Sobre sentimentos

Antes de dormir, apenas mais uma coisinha rápida aqui no meu blog.

Hoje à tarde, como já disse, fui ao cinema e vi um filme. O que quero falar aqui, entretanto, não tem nada a ver com o filme em si, mas com certos sentimentos e pensamentos que eu tive enquanto via os trailers dos próximos filmes.

Passaram dois ou três trailers de filmes românticos. E, ao final do segundo ou terceiro trailer deste tipo, eu me peguei pensando o seguinte: "Mas que merda, só filmezinho água-com-açúcar". E então me dei conta de algo -- que há mais de um ano eu não me apaixono por ninguém.

Depois, ao voltar pra casa, fiquei batendo papo com a amiga com quem tinha ido ao cinema, e novamente este pensamento me veio à mente. Mas assim como veio rápido, foi-se rápido, mas agora não -- e me deu vontade de escrever sobre isto.

O "engraçado" é que eu meio que fiquei me analisando -- como se eu estivesse vendo a mim mesmo, como se eu fosse um psicólogo de mim mesmo, ou algo do tipo. Não que eu não consiga me apaixonar mais, mas eu me vi na situação de não sentir nada especial por ninguém. De não sentir aquele friozinho na barriga característico de uma pessoa apaixonada. Acho que já estou há tanto tempo sem gostar de ninguém que ter tal sentimento está se tornando algo indiferente pra mim.

Não que eu esteja reclamando disso, tendo aqueles pensamentos do tipo "será que vou ficar sozinho pro resto da vida? Será que ninguém me ama?" Não mesmo! Isto não me incomoda nem um pouco. Mas o que me surpreendeu um pouco, enquanto eu relembrava meus últimos dois anos, foi o fato de que, neste período, eu não senti mais isto a que chamam de "paixão". A única paixão que tenho, que sinto e que tenho a consciência de que sinto é a paixão pela minha família, em especial pelo meu sobrinho Arthur :)

Claro que, neste período, tive "surtos" de paixão. Houve algumas pessoas com as quais eu até pensei em ter algo sério, algumas pessoas em relação às quais, na época, eu até dizia que "estava sentindo algo". Mas hoje, analisando de maneira retrospectiva, vejo que tais momentos não passaram disso: de "surtos", de momentos específicos que não duraram no tempo.

É uma sensação meio estranha, a de saber e de ter a consciência que não me apaixonei por ninguém. E o que mais me surpreende: eu não acho isto nem um pouco ruim!

Bom, deixa isso pra lá. Vou comer meu bolo de chocolate. Isto sim é algo pelo que tenho grande paixão!!! :P