com duas coisas que têm relação com algo que eu adoro: a Rússia. Não sei se foi de maneira consciente ou inconsciente, mas, independentementemente, eu gostei :)

Respondi para esta pessoa que eu não achei ruim em ser comparado a pessoas cruéis. Na verdade, tenho certa admiração por pessoas que, de maneira geral, são consideradas cruéis ou "socialmente repugnantes". Dentre as mais conhecidas eu cito Ivan, o Terrível, Luís XIV, Napoleão, Lênin, Stalin, Hitler... Governantes que, de uma forma ou de outra, fizeram coisas incríveis (para o bem e para o mal). Isto não quer dizer, por outro lado, que eu seja um ser totalmente malvado -- de forma alguma! Mas não consigo deixar de ter admiração pelo que estas figuras, e outras, fizeram em tão pouco tempo.

Acho que é por isso que meus alunos, de maneira geral, me acham bruto. Será alguma influência destas figuras? ...


Nova postagem educativa

(Original aqui)

"Nero Cláudio César Augusto Germânico ou Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus (15 de Dezembro 37 - 9 de Junho 68) foi o quinto Imperador Romano entre 54 e 68.

"Nascido em Âncio com o nome de Lúcio Domício Enobarbo, era descendente de uma das principais famílias romanas, pelo pai Gneu Domício Enobarbo (Gnæus Domitius Ænobarbus, do latim Ahenus: de cobre, ruivo + barba) e da família imperial Júlio-Claudiana através da mãe Agripina, a Jovem, filha de Germânico e neta de César Augusto.

"A ascensão política de Nero começa quando Agripina incentiva o marido, o imperador Cláudio, a adotá-lo e escolhê-lo seu sucessor, após desmoralizar os partidários de Britânico, filho de Cláudio, e seduzir seu próprio filho a se casar com Otávia, filha do imperador. Quando Cláudio, sogro e padrastro de Nero, morreu em 54, provavelmente assassinado pela própria Agripina, Nero foi proclamado imperador sem oposição. Segundo a historiografia tradicional, no início foi um bom governante, sob orientação de sua mãe, de seu preceptor, o filósofo Sêneca, e do prefeito pretoriano Burrus. Quando começou a sofrer influência do prefeito do pretório Ofônio Tigelino, sua conduta degenerou-se.

"A paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores Tibério e Calígula, foi se instalando em Nero. Desencadeou uma série de assassinatos, incluindo do próprio Britânico (em 55), da sua mãe Agripina (em 59, após várias tentativas) e de sua esposa (em 62). Afastou-se de Sêneca e foi acusado de ter provocado, em 64, o grande incêndio de Roma, que destruiu dois terços da cidade, na esperança de reconstruí-la com esplendor. A pretexto do desastre, Nero iniciou a primeira e intensa perseguição aos cristãos. Embora se acreditasse que Nero foi o responsável, os estudiosos atuais duvidam da veracidade da acusação. Para Massimo Fini, as calúnias contra Nero foram inventadas por Tácito, Suetônio e historiadores cristãos. Fato é que os cristãos, não sem razão, atribuem-lhe a figura de protótipo do anticristo, pois foi em seu reinado que os cristãos sofreram sua primeira grande perseguição e São Pedro, assim como São Paulo, foram martirizados, o primeiro crucificado no muro central do Circo de Nero e o segundo, por ser cidadão Romano, decapitado na Via Ostiense.

(...)

"Em 68, a sua situação como imperador era insustentável. Sérvio Sulpício Galba, o governador da província romana da Hispania, decidiu tomar a iniciativa e marchou contra Roma, à frente de um enorme exército. O Senado seguiu o rumo dos acontecimentos e declarou Nero nefas e persona non grata, o que na prática o tornava num inimigo público, e reconheceu Galba como novo imperador. Sem apoio de nenhum dos quadrantes de Roma, Nero foi obrigado a fugir. Perseguido pela guarda pretoriana, acabou por se suicidar. Seus funerais foram feitos pela ex-escrava Acte, a única pessoa que lhe permanecera fiel."


Nunca subestimar as pessoas

A gente sempre ouve o título desta minha postagem: "nunca devemos subestimar as pessoas, pois elas geralmente têm mais a nos oferecer do que imaginamos". E, na onda do politicamente correto, que continua infernizando a vida de todos, é o que fazemos (ainda que nas aparências): todos são bonzinhos, todos são legais, todos têm muito a nos oferecer e, se têm problemas, é apenas uma fase. Logo voltarão ao "normal" e poderemos viver felizes para sempre.

Mas, ao mesmo tempo, todos sabemos que não é isto que acontece. Todos sabemos que, no fundo no fundo (ou talvez não tão no fundo assim), há pessoas que menosprezamos. Há pessoas que achamos um lixo, que achamos desnecessárias e, mais que isso, que achamos que não têm nenhuma condição de "chegar aos nossos pés".

Nesta semana, surpreendi-me com determinada pessoa. Na verdade, não posso dizer que foi nesta semana; isto aconteceu quinze minutos atrás.

Esta determinada pessoa "entrou na minha vida" (oh, que frase linda!) há exatos quatro dias atrás. Na verdade, esta pessoa já estava presente há mais tempo, há alguns meses, mas eu nunca a havia notado, a não ser pelo fato de seu nome ser diferente, ser incomum. Mas, tirando isso, não havia reparado a pessoa e, portanto, não havia dado bola pra ela em momento algum.

Qual não foi minha surpresa ao acessar o blog desta pessoa hoje (dezoito minutos atrás). Surpreendi-me porque não fazia idéia de que tal pessoa fosse culta como demonstra ser. Diversas citações de autores que gosto e, mais que isso, perguntas interessantes a serem respondidas, ainda que extremamente difíceis.

Quando digo "surpreendi-me com determinada pessoa", quero deixar algo bem claro: não quero dizer aqui que, antes de "conhecê-la", eu a achava incapaz, burra ou algo do tipo. Apenas era-me indiferente a presença desta pessoa no meu convívio social. Tanto faz quanto tanto fez: se ela estava presente, bem; se não estava presente, bem também. Mas, após ler seu blog, senti-me instigado a continuar mantendo contato. Não sei se esta pessoa vai querer, mas... Não custa tentar!

Para que meus leitores tenham uma idéia: o blog desta pessoa começa com a seguinte pergunta: "No que consiste verdadeiramente o amor?" E por aí vai. Espero que a pessoa consiga responder a tal pergunta.

Pra terminar esta postagem, uma sugestão para vocês que chegaram até aqui: não subestimem ninguém sem conhecer a pessoa, pois provavelmente vocês estarão errados.

E eu espero voltar a este meu próprio blog sempre que eu estiver desanimado com alguém, para reler esta frase que eu mesmo estou digitando...


Oração de Krishna

(Recebi pela internet, portanto não tem fonte)

Ó Vós, infinita e sagrada Presença Divina, Altíssima Fonte de Toda Vida! Abençoado seja Vosso Sagrado Nome!

Nós nos prosternamos aos vossos pés.

Nós Vos agradecemos.

Nós Vos rendemos ação de graças.

Nós Vos glorificamos por Vossa majestosa Presença no Universo!

Porque Vós sois - EU SOU o EU SOU!

Nós Vos devolvemos, ó Poderoso, toda Força e Poder que foram usados por nós na imperfeita manifestação visível ou invisível.

Vós sois o Todo-Poderoso do Universo! Não existe outro poder em atividade.

Seja feita a Vossa vontade - em nós, agora.

Deixai Vosso Reino manifestar-se, constantemente, à face da Terra, através de todo o tempo, nos corações de todos os que são abençoados, que estão em condições de viver esta graça!

Ó Vós, Altíssimo Bem-Amado!

Elevamos nosso coração, nossa visão, nossa consciência à Vós.

Deixai a substância do Vosso Próprio Ser fluir em cada um de nós, de acordo com as nossas necessidades, para seguirmos em Vosso Nome e não haver deficiência em Vosso Serviço.

Pedimos perdão pelas nossas transgressões à Vossa Lei de Amor e Harmonia - para nós e para todas as pessoas, bem como para as forças dos reinos dos elementais e do reino da natureza.

Dai-nos, agora Vossa Misericórdia.

Com Vossa Força e Vosso Desejo, queremos perdoar, de nossa parte, a todos os que nos magoaram, desde o início dos Tempos!

Não tememos mal algum, porque estais em volta de nós e dentro de nós.

Não existe Poder além do Vosso, nada que possa ferir, destruir ou roubar a Beleza da Vida.

Vós sois a Força, o Poder no qual trilhamos o caminho da prestação de contas.

Ó Pai da Luz, glorificai-nos em Vosso Próprio Ser e mostrai-nos toda a Glória da qual no começo participamos Convosco, antes que o mundo fosse feito.

ASSIM SEJA.


25 de maio de 2007

Mais um dia se foi...

É, mais uma sexta-feira indo embora. Agora são 18:20 h, e posso dizer que o dia de hoje simplesmente "passou". Não que tenha sido extremamente bom ou extremamente ruim; foi apenas mais um dia. Um dia que, em seu início, estava frio, e que -- parece-me -- voltará a estar frio agora em seu final. O que é excelente pra mim, pois como eu já disse, adoro o frio. Aliás, falando um pouquinho sobre o assunto: hoje vi comentários de colegas meus dizendo que no interior de SP fez apenas 2 graus, e o povo achando super-frio. E eu pensando: "quer trocar de lugar?" Não tem jeito, adoro o frio, adoro ficar todo encasacado, todo empacotado, adoro aquela sensação do ventinho gelado no rosto... Pena que tais momentos aqui no Brasil são raros, pelo menos aqui em Brasília :(

Voltando ao meu dia, acordei super-cedo hoje, às 5:45 h, porque ia dar aula em Sobradinho às 8 h da manhã. Como não há mais vans a qualquer momento, e como não sei o horário exato dos ônibus, resolvi ir o mais cedo possível para não chegar atrasado. Saí de casa às 6:40 h, e cheguei lá às 7:50 h. Como é lindo o transporte coletivo em Brasília!

Depois da aula, almocei no Plano e comi quase 1 kg de comida. Não se assustem, é normal, hehehe. Afinal de contas, tenho de manter minha pança roliça e grandinha, né mesmo?! E aí, mais uma vez utilizei-me do maravilhoso transporte coletivo, pegando o ônibus às 13:20 h em frente ao Brasília Shopping e descendo no Sesc em Taguatinga Norte às 13:55 h.

À tarde não fiz muita coisa. Apenas respondi a alguns e-mails atrasados, li umas notícias de jornal que não tinha lido de manhã e, depois, fiquei lendo amenidades na net. Nada que vá mudar o mundo -- ou o meu mundo. Ah sim, fiz uma coisa legal (ou ilegal, depende do ponto de vista): baixei o novo álbum do Paul McCartney, intitulado "Memory almost full".

No mais, acho que é isso. Após escrever aqui, tomarei meu banhozinho quentinho e dirigir-me-ei para a faculdade, para ministrar a última aula da semana -- mais uma aula falando de socialismo e coisas do tipo. Como a turma é boa, o resultado deve ser bom. Veremos como a coisa va funcionar.

Ah, já ia me esquecendo: finalmente encontrei alguém que tem prazer em estudar. É o que disse minha amiga em seu blog. Tomo a liberdade de copiar e colar abaixo.

Eu me sinto super à vontade quando estou na faculdade, testo meu intelecto, coloco minhas opiniões para fora, debato, sinto que me ouvem, que me entendem de alguma forma. Saio quase sempre com uma sensação muito boa. Sou grata pela oportunidade de estudar. Num país como o nosso estudar é um privilégio para poucos, estou integrada nesse meio e mesmo tropeçando como humana, sinto que estou no caminho certo. Adoro estudar, não digo no sentido amplo de sentar a bunda na cadeira várias horas, mas o de estar num ambiente onde você pode aprender, debater, ler e conversar com pessoas que de certa forma têm o que acrescentar à sua vida.


Não é sempre que encontramos pessoas com tal visão de mundo. Tais pessoas devem ser protegidas e estimuladas sempre. É por causa deste tipo de gente que me estimulo a continuar dando aula e, quem sabe, tentando fazer uma diferença positiva -- ainda que eventualmente mínima -- na vida das pessoas. Ah, se todos os meus alunos pensassem assim...


Sobre as quintas-feiras

Eu já escrevi demasiado neste blog sobre os diversos "humores" que tomam conta de mim quando dou aula. Acredito que meus leitores regulares já devem estar cansados de me ouver falar o quão boa é a turma de quinta-feira à noite. Sendo assim, não irei nesta postagem encher o saco de vocês com mais "vivas" a tal turma.

Na verdade, vim aqui neste horário (00:01 h) apenas para dizer que minha quinta-feira foi muito boa. Na parte da manhã, uma aula de metodologia extremamente divertida, solta, alegre, na qual os alunos puderam efetivamente aprender e apreender o conteúdo ministrado. A maioria é bem jovem, abaixo dos 20 anos, mas são maduros o suficiente para saber que há momentos em que a coisa tem de ser levada a sério.

Na parte da tarde, logo após o almoço, fiquei na internet resolvendo alguns pepinos familiares. Nada de mais, nada de muito cansativo e/ou preocupante, apenas questões "de rotina", digamos assim. Além disso, fiz pela décima vez a negação de dois recursos de duas alunas do semestre passado que estão querendo passar na minha disciplina "no tapetão", coisa que já está enchendo meu saco. Mas encarei com tranqüilidade, até porque faz parte da minha função de professor dizer "não" a tal tipo de aluno. E ainda deu pra tirar um cochilo, curto, de apenas 45 minutos, mas suficiente para dar uma recobrada nas energias -- até porque hoje não dormi muito bem.

Por fim, à noite foi "aquela coisa". Voltei a dar aula com empolgação, e fui muito bem recebido pela turma (como sempre). Tanto que eu queria ter iniciado um novo tema hoje (poliarquia) e não consegui porque a turma foi bastante participativa e, por isto, o conteúdo atrasou. Mas não tem problema algum: acho mais importante o pessoal conhecer um assunto muito bem do que conhecer pouco de vários assuntos. E pra terminar o dia, uns golinhos de caipirinha no bar que fica aqu em frente de casa, com alguns amigos.

Claro que outras coisas aconteceram, fofocas rolaram, ouvi reclamações, ouvi elogios, ouvi desesperos, ouvi risadas... Coisas que, no contexto geral, podem ser consideradas "pequenas", mas que quando paramos para pensar, vemos que, na verdade, são tais coisas "pequenas" que fazem de nossas vidas o que realmente são. Entretanto, devido ao avançado da hora, não falarei sobre tais coisas por aqui -- não hoje ;)

Amanhã será um dia cansativo. Excepcionalmente, terei de estar em Sobradinho às 8 h da manhã, pois vou substituir um professor que vai faltar. Por causa disso, terei de sair de casa no máximo umas 6:30 h, o que implica dizer que irei acordar às 5:45 h. E o "legal" é que são 00:07 h agora e eu estou aqui no blog, escrevendo, ao invés de ir dormir... :P Amanhã à tarde, com certeza, tirarei um cochilo, e à noite estarei firme e forte dando mais uma aula sobre socialismo para outra turma que gosto muito, por ser participativa e por ter interesse em agregar conhecimento ao que já possuem. Ah, se todos fossem assim...


24 de maio de 2007

O frio...

O frio é algo muito bom. Bom, eu acho. Simplesmente adoro o frio.

Hoje aqui em Bsb fez "frio". A temperatura variou de 13 a 22 graus, conforme informações do "Canal do Tempo". E este clima agradável me faz bem, me deixa estimulado, me deixa com vontade de trabalhar. Talvez isto seja contraditório, mas eu sou assim.

O frio me faz lembrar de determinado lugar, que todos sabem que eu adoro. Sinto falta deste lugar. Quero ir pra lá novamente. Sei que o farei em dezembro, mas até lá... Agüentarei o calor daqui do DF, especialmente aquele calorzão e aquela seca (que eu também acho boa, depois explico) nos meses de julho e agosto.

Ah, o frio... Abaixo uma foto que eu mesmo tirei neste lugar que adoro. Neste dia não estava muito frio, "apenas" -11 graus... :P