30 de setembro de 2008

Campanha eleitoral

Como não se envergonhar com isso...





Depois ainda reclamam: "os políticos são safados". Mas quem os escolhe?

29 de setembro de 2008

Telespectador com nome "Tomás Turbano"

Cry Baby Cry

The Beatles

Cry baby cry
Make your mother sigh
She's old enough to know better.

The king of Marigold was in the kitchen
Cooking breakfast for the queen
The queen was in the parlour
Playing piano for the children of the king.

Cry baby cry
Make your mother sigh
She's old enough to know better
So cry baby cry.

The king was in the garden
Picking flowers for a friend who came to play
The queen was in the playroom
Painting pictures for the childrens holiday.

Cry baby cry
Make your mother sigh
She's old enough to know better
So cry baby cry.

The duchess of Kircaldy always smiling
And arriving late for tea
The duke was having problems
With a message at the local bird and bee.

Cry baby cry
Make your mother sigh
She's old enough to know better
So cry baby cry.

At twelve o'clock a meeting round the table
For a seance in the dark
With voices out of nowhere
Put on specially by the children for a lark.

Cry baby cry
Make your mother sigh
She's old enough to know better
So cry baby cry cry cry cry baby
Make your mother sigh.

She's old enough to know better
Cry baby cry
cry cry cry
Make your mother sigh
She's old enough to know better
So cry baby cry.

Can you take me back where I came from?
Can you take me back?
Can you take me back where I came from?
Rowboat can you take me back?
Can you take me back?
Oooh, can you take me where I came from?
Can you take me back?

É isso aí

25 de setembro de 2008

"Frota Aeronaval"

Secretária loira

24 de setembro de 2008

Susto na esposa

Riccardo Patrese dando um susto em sua esposa... :P



Circuito de Cingapura

Pensem... Corrida de F1 à noite! :D


22 de setembro de 2008

Brasileiros precisam debater corrupção em sala de aula, dizem especialistas

(Original aqui.)

Diferentes estudos e experiências mostram que a corrupção é um fenômeno complexo recorrente em todos os países e produz efeitos políticos, sociais e econômicos que prejudicam o desenvolvimento das nações. Mas de acordo com especialistas em educação, o debate sobre a corrupção é fundamental e necessário logo no ambiente escolar. Para eles, mais do que saber o que é corrupção, é importante que os alunos aprendam a examinar, a criticar e a julgar mediante provas as várias faces da corrupção. “Feito isso repetidamente, como um hábito, estaremos formando cidadãos honestos”, afirma Cândido Gomes, doutor em educação pela Universidade da Califórnia e professor da Universidade Católica de Brasília.

De acordo com o professor Gomes, a lei determina que as escolas desenvolvam valores, atitudes e comportamentos de cidadania. “Quando se levanta dinheiro para fazer uma festa ou excursão e o aluno participa desse processo, ele pode aprender a respeitar o bem comum. Quando são eleitos representantes de turmas e, sobretudo, se estabelece a interação entre representantes e representados, os alunos aprendem o que são cidadania e democracia”, exemplifica Gomes. Para ele, essas situações, vividas desde a infância, têm maior valor do que conteúdos programáticos.

Nesse sentido, relata o professor, “vejo como essencial conhecer a organização e o funcionamento do País hoje. Os alunos não podem sair da escola sem isso, porém, já existem os lugares próprios nos currículos. Em vez de ensinar a História do Brasil do passado para o presente, seria interessante partir do presente e verificar como o País foi se formando. Em vez de decorar termos, é melhor fazer um júri simulado sobre a corrupção e suas raízes históricas. Em vez de conteúdos a serem reproduzidos nas provas, é mais educativo simular uma situação em que os alunos exercem cargos públicos e são responsáveis pelo orçamento, sua execução, controle e fiscalização”, conclui Cândido Gomes.

Segundo estimativas do Banco Mundial, a cada ano cerca de US$ 1 trilhão - em propinas e subornos - alimentam a corrupção mundial. Por outro lado, de acordo com dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), países que combatem a corrupção e fortalecem a aplicação da lei podem aumentar sua renda nacional em até 400%. Da mesma forma, a corrupção reduz a habilidade dos governos de prover as necessidades e serviços básicos para os cidadãos, fazendo com que investimentos em países corruptos possam ser até 20% mais onerosos do que em outros locais.

Por isso, a educação seria um dos remédios mais eficientes contra a corrupção, considerando que “cortaria o mal pela raiz”. “A corrupção no Brasil é um traço cultural e, portanto, é preciso mudar os valores e princípios éticos do brasileiro. Todos nós temos um nível de corrupção”, afirma Paulo Corbucci, doutor em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB) e, atualmente, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para Corbucci, não há dúvida de que a ética deve ser conteúdo transversal nas disciplinas dos ensinos fundamental e médio.

Para ele, haveria uma incorporação maior se a ética fosse diluída em disciplinas diferentes, desde o ensino fundamental (1ª série). “Acredito que é mais válido e eficaz se a discussão estivesse aberta dentro das disciplinas das ciências humanas, pois uma matéria especifica criaria uma aversão por parte dos alunos, que geralmente encaram as disciplinas obrigatórias sem entender a razão de ser delas”, avalia Corbucci.

No entanto, segundo o especialista, atualmente o educador não tem instrumentos e não está preparado para oferecer um debate sobre a corrupção e a ética sem incorrer na discussão baseada no senso comum. “É preciso uma reforma também nas grades dos cursos superiores. A formação dos novos profissionais da educação deve comportar discussões mais objetivas e contextualizadas sobre a corrupção. O educador deve desenvolver a capacidade de demonstrar as implicações práticas da corrupção na vida de seus alunos, para que eles possam agir e combatê-las”, afirma Corbucci.

Cláudio de Moura Castro, economista e também especialista em educação, concorda com Corbucci no quesito da capacitação. Segundo ele, a área da corrupção ainda é mal estudada, onde os peritos não estão de acordo. “Nem chega a ser um claro tema de estudos e está longe de estar madura para virar uma disciplina no ensino público”, afirma Castro.

Atualmente, não há obrigatoriedade do debate sobre a corrupção dentro das escolas. Dentro do conteúdo programático determinado pelo Ministério da Educação, parte da grade é aberta para que a própria instituição estabeleça o conteúdo a ser abordado em sala de aula.

Disciplina extensiva

Há três anos, a UnB decidiu implantar a disciplina Teoria e Análise da Corrupção, que compunha à época a grade curricular do curso de Ciências Políticas. A disciplina, criada pelo professor Ricardo Caldas, tornou-se um módulo livre de graduação do Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares (CEAM) da universidade. Hoje, pioneiro no ensino superior, o curso recebe semestralmente cerca de 40 estudantes das mais diversas áreas e é considerado como um módulo livre de extensão, com duração de quase quatro meses.

De acordo com Caldas, a análise da corrupção no âmbito acadêmico tem a finalidade de despertar a atenção da sociedade, por meio de estudos e pesquisas, e apresentar formas de combate à corrupção. Além disso, o curso é aberto a todos os estudantes de qualquer área de graduação e aborda os temas mais recorrentes no estudo teórico da corrupção, como causas, conseqüências e custos gerados.

O professor ressalta que o debate não é uma questão de formação acadêmica (currículo), mas é importante para a formação ética do indivíduo cidadão. “Como um todo, eu acredito que as noções de ciência política deveriam ser enquadradas na educação de todo o cidadão. Assim como outras noções fundamentais para a formação cidadã, o debate sobre a corrupção é fundamental”, afirma o professor. Caldas acredita ainda que do mesmo modo que se introduziu a disciplina de filosofia nas escolas, é importante dar continuidade em um debate específico sobre a corrupção dentro de quantas disciplinas forem possíveis.

Segundo o cientista político, os atuais instrumentos de fiscalização não têm trabalhado a contento e para que as pessoas possam agir, precisam ter acesso à informação. “É preciso menos burocracia e mais transparência, o que garante maior participação da sociedade”, sugere Ricardo Caldas. O professor ainda diz ter o interesse de expandir a disciplina para um curso mais abrangente, mas afirma que até agora isso não foi possível.

As turmas coordenadas pelo professor Ricardo Caldas têm a responsabilidade de analisar a relação entre instituições, cultura política e corrupção, observar a corrupção como ameaça à manutenção do regime democrático, além de analisar o papel da corrupção no contexto do crescimento econômico do país. O objetivo desta disciplina é oferecer ao aluno conhecimentos básicos acerca de diferentes perspectivas teóricas sobre corrupção, demonstrar como ocorre, em que circunstâncias e de que forma o problema afeta a economia e o sistema político, uma vez que a corrupção tem um profundo impacto sobre a sociedade brasileira, desde os tempos de colônia até a formação da República.

Experiência Internacional

Um estudo elaborado anualmente pela Transparência Internacional, que mede o índice de percepção da população diante da corrupção, demonstra que o Brasil, nos últimos 10 anos, não tem sustentado uma boa posição no ranking dos países mais transparentes. Em 1999, o Brasil ocupava a 46ª posição. Desde então, o País tem ficado cada vez mais longe do pódio. Em 2007, ocupava a 72ª posição no ranking, ao lado de países como China, Índia, Marrocos e Peru.

Ao contrário do Brasil, países como Chile e Portugal sempre permaneceram, nesse mesmo período, na casa dos 20. No ano passado, por exemplo, Portugal ocupava a 28ª e o Chile a 22ª posição entre os países menos corruptos. Mas a citação desses dois países não é aleatória. Mesmo posicionados sob vantagem em relação a muitos países, ambos têm se dedicado em aplicar fundamentalmente o debate sobre o tema na educação nacional.

O Centro de Direitos Humanos da Universidade do Chile, por exemplo, oferece o curso de pós-graduação em Transparência, Responsabilização e Luta Contra a Corrupção. De acordo com informações do site da instituição, o principal objetivo do curso é formar profissionais capazes de agirem estrategicamente para o desenvolvimento de sociedades mais transparentes, democráticas e livres de corrupção. O programa de curso ainda visa contribuir para o fortalecimento de organizações que atuem no combate à corrupção, além de fornecer os instrumentos a profissionais, acadêmicos, ativistas e funcionários públicos.

Em Portugal, o Departamento de Economia da Universidade do Porto oferece o título de pós-graduação em Gestão de Fraude aos graduados que têm interesse em se especializar no combate ao dolo em empresas privadas e no setor público. A ex-aluna, Sandra Peneda, afirma que a denominação do curso, a princípio, parece não ser muito sugestiva, além de muito estranha. “Mas quando li uma entrevista de um dos coordenadores do curso pareceu-me uma oportunidade para que, finalmente, em Portugal se começasse a discutir temas até então colocados na prateleira dos tabus”, afirma a pós-graduada.

Em depoimento publicado no site da universidade, Peneda diz ter compreendido que cursos como este “podem, sem dúvida, ser o meio que alguns procuravam para se conseguirem munir de instrumentos eficazes de combate à fraude". “É uma excelsa oportunidade para conseguir obter uma especialização numa área que pode trazer, no futuro, ganhos avultados à economia nacional”, diz.

Além disso, o Instituto de Combate à Fraude e Defesa da Concorrência (ICDE) também ofecere um projeto nas escolas sobre o tema, em nível internacional, com três questões fundamentais - a pirataria, a corrupção e cidadania e valores. A idéia, chamada de Escolalegal, é levar às escolas de forma estruturada, por exemplo, fatos sobre o risco de consumo de produtos piratas. O projeto tem como fundamentos essenciais a adaptação de forma ao conteúdo para alunos de sete a 14 anos, professores, diretores, coordenadores, pais e comunidade. Um dos objetivos do Escolalegal é resgatar os valores morais e exercício da ética nas escolas. Clique aqui para conhecer mais sobre o projeto.

Cursos no Brasil

No Brasil, poucas instituições ministram estudos especializados em fiscalização, controle e combate à corrupção. Dentre os cursos oferecidos por órgãos públicos nacionais, está os de Prevenção e Combate à Corrupção e a Lavagem de Dinheiro e o de Improbidade Administrativa e Combate à Corrupção, apresentados pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Ambos são dirigidos exclusivamente a servidores do órgão. Dentre os conceitos abordados no curso, estão o de fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Também são abordados procedimentos, meios de defesa e combate à corrupção na administração pública.

O Ministério da Justiça também oferece cursos de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, também exclusivos para agentes públicos. Os módulos e temas dos cursos abordam, dentre outros, o enriquecimento ilícito e o monitoramento de informações financeiras.

Já a Controladoria-Geral da União (CGU), em parceria com a Escola de Administração Fazendária do Ministério da Fazenda (Esaf), promove o curso Controle Social e Cidadania, aberto a todos os interessados. O objetivo é mobilizar agentes públicos, lideranças locais, professores, alunos e cidadãos em geral para que atuem no controle social das ações do governo e promovam a melhor aplicação dos recursos públicos. O curso é realizado em um mês e é desenvolvido na modalidade à distância, via Internet.

A Escola de Formação de Governantes (EFG) do estado do Ceará é outro exemplo que abre espaço para a discussão sobre um dos principais problemas do Brasil. Segundo informações extraídas do site da instituição, conscientes de que "com a corrupção, todos pagam e de haver a necessidade de uma luta conjunta para combatê-la, a EFG, em parceria com a Fundação Konrad Adenauer (FKA), promove o curso Instrumentos de Gestão e Informação para a Transparência e Prevenção contra a Corrupção". O público-alvo da escola são os comunicadores sociais, parlamentares, ouvidores de instituições públicas e privadas, líderes de organizações não governamentais e de movimentos sociais.

Milton Júnior
Do Contas Abertas

19 de setembro de 2008

Então vamos beber e fumar!

(Original aqui.)

Mandar SMS ao volante é mais perigoso do que beber e dirigir
Por Neal Parsons

LONDRES (Reuters) - Enviar mensagens de texto do celular enquanto se dirige um carro é mais perigoso do que dirigir bêbado ou sob influência de drogas, afirma uma pesquisa do Laboratório Britânico de Pesquisa em Transportes (TRL).

O tempo de reação das pessoas enviando mensagens por celular enquanto dirigem cai 35 por cento, enquanto que aquelas que consumiram o limite legal de álcool, ou usaram maconha, caiu 21 e 12 por cento respectivamente, segundo o estudo.

O estudo, encomendado pelo grupo automotivo RAC Foundation, descobriu ainda que a habilidade de se manter nas faixas ou de manter uma distância adequada atrás de outros veículos é pior do que a de motoristas sob a influência da maconha.

"Esta pesquisa mostra o quanto é perigoso dirigir e digitar um texto", afirmou em comunicado Nick Reed, pesquisador da TRL.

Ele afirmou que motoristas que digitaram se ditraíram tirando as mãos do volante para usar o telefone, na tentativa de ler uma pequena mensagem na tela do celular e pensando no que escrever em suas mensagens.

"Esta combinação de fatores resultaram em um prejuízo no tempo de reação e no controle do veículo colocando o motorista em risco maior do que ter consumido o limite legal de álcool", afirmou Reed à Reuters.

Uma conclusão a que pesquisadores chegaram sobre por que digitar um texto é tão perigoso é o tempo que demora para digitar um mensagem dirigindo.

O TRL afirmou que digitar um mensagem no volante demora 63 segundos, o tempo que o carro leva para percorrer 0,8 km na velocidade do centro de uma cidade e acima de 1,6 km nos limites de velocidade de uma rodovia.

Quase metade de todos os pesquisados entre 18 e 24 anos admitiram digitar mensagens enquanto dirigem, segundo uma pesquisa separada da RAC Foundation.

O estudo do TRL selecionou 17 pessoas de entre 18 e 24 anos para simular um teste de direção, no qual tiveram que ler, escrever e ignorar mensagens em uma variedade de estradas.

Os participantes deste estudo foram quase unânimes acreditando que a direção alcoolizada seria a ação mais perigosa na estrada", afirmou Stephen Glaister diretor da RAC. Ele afirmou que a pesquisa mostrou claramente que o motorista que está digitando é prejudicado significativamente mais do que aquele dentro do limite legal de álcool.

"Nenhum motorista responsável beberia e dirigiria", afirmou Glaister em comunicado. "Nós temos que assegurar que os devotos das mensagens entendam que digitar é uma das coisas mais perigosas que você pode realizar enquanto dirige um veículo motorizado."

18 de setembro de 2008

O cachorro-aranha

17 de setembro de 2008

Para pensar

(Recebi por e-mail. Sem fontes.)

A edificação de novas mesquitas provoca tensões nas cidades alemãs

Cécile Calla
Em Berlim (Alemanha)
Para o Le Monde

Quem sabe, a cidade de Duisburg não esteja no processo de se tornar historicamente um modelo de integração bem-sucedido. No final de outubro, esta cidade do vale industrial da Ruhr (oeste) vai inaugurar em seu bairro de Marxloh a maior mesquita da Alemanha. Este edifício de inspiração bizantina, sobre o teto do qual foi construída uma cúpula de 23 metros de altura, além de outras quatorze pequenas cúpulas e mais um minarete de 34 metros, comporta uma lotação máxima de 1.200 pessoas. Situado ao norte da cidade, este local de culto constitui um dos raros exemplos de cooperação harmoniosa entre as instituições locais e a comunidade muçulmana. Do começo até a sua conclusão, a implementação do projeto não provocou nenhuma espécie de controvérsia.

Já, em muitos outros lugares na Alemanha, os projetos de construção de mesquitas têm sido objetos de polêmicas sem fim e seguem cristalizando os temores da população. De todos eles, o exemplo de Colônia é o mais conhecido. Após dois anos de controvérsias, a municipalidade deu finalmente o sinal verde, na quinta-feira, 28 de agosto, para a construção de uma mesquita no bairro de Ehrenfeld. Quer isso tenha sido fruto do acaso ou deliberado, esta decisão foi tomada alguns dias antes do começo do período do ramadan, em 1º de setembro. As obras deverão ser iniciadas no começo de 2009, enquanto a sua conclusão está planejada para o final de 2010. Em função das suas dimensões - dois minaretes se erguerão rumo ao céu a 55 metros de altura (contra 157 metros para a catedral) -, a mesquita de Colônia suplantará então a de Duisburg.

"Nós não podemos permitir que nasça uma sociedade paralela", declarou Fritz Schramma, o prefeito democrata-cristão da cidade. Este eleito que defendeu o projeto de construção de uma mesquita contra a vontade do seu próprio partido, nele enxerga um meio para tirar o Islã da quase-clandestinidade em que ele se encontra. Ao longo de meses, os partidários e os opositores desta construção haviam travado uma luta sem mercê. As intervenções de personalidades tais como o escritor Ralph Giordano - que protestou contra aquilo que ele considera ser "uma demonstração de força do Islã" -; ou ainda do autor Günter Wallraff, que se prontificou a ler nas dependências da atual mesquita trechos de "Versos Satânicos", de Salman Rushdie (1989), um livro considerado como ofensivo ao profeta Maomé, que valeu ao seu autor ser condenado à morte pelo aiatolá Khomeini, foram representativas das tensões suscitadas.

Diálogo

Contudo, mesmo depois da decisão da prefeitura, os opositores seguem em pé de guerra. O partido Pro Köln, uma pequena agremiação de extrema-direita, que conseguiu reunir 23 mil assinaturas contra o projeto, convocou seus simpatizantes para manifestarem em 20 de setembro próximo em Colônia. Os seus líderes também convidaram todos os expoentes da extrema-direita européia para participarem de um "congresso contra a islamização", a ser realizado nesta cidade. Entre os oradores que foram anunciados figuram o líder francês da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, e o belga Filip de Winter, do Vlaams-Belang.

"Uma construção tão espalhafatosa em nada contribui para a integração, e, de qualquer maneira, já existem locais para orações muçulmanos em quantidade suficiente nesta cidade", afirma Markus Wiener, um dos dirigentes desta organização. Ele conta com uma possível mudança de representação política na prefeitura, que poderia ocorrer com as eleições municipais de junho de 2009, para barrar o projeto.

Seguindo o exemplo de Colônia, outros projetos de construção de mesquitas andaram suscitando conflitos em diversas outras grandes cidades alemãs, entre as quais Frankfurt, Berlim, Munique e Kassel. Contudo, dentre os cerca de 900 locais de orações muçulmanos existentes, apenas 206 são dotados de edifícios representativos, com um minarete ou várias cúpulas, segundo informa o instituto de arquivos sobre o Islã, com sede em Soest (oeste).

"As pessoas começam a dar mostras de preocupação tão logo o Islã se torna visível, ao passo que os políticos não se cansam de reclamar uma maior transparência", fustiga Aiman Mazyek, o secretário-geral do conselho central dos muçulmanos da Alemanha. Uma série de estudos realizados pelo sociólogo Wilhelm Heitmeyer, da Universidade Bielefeld, confirma que está havendo um crescimento da islamofobia por toda a Alemanha. Além disso, este fenômeno tenderia a propagar-se, sobretudo nos meios intelectuais. Segundo as análises do sociólogo, cerca de 27% dos alemães não escondem a sua rejeição explícita dos muçulmanos; e 35% dos alemães se mostram pessimistas e críticos a seu respeito.

"Os esforços precisam ser empenhados dos dois lados. A sociedade alemã, da mesma forma que as organizações muçulmanas, precisa aprender a administrar esses conflitos", sublinha este especialista. Neste contexto, Duisburg pode apontar o caminho que deve ser seguido. Os profissionais que empreenderam a construção da mesquita de Marxloh deram mostras de uma grande abertura para o diálogo. "Eles cooperaram muito cedo com as autoridades locais", conta Aiman Mazyek. Logo em 2001, um conselho consultivo que incluiu, além de lideranças da comunidade muçulmana, representantes das Igrejas, dos partidos políticos, das escolas, das universidades e dos habitantes do bairro, foi implantado.

"O fato de instaurar um clima de confiança foi fundamental", confirma Zülfiye Kaykin, que é um dos organizadores do projeto em nome da Ditib (União Turca Islâmica em prol da religião). "Já, nas outras cidades, existe quase sempre uma distância excessiva entre a comunidade muçulmana e as autoridades locais". Por sua vez, a municipalidade sempre deu seu apoio a este projeto. "Os sinais que são transmitidos pelas elites são essenciais em conflitos desta natureza", constata Wilhelm Heitmeyer.

Os membros da Ditib também se mostraram atentos para a necessidade de se manterem certas proporções em relação às dimensões dos outros edifícios religiosos da cidade. Assim, o campanário da igreja mais próxima permanece muito mais elevado do que o minarete da mesquita de Marxloh.

Todo bem que faz uma calcinha

(Original aqui. Nem sei se é verdade, mas é muito legal!)

As mulheres passaram milênios sem calcinha. Desde os albores da civilização, há pouco mais de 80 séculos, foram pelo menos 75 que elas viveram desprovidas dessa fundamental peça do vestuário, acarretando algum constrangimento na hora de cruzar as pernas, além de grave risco de resfriados.

Havia também desconforto para as amantes da equitação — no momento de montar à amazona, firmando um pé no estribo e passando a outra perna por cima da sela, as moças ofereciam um revelador e aprazível espetáculo para os rapazes da época. Assim, na pudica Idade Média foi inventada uma cadeirinha de madeira que era afixada no lombo do cavalo. As moças se viam alçadas até a cadeira e cavalgavam dessa forma, de ladinho.

Lógico, a solução mais prática seria o uso de calças, mas essa não era uma boa idéia. Os medievos viviam cheios de preconceitos e regras, algumas delas acerca das roupas femininas. Calças eram proibidas às mulheres e uma das que tentou vesti-las, a jovem Joana D’Arc, terminou seus dias amarrada em um poste e queimada numa fogueira, algo que quase todas as mulheres de então consideravam muito chato.

A vida continuou assim, nada parecia mudar na sombria Idade Média, até que Catarina de Médicis deixou a Itália para se tornar rainha da França. Catarina adorava cavalgar, em seus tempos de donzela de família rica, em Florença, parecia a versão feminina do Centauro. Mas, como rainha, havia de ter novos cuidados.

Para continuar montando à vontade sem que os vassalos antevissem as intimidades mais profundas da realeza, Catarina bolou uma espécie de calçola diminuta, peça que nada tinha a ver com as calças masculinas, mas que cobria as partes pudendas a contento.

Estava inventada a calcinha. Suprema invenção.

As súditas, vendo as particularidades de sua soberana protegidas com tamanho aconchego, apreciaram a novidade e a adotaram com entusiasmo. Depois, numa atitude bem peculiar das francesas, passaram a empreender melhoramentos na invenção. Subtraíram nacos de pano daqui e dali, costuraram um adereço acolá, transformaram a calcinha, mais do que numa peça de roupa, num adereço.

Agora, se a calcinha trouxe benefícios às mulheres, bem mais trouxe para os homens. Porque, a partir daí, os homens passaram a ter o indizível prazer de tirar calcinha. As mulheres talvez não consigam compreender esse que é um dos momentos mais felizes da vida de um homem — quando ele, pela primeira vez, tira a calcinha de uma mulher há muito desejada. Diversos dos meus amigos afirmam que tirar a calcinha da mulher amada é melhor até do que o sexo subseqüente. Porque tirar a calcinha equivale a vencer as últimas resistências, a derrubar com um aríete as portas da cidadela sitiada.

Lá está aquela mulher cobiçada e linda, que seus amigos queriam, que seu chefe queria, que você sempre quis, e você prende as alças da minúscula calcinha dela entre os indicadores e os polegares, vai baixando a calcinha, baixando, baixando, e sorri, e olha para o teto, e pensa: obrigado, Senhor!

Essa a emoção de baixar uma calcinha. Emoção que as mulheres jamais compreenderão. O sutiã. Elas cogitam muito do sutiã. E, claro, o sutiã tem o seu valor. Sobretudo o plec. É uma alegria, quando o sutiã faz plec!, ao se abrir. Mas o sutiã é meio complicado, vez em quando hostil, quando não inviolável. Além do mais, quem precisa de um sutiã aberto?

A calcinha, não. A calcinha, sendo retirada, representa o tesouro sendo desvelado. Representa a visão da Terra Prometida.

Vocês, mulheres, entenderam enfim o que significa, para nós homens, tirar a calcinha da amada?

Certo, agora, homens e mulheres pensem em Henrique. Foi ele, Henrique II, o primeiro homem do planeta a baixar uma calcinha. Porque Henrique II era o rei da França, marido de Catarina. Logo, coube a ele o privilégio de executar o primeiro baixamento de calcinha da História da Humanidade.

Que momento! Que homem feliz!

Mesmo tendo ele morrido da forma que morreu, com uma daquelas lançonas medievais espetada no olho, numa agonia lenta de 10 dias de duração, mesmo tendo sofrido morte tão terrível, acredito que, no derradeiro suspiro, Henrique possa ter lembrado do doce instante no qual baixou a mãe de todas as calcinhas e, então, Henrique compreendeu que sua vida teve um sentido.

E sorriu.

13 de setembro de 2008

O mundo pelos americanos

12 de setembro de 2008

... E tem mais!

Propaganda política incrível

Comédia

É grande, por isso não copiei pra cá. Cliquem aqui e vejam.

"Sorte de hoje: O coração é mais sábio do que a razão."

Quanta baboseira tem no orkut, não é mesmo? :P

6 de setembro de 2008

"Paixão nacional" x "algumas almas"

(Original aqui.)

Juiz diz que cerveja é "paixão" nacional e livra motociclista

FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA

Retrocesso para a economia "em troca de algumas almas". Assim um juiz de Goiás definiu a lei seca em documento determinando a libertação de um motociclista preso por dirigir bêbado no Estado.

Para o juiz Ricardo Teixeira Lemos, de Aparecida de Goiânia (região metropolitana de Goiânia), a bebida é "um elo para a resolução de pendências e negócios". A cerveja forma com o futebol "um casal" e é uma "paixão" do brasileiro, escreveu em ordem judicial.

Genivaldo de Almeida, o motociclista, foi detido na sexta-feira da semana passada ao ser pego no teste do bafômetro. Segundo a Polícia Civil, o exame apontou concentração de 1,1 mg/l de álcool no ar expelido. Conforme a lei, a prisão ocorre a partir do índice 0,3 -o equivalente a dois copos de chope.

À Folha o juiz diz que não pode ser "escravo das leis" e que tem a obrigação de interpretar a legislação. "Não pode o indivíduo beber um copo de cerveja, ser preso, apreender o carro, ter um processo nas costas, ter antecedentes." Para Lemos, a lei que entrou em vigor em junho é mais rígida do que a legislação contra as drogas.

No documento determinando a libertação, ele também falou em prejuízos para a economia decorrentes da norma. "Não só para as cervejarias, mas para o comércio, isto em troca de algumas almas que, em tese, momentaneamente foram salvas de acidentes."

O juiz diz que o número de acidentes caiu após a entrada em vigor da lei porque houve, ao mesmo tempo, aumento da fiscalização. Também questiona o fato de o teste do bafômetro obrigar o motorista a produzir prova contra si mesmo.

O motociclista ficou preso menos de um dia, segundo a Polícia Civil. Ele foi detido na sexta-feira e já no dia seguinte pagou a fiança e foi liberto.

Ser de esquerda...

Ser de esquerda é:

1. Criticar as privatizações e comprar o último modelo de celular que tira fotinho pra mandar pra namorada um sorriso forçado;

2. Defender a escola pública, mas colocar os filhos na melhor escola particular da cidadezinha;

3. Amaldiçoar os imperialistas yankees e adorar rock'n'roll;

4. Acusar a Globo pela baixa qualidade da programação e assinar a Sky (que lhe pertence) para assistir ao Friends;

5. Defender o transporte público e o passe-livre, mas pegar a Ford EcoSport do papai para fazer pressão na porta da escola;

6. Se dizer contra o sistema e calçar o velho AllStar, um jeans rasgado e uma camiseta com o A extrapolando o círculo para parecer com Joey Ramone;

7. Se acorrentar no McDonald's para protestar contra a exploração dos empregados, enquanto que eles te vêem como um babaca dum filhinho-de-papai;

8. Adorar teu professor de História que elogia Cuba, enquanto que o teu cursinho cobra mais de 1.000 reais ao mês de mensalidade;

9. Criticar a corpolatria e o culto à beleza, importação de padrões culturais e socar uma pra Alicia Silverstone;

10. Sonhar com um mundo possível e não perder aquela rave nem o fornecimento de ecstasys.

:)

5 de setembro de 2008

:(

(Original aqui.)

Morre Don LaFontaine, a voz dos trailers hollywoodianos
Assista a um vídeo que apresenta o narrador de milhares de filmes

"One man... one dream... one journey..."

O texto dos trailers hollywoodianos pelo visto não vai mudar, mas a voz que os narra nunca mais será a mesma. Morreu na segunda-feira em Los Angeles, aos 68 anos, Don LaFontaine.

Ironicamente, o homem que emprestou sua voz rouca a milhares de trailers nos últimos 25 anos sofria de um mal respiratório, pneumotórax, a presença de ar na cavidade pleural, em decorrência de colapso do pulmão. Ele estava internado no Cedars-Sinai Medical Center de L.A. quando morreu.

LaFontaine trabalhou como narrador para os programas da TV dos EUA Entertainment Tonight e The Insider, entre outros, e narrou comerciais de Chevrolet, Pontiac, Ford, Budweiser, McDonalds, Coca-Cola... A fama veio, porém, dos textos hilariamente repetitivos dos trailers - que LaFontaine inclusive parodiou em uma série de comerciais para a companhia de seguros de carros Geico.

Confira abaixo um especial que a ABC exibiu com o saudoso narrador:


4 de setembro de 2008

"Só dá ele"

O poderoso primeiro-ministro está em todas. Dos conflitos na Geórgia à queda-de-braço com os Estados Unidos e a Europa nas últimas semanas, passando pela rápida missão científica (veja aqui) de estudos sobre tigres em extinção no domingo, Putin agora estará na capa da revista americana Vanity Fair. O premiê acaba de ser eleito o homem mais influente de 2008. Não só foi incluído na lista dos 100 mais, como já entra em primeiro lugar, ultrapassando o líder do ano passado, Rupert Murdoch.

 

Embora tenha deixado a presidência em maio, quando elegeu o sucessor Dmitri Medvedev, permaneceu no poder como primeiro-ministro. Não há como negar que, aqui, quem manda é Putin. Os próprios russos estão mais do que convencidos disso, como mostram todas as pesquisas de opinião recentes.

 

Ao justificar sua escolha, a Vanity Fair lembra que o premiê tem uma aprovação de 80% da população, promoveu a recuperação econômica da Rússia, além de ressuscitar as forças armadas, o orgulho nacional e a importância global do país. Mas a revista também diz que Putin é criticado por reduzir a liberdade de expressão e a democracia, controlar a mídia, mandar prender inimigos e levar ao poder seu protegido naquilo que teria sido uma eleição de cartas marcadas. Medvedev não consta da lista da Vanity Fair.

 

No final de 2007, Vladimir Putin já havia sido eleito o homem do ano pela Time. O diretor da revista, Richard Stengel, disse, à época, que ele era o novo czar da Rússia e perigoso por não se importar com as liberdades civis ou de expressão.


Depois da profunda crise econômica dos anos 90, a Rússia cresce cerca de 7% ao ano há uma década. O país vive um momento de estabilidade que há muito não se via e isto é atribuído aos oito anos de Putin no poder.

 

A Rússia também voltou a ter importância no cenário internacional. É uma potência energética que fala de igual para igual com a Europa e os Estados Unidos. Durante os conflitos no Cáucaso, deu demonstrações de força e deixou em evidência a incapacidade do Ocidente de punir o país. E os russos estão adorando isso tudo.

 

Ex-burocrata desconhecido da maioria da população, Putin virou figura pública no final do governo de Boris Iéltsin, que o escolheu para primeiro-ministro e o apresentou como sucessor. À época, apenas 6% dos russos sabiam quem era este ex-diretor da FSB (que substituiu a KGB).

 

Os 20 mais da VANITY FAIR (entre parênteses a classificação no ano anterior):

1. Vladimir Putin (não estava na lista)
2. Rupert Murdoch, News Corporation (1)
3. Sergey Brin (3), Larry Page (3), e Eric Schmidt (não estava na lista), Google
4. Steve Jobs, Apple, Disney e Pixar (2)
5. Warren Buffett, Berkshire Hathaway (5)
6. Jeff Bezos, Amazon (23)
7. Sheikh Mohammed bin Rashid al Maktoum, líder de of Dubai (não estava na lista)
8. Roman Abramovich, Millhouse Capital (30)
9. Angelina Jolie e Brad Pitt, atores, ativistas (não estava na lista)
10. Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos (19)
11. Bill Clinton, Clinton Foundation (6)
12. Michael Bloomberg, prefeito de New York, Bloomberg L.P. (9)
13. Bernard Arnault, LVMH (8)
14. Steven Spielberg, DreamWorks SKG (7)
15. Ralph Lauren, Polo Ralph Lauren (13)
16. Steve Ballmer, Microsoft
17. François-Henri Pinault, PPR (não estava na lista)
18. Barry Diller & Diane von Furstenberg (15), IAC; Diane von Furstenberg (15)
19. H. Lee Scott, Wal-Mart (12)
20. Lloyd Blankfein, Goldman Sachs (não estava na lista)

 

(Original: http://oglobo.globo.com/blogs/russia/post.asp?t=so_da_ele&cod_Post=124058&a=447)

 
 


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Saudades...

Adoro!

Adoro!



And now the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which I'm certain

I've lived a life that's full
I traveled each and every highway
And more, much more than this
I did it my way

Regrets, I've had a few
But than again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption

I've planned each charted course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way

Yes there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out

I faced it all and I stood tall
And did it my way

I've loved, I've laughed and cried
I had my feel, my share of losing
And now as tears subside
I find it all so amusing

To think I did all that
And may I say, not in a shy way
Oh no, oh no, not me
I did it my way

For what is a man, what has he got?
If not himself, than he has naught
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels

The record shows, I took the blows
And did it my way

3 de setembro de 2008

Hehehe

Opa!

:)

2 de setembro de 2008

Consumidor escravizado

Cláusula de fidelidade de celular é ilegal, diz TJ gaúcho

É abusiva a cláusula de fidelização que estipula multa para o usuário de celular que quebrar o contrato antes do tempo. O entendimento é da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Para os desembargadores, a imposição da Telet - operadora da Claro - é o mesmo que reserva de mercado.

Um consumidor de Pelotas (RS) reclamou na Justiça da multa de R$ 160 porque saiu do contrato antes dos 18 meses mínimos. Na primeira instância, o pedido não foi aceito.

No entanto, para o desembargador José Francisco Pellegrini, relator, "a cláusula que obriga ao consumidor, legalmente vulnerável, ao pagamento de prestação fixa por dilatado prazo cronológico é, por si, diante da natureza do contrato, abusiva, vez que dá vantagem exagerada ao fornecedor". O desembargador afirmou que, além do período mínimo, o consumidor é obrigado a pagar uma alta mensalidade.

Pellegrini lembra que a questão sobre fidelidade do celular foi tratada pela Resolução 477/07, da Anatel. A norma permite a fidelização caso o consumidor receba benefícios estipulados no contrato. No entanto, o desembargador afirma que as operadoras não anunciam que é possível comprar os serviços de celular sem prazo de carência. "O que conduz o público consumidor a concluir, erroneamente, que a única hipótese possível é ajustar pacto com prazo de fidelidade", diz.

As operadoras argumentam que a cláusula de fidelidade serve para reduzir o preço dos aparelhos. Isso se trata de venda casada, o que é proibido pelo Código do Consumidor, lembra o desembargador.

Segundo Pellegrini, "a multa pelo descumprimento da cláusula de fidelidade é, de rigor, meramente a cobrança postergada e em parcelas pelo preço do aparelho, antes vendido com valor reduzido". O desembargador diz que as mensalidades irão pagar, com sobras, a vantagem dado com o preço baixo dos celulares.

Ele avalia que a vantagem no caso é da operadora, que escraviza o consumidor e ainda lhe cobra um valor mínimo pelos planos "que são o equivalente à assinatura básica mensal da telefonia fixa. E garantem às operadoras uma razoável remuneração por um ano ou mais, dentro desse prazo de carência".

Processo: 700.22.138.390

Revista Consultor Jurídico, 26 de agosto de 2008