26 de junho de 2007

Falando em liberalismo...

Eu tenho a idéia de que o estado deve ser interventor. Não sou muito favorável ao liberalismo, pois acredito que ele faz com que as desigualdades apenas aumentem cada vez mais. Mas, às vezes, sigo a ideologia liberal e sinto pena por ela não ser aplicada com mais "vontade".

Vejam um exemplo bem simples. Hoje de manhã (ou foi hoje à tarde? Afinal, acordei às 12:25 h) eu estava lendo no portal G1 algumas notícias, como faço todos os dias. Uma notícia falava sobre as sobras de vagas de trabalho existentes em São Paulo: há diversas áreas técnicas que não são totalmente preenchidas devido ao desinteresse dos jovens por trabalhar em tais áreas (a notícia pode ser lida aqui).

No entanto, o objetivo desta postagem não é falar sobre a questão das vagas sobrando. A questão é chamar a atenção para um dos comentários feitos em relação a tal notícia. O comentário diz o seguinte:

"A solução para o jovem é prestar concurso público, o governo deveria criar mais vagas no funcionalismo, já que os salários oferecidos pela iniciativa privada são muito baixos." (Feito por Swarovsky no dia 26/06/2007 às 12h27min)

Por que estou chamando a atenção para tal comentário? Para mostrar que o brasileiro, de maneira geral, tem uma visão extremamente estatizante, extremamente intervencionista do estado. Esta é uma característica já mostrada por vários estudos: países da América Latina em geral, e o Brasil em particular, têm a visão de que cabe ao estado fornecer tudo, e a população apenas "mama nas tetas". Claro que há uma série de idéias que poderiam ser utilizados para justificar tal idéia (a principal delas sendo o fato de que a gente paga muito imposto e recebe muito pouco "em troca"), mas não quero me estender por este lado.

Quero é destacar o absurdo, a meu ver, de tal idéia: ao invés de esperar por um "concurso público", por que o elemento não corre atrás? Por que ele não pára de reclamar da vida e vai se virar buscando um bom trabalho para si? Ora, se couber ao estado encontrar emprego pra todo mundo, o estado brasileiro simplesmente iria à bancarrota.

Como disse no início, tenho uma visão intervencionista do estado. Mas, para certas coisas, dou graças a Deus pela existência da ideologia liberal. E, às vezes, sinto falta de mais liberalismo no Brasil.


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