Falar sobre a felicidade é chover no molhado. Primeiro porque eu já escrevi sobre o tema aqui, em outras oportunidades. Segundo porque todo mundo escreve sobre o tema em milhões de livros e de blogs espalhados por aí. Terceiro porque eu vou falar o óbvio: que a felicidade nunca está em objetos e/ou pessoas exteriores a nós mesmos, e sim dentro de nós.
Apesar do lugar-comum do tema, dois fatos me levam a tecer estas breves considerações. O primeiro ocorreu ontem, sábado. Fui a uma festa de aniversário. Nesta festa, uma das presentes deu mole pra um carinha, e o carinha não a quis. Aí esta pessoa, muito minha amiga, veio conversar comigo, obviamente meio chateada por não ter conseguido o que quis, e disse algo como "preciso estar com ele para me sentir feliz". Juro que, no meio da festa, me deu vontade de começar um debate filosófico sobre o tema. Como não era o momento, local e hora adequados, na hora apenas dei um sorriso e dei a resposta padrão, "então vá lá, não desista". Aquilo ficou martelando na minha cabeça, deu vontade de conversar com esta pessoa sobre o tema, mas obviamente não dava e eu deixei pra lá.
O segundo ocorreu hoje. De manhã (ou melhor, à tarde, pois eu acordei às 13 h) estava eu conversando com uma amiga e, ao saber que moro sozinho, ela me lança a pergunta: "Ah, deve ser muito triste morar sozinho, não é mesmo?" Aí eu tive a chance de me estender filosoficamente um pouco sobre o assunto, e mostrei pra ela o óbvio -- que, se eu não estiver feliz e/ou satisfeito comigo mesmo, não adianta procurar nada nem ninguém. De que adianta eu ter uma pessoa maravilhosa ao meu lado e/ou ter um objeto querido próximo a mim se eu não estiver feliz?
Claro que as pessoas maravilhosas e/ou os objetos queridos podem alterar nosso estado de espírito, mas a felicidade, entendida como algo estável no tempo, independe destes fatores externos. Claro que eu me sinto muitíssimo feliz quando estou em MG, com minha família, com meu sobrinho no meu colo. Claro que eu me senti muitíssimo feliz quando meu novo celular chegou na semana passada. A alegria é, sem sombra de dúvida, extremamente forte, extremamente grande quando tais momentos acontecem. Mas eu não deixo de me sentir feliz quando estou aqui em Taguatinga, sozinho em casa, como agora. Não deixava de me sentir anteriormente quando usava meu celular antigo, o da "telinha verde". Eu diria que os altos e baixos de alegria são causados por fatores externos, mas a felicidade propriamente dita é dependente do próprio indivíduo. Em outras palavras: não há motivos externos, quaisquer que sejam, que possam nos fazer ter uma maior ou menor felicidade. Poderemos ter maior ou menor alegria, mas não felicidade.
"Não é com honras e riquezas que se contenta o coração de um pensador, mas sim apenas com o saber e a virtude" (Platão).
Apesar do lugar-comum do tema, dois fatos me levam a tecer estas breves considerações. O primeiro ocorreu ontem, sábado. Fui a uma festa de aniversário. Nesta festa, uma das presentes deu mole pra um carinha, e o carinha não a quis. Aí esta pessoa, muito minha amiga, veio conversar comigo, obviamente meio chateada por não ter conseguido o que quis, e disse algo como "preciso estar com ele para me sentir feliz". Juro que, no meio da festa, me deu vontade de começar um debate filosófico sobre o tema. Como não era o momento, local e hora adequados, na hora apenas dei um sorriso e dei a resposta padrão, "então vá lá, não desista". Aquilo ficou martelando na minha cabeça, deu vontade de conversar com esta pessoa sobre o tema, mas obviamente não dava e eu deixei pra lá.
O segundo ocorreu hoje. De manhã (ou melhor, à tarde, pois eu acordei às 13 h) estava eu conversando com uma amiga e, ao saber que moro sozinho, ela me lança a pergunta: "Ah, deve ser muito triste morar sozinho, não é mesmo?" Aí eu tive a chance de me estender filosoficamente um pouco sobre o assunto, e mostrei pra ela o óbvio -- que, se eu não estiver feliz e/ou satisfeito comigo mesmo, não adianta procurar nada nem ninguém. De que adianta eu ter uma pessoa maravilhosa ao meu lado e/ou ter um objeto querido próximo a mim se eu não estiver feliz?
Claro que as pessoas maravilhosas e/ou os objetos queridos podem alterar nosso estado de espírito, mas a felicidade, entendida como algo estável no tempo, independe destes fatores externos. Claro que eu me sinto muitíssimo feliz quando estou em MG, com minha família, com meu sobrinho no meu colo. Claro que eu me senti muitíssimo feliz quando meu novo celular chegou na semana passada. A alegria é, sem sombra de dúvida, extremamente forte, extremamente grande quando tais momentos acontecem. Mas eu não deixo de me sentir feliz quando estou aqui em Taguatinga, sozinho em casa, como agora. Não deixava de me sentir anteriormente quando usava meu celular antigo, o da "telinha verde". Eu diria que os altos e baixos de alegria são causados por fatores externos, mas a felicidade propriamente dita é dependente do próprio indivíduo. Em outras palavras: não há motivos externos, quaisquer que sejam, que possam nos fazer ter uma maior ou menor felicidade. Poderemos ter maior ou menor alegria, mas não felicidade.
"Não é com honras e riquezas que se contenta o coração de um pensador, mas sim apenas com o saber e a virtude" (Platão).
Um comentário:
Que massa, escrevi sobre o mesmo assunto hoje de manhã no meu blog!
Vejo que partilhamos a mesma opinião, pelo menos quando o assunto é felicidade.
Beijos
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