(Original aqui)
Trata-se de uma notável combinação: a boa forma da economia mundial coincidindo com o momento em que a estabilidade macroeconômica se consolida no Brasil
Essa estabilidade, de sua vez, é fruto da persistência da política econômica aplicada desde o lançamento do Real, em 1994. O país está, portanto, no 13o. ano seguido de construção dessa política, baseada no tripé clássico: 1) metas de inflação com Banco Central independente; 2) superávit primário nas contas públicas para pagar juros e reduzir o endividamento do governo; 3) câmbio flutuante.
Políticas econômicas bem sucedidas são assim: uma paciente construção, demora para que os resultados apareçam, mas, em um dado momento, quando fica clara a direção, os efeitos positivos se acumulam rapidamente.
No mundo, sobram recursos para investimentos.
No Brasil, há uma convicção de que a inflação está domada, bem baixinha, que os juros estão em queda e que, assim, a economia tende ao crescimento com estabilidade. Mesmo que não seja um crescimento à chinesa – por causa de nossos problemas com carga tributária, ambiente de negócios pouco favorável aos investimentos privados e peso excessivo do governo – é um crescimento mais do que razoável. É até fácil crescer na faixa dos 4,5% ao ano, o que está bom para as circunstâncias e é suficiente para gerar bons negócios.
Por isso, a brasileira Bovespa bate recorde, acompanhando as bolsas mundiais. As coisas vão bem lá e aqui.
Para lamentar: se o governo Lula conseguisse abrir espaço e dar segurança para os investimentos privados, o Brasil simplesmente decolaria. (A propósito, veja minha coluna em O Globo de hoje).
Mas atenção, sempre, ao desempenho da economia americana. Amanhã, sexta, saem números relativos ao mercado de trabalho, mais exatamente a criação de vagas. Um número muito baixo poderá assustar, mas sem alterar a tendência geral, a de que a economia dos EUA passa por uma suave e benigna desaceleração.
Na verdade, a maior parte dos analistas espera mais recordes nas bolsas, lá e aqui.
Quem leva são os ortodoxos.
No subtítulo da página de economia, aqui no G1, você verifica que os três países que mais receberam investimentos estrangeiros na América Latina, no ano passado, foram México, Brasil (empatados em primeiro lugar, com US$ 18 bilhões) e o Chile, com US$ 8 bilhões, embora seja uma economia bem menor que a argentina, por exemplo.
Não por coincidência, são os três países que aplicam mais corretamente a política econômica clássica, ortodoxa.
Venezuela e Argentina podem ter um surto de crescimento atual, porque vêem de buracos muito fundos e se beneficiam de alguns fatores específicos, mas são os outros que constroem bases mais consistentes.
Trata-se de uma notável combinação: a boa forma da economia mundial coincidindo com o momento em que a estabilidade macroeconômica se consolida no Brasil
Essa estabilidade, de sua vez, é fruto da persistência da política econômica aplicada desde o lançamento do Real, em 1994. O país está, portanto, no 13o. ano seguido de construção dessa política, baseada no tripé clássico: 1) metas de inflação com Banco Central independente; 2) superávit primário nas contas públicas para pagar juros e reduzir o endividamento do governo; 3) câmbio flutuante.
Políticas econômicas bem sucedidas são assim: uma paciente construção, demora para que os resultados apareçam, mas, em um dado momento, quando fica clara a direção, os efeitos positivos se acumulam rapidamente.
No mundo, sobram recursos para investimentos.
No Brasil, há uma convicção de que a inflação está domada, bem baixinha, que os juros estão em queda e que, assim, a economia tende ao crescimento com estabilidade. Mesmo que não seja um crescimento à chinesa – por causa de nossos problemas com carga tributária, ambiente de negócios pouco favorável aos investimentos privados e peso excessivo do governo – é um crescimento mais do que razoável. É até fácil crescer na faixa dos 4,5% ao ano, o que está bom para as circunstâncias e é suficiente para gerar bons negócios.
Por isso, a brasileira Bovespa bate recorde, acompanhando as bolsas mundiais. As coisas vão bem lá e aqui.
Para lamentar: se o governo Lula conseguisse abrir espaço e dar segurança para os investimentos privados, o Brasil simplesmente decolaria. (A propósito, veja minha coluna em O Globo de hoje).
Mas atenção, sempre, ao desempenho da economia americana. Amanhã, sexta, saem números relativos ao mercado de trabalho, mais exatamente a criação de vagas. Um número muito baixo poderá assustar, mas sem alterar a tendência geral, a de que a economia dos EUA passa por uma suave e benigna desaceleração.
Na verdade, a maior parte dos analistas espera mais recordes nas bolsas, lá e aqui.
Quem leva são os ortodoxos.
No subtítulo da página de economia, aqui no G1, você verifica que os três países que mais receberam investimentos estrangeiros na América Latina, no ano passado, foram México, Brasil (empatados em primeiro lugar, com US$ 18 bilhões) e o Chile, com US$ 8 bilhões, embora seja uma economia bem menor que a argentina, por exemplo.
Não por coincidência, são os três países que aplicam mais corretamente a política econômica clássica, ortodoxa.
Venezuela e Argentina podem ter um surto de crescimento atual, porque vêem de buracos muito fundos e se beneficiam de alguns fatores específicos, mas são os outros que constroem bases mais consistentes.
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