22 de maio de 2007

A força de um guerreiro

(Original aqui)

Um guerreiro da luz conta não apenas com as suas forças, mas também com a energia do seu adversário.

Ao iniciar o combate, tudo que ele possui é o seu entusiasmo, e os golpes que aprendeu enquanto treinava. À medida que a luta avança, o guerreiro percebe que o entusiasmo e o treinamento não são suficientes para vencer: é preciso experiência.

Então ele abre seu coração para o Universo, e reza. Pede a Deus para inspirá-lo, de modo que cada golpe do inimigo seja também uma lição de defesa para ele.

Os companheiros comentam: “ele é supersticioso”.

O guerreiro não responde a estas provocações. Sabe que, sem inspiração e experiência, não há treinamento que dê resultado.



Um guerreiro da luz precisa de paciência e rapidez ao mesmo tempo. Os dois maiores erros são: agir antes da hora ou deixar que a oportunidade passe longe.


Para evitar isto, o guerreiro trata cada situação que surge como se fosse única e não aplica fórmulas, receitas ou opiniões alheias. Só ele terá que responder por seus atos e tem consciência de sua responsabilidade.

O califa Moauiyat perguntou a Omr Ben Al-Aas qual era o segredo de sua grande habilidade política:

“Nunca me meti em assunto sem ter estudado previamente a retirada; por outro lado, nunca entrei e quis logo sair correndo”, foi a resposta.



Quando vem a ordem de mudança, o guerreiro vê todos os amigos que criou durante o tempo que seguiu o caminho.

A alguns ensinou como escutar os sinos de um templo submerso, a outros contou histórias em torno da fogueira.

Seu coração fica triste; mas ele sabe que sua espada está consagrada, e deve obedecer as ordens Daquele a quem ofereceu sua luta.

Então o guerreiro da luz agradece os companheiros de jornada, respira fundo, e segue sozinho, carregado com lembranças de uma jornada inesquecível.


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