É, acabou. Mais um semestre acabou. Hoje apliquei minha última prova de recuperação e, coincidentemente -- e para minha alegria --, dei o meu último zero neste semestre, conforme expus na postagem anterior. Sei que alguns probleminhas ainda virão, ainda mais porque uma aluna inconformada com a nota dela vai pedir revisão de nota -- e eu já tenho a certeza de que a nota dela será diminuída. Mas isto será apenas um detalhe que não afetará em nada o fato de que estou, finalmente, de férias. Ah sim, falta ainda passar a limpo as pautas, mas nada que uma manhã de sábado ou de domingo não resolva. Fato é que, a partir de hoje, não precisarei mais ir à faculdade para ver alunos.
O semestre foi bom. Financeiramente, foi muito bom. Pude juntar mais uma graninha pra comprar meu carro (ou torrar a grana -- novamente -- em viagens internacionais, quem sabe). Academicamente também foi muito bom, considerando-se o fato de que eu tive desinteresse em trabalhar com apenas uma turma (no semestre passado eu detestava três turmas). Mas o maior ganho foi em termos pessoais: creio que, desta vez, algumas daquelas "amizades" que fiz realmente irão durar mais do que um semestre.
O semestre teve alguns altos e alguns baixos que merecem destaque. Não gostaria muito de me estender muito sobre os pontos baixos, mas existiram alguns. Os dois principais foram duas pessoas, coincidentemente das minhas turmas de quarta-feira: uma garota da turma da manhã e um rapaz da turma da noite. A garota da turma da manhã reprovou com zero, pois entregou a prova de recuperação em branco: senti-me feliz, sem dúvida alguma, mas não tanto quanto com o rapaz da noite. Este passou com média 7,5, se não me engano, mas com ele o gostinho de "vingança" é mais saboroso porque, na verdade, ele tirou zero na primeira avaliação -- e, se não fosse pela minha "bondade", como escrevi em outra postagem, ele não teria sido aprovado. Sinto-me feliz porque, por mais que ele tenha estudado (na minha opinião, muito mais por medo de reprovar do que por vontade de aprender), tenho a certeza de que ele só passou porque dependeu de mim -- eu, uma pessoa, na visão dele, incompetente pra dar aula e avaliá-los. (Aliás, agora ocorreu-me uma coisa: engraçado que, na segunda avaliação, na qual ele tirou 7,0, eu não fui incompetente para avaliá-lo... Vou enviar um e-mail pra ele e perguntar se ele mudou os conceitos dele sobre a minha pessoa.)
O ponto alto, sem dúvida, foi a minha turma de quinta-feira à noite. Apesar de haver algumas maçãs podres no pacote, de maneira geral foi uma turma pela qual acabei tendo certo apego, e reconheço que foi difícil dar notas baixas para algumas pessoas. Mas, felizmente, o Vlad sempre esteve presente comigo nos momentos de correção das provas e trabalhos, de forma que sempre consegui, com a maior desenvoltura, dar meus zeros a torto e a direito. Enfim, esta será uma turma inesquecível, pois passamos bons momentos juntos dentro e fora de sala de aula.
Outro ponto alto foi também a turma de sexta-feira à noite. Não tanto pelo lado pessoal, como foi com a turma de quinta-feira, mas mais pelo lado acadêmico mesmo. Havia quatro pessoas nesta turma que eram presença constante, me questionando o tempo todo. Eu adorei isso, pois adoro ser desafiado intelectualmente. Não pra poder "me mostrar", como 99% das pessoas acham que eu faço, mas porque, ao ser desafiado, eu preciso buscar mais, preciso "dar" mais (no bom sentido), preciso me esforçar mais para dirimir as dúvidas dos meus alunos, e cada vez que uma pergunta difícil vem à tona, sinto a necessidade de buscar conhecer mais sobre tudo. E a turma de sexta-feira à noite me trouxe ótimos momentos assim, de desafio, de "incentivo" para que eu melhorasse cada vez mais meu conhecimento.
Outro ponto positivo do semestre foi o meu "retorno" à área da computação. Eu estava parado há bastante tempo, sem mexer com nada da área. Mas neste semestre meus alunos (e alguns ex-alunos também) me incentivaram indiretamente a voltar a, pelo menos, saber da área (não necessariamente trabalhar nela). Quando alguns alunos vieram pedir dicas de algoritmos, e outros de Linguagem C, vi o quão enferrujado eu estou na área, e houve a necessidade de, no mínimo, voltar a ter na ponta da língua a noção básica para poder ajudá-los sempre que possível e não ser visto como o professor da "disciplina estranha", como (infelizmente) é vista a minha disciplina na área de Sistemas.
Mais um ponto positivo: a confiança do Projeção no meu trabalho. Fui chamado várias vezes para executar trabalhos "extra-classe", como participação nas reuniões para o reconhecimento do curso de Direito e também na montagem dos cursos de tecnólogo da área de Sistemas de Informação. Consegui me entranhar mais na estrutura da Faculdade a ponto de ser um dos poucos professores a serem indicados para ser "40 horas", ou seja, professor de tempo integral na instituição. Acredito que isto, associado a um convite que recebi no final do semestre mas que não aceitei, são mostras de que meu trabalho está sendo reconhecido pelas direções dos cursos e pela direção da Faculdade como um todo.
Sem dúvida alguma, há outros pontos positivos que eu gostaria de destacar aqui, assim como há diversos outros pontos negativos e positivos de minha vida em geral que poderiam ser destacados neste final de semestre. Mas, devido ao avançado da hora, associado à minha sinusite, vou terminando por aqui. E terminando muito bem: comendo chocolate meio amargo russo, que meu amigo Guilherme trouxe de lá especialmente pra mim. É simplesmente uma delícia!
O semestre foi bom. Financeiramente, foi muito bom. Pude juntar mais uma graninha pra comprar meu carro (ou torrar a grana -- novamente -- em viagens internacionais, quem sabe). Academicamente também foi muito bom, considerando-se o fato de que eu tive desinteresse em trabalhar com apenas uma turma (no semestre passado eu detestava três turmas). Mas o maior ganho foi em termos pessoais: creio que, desta vez, algumas daquelas "amizades" que fiz realmente irão durar mais do que um semestre.
O semestre teve alguns altos e alguns baixos que merecem destaque. Não gostaria muito de me estender muito sobre os pontos baixos, mas existiram alguns. Os dois principais foram duas pessoas, coincidentemente das minhas turmas de quarta-feira: uma garota da turma da manhã e um rapaz da turma da noite. A garota da turma da manhã reprovou com zero, pois entregou a prova de recuperação em branco: senti-me feliz, sem dúvida alguma, mas não tanto quanto com o rapaz da noite. Este passou com média 7,5, se não me engano, mas com ele o gostinho de "vingança" é mais saboroso porque, na verdade, ele tirou zero na primeira avaliação -- e, se não fosse pela minha "bondade", como escrevi em outra postagem, ele não teria sido aprovado. Sinto-me feliz porque, por mais que ele tenha estudado (na minha opinião, muito mais por medo de reprovar do que por vontade de aprender), tenho a certeza de que ele só passou porque dependeu de mim -- eu, uma pessoa, na visão dele, incompetente pra dar aula e avaliá-los. (Aliás, agora ocorreu-me uma coisa: engraçado que, na segunda avaliação, na qual ele tirou 7,0, eu não fui incompetente para avaliá-lo... Vou enviar um e-mail pra ele e perguntar se ele mudou os conceitos dele sobre a minha pessoa.)
O ponto alto, sem dúvida, foi a minha turma de quinta-feira à noite. Apesar de haver algumas maçãs podres no pacote, de maneira geral foi uma turma pela qual acabei tendo certo apego, e reconheço que foi difícil dar notas baixas para algumas pessoas. Mas, felizmente, o Vlad sempre esteve presente comigo nos momentos de correção das provas e trabalhos, de forma que sempre consegui, com a maior desenvoltura, dar meus zeros a torto e a direito. Enfim, esta será uma turma inesquecível, pois passamos bons momentos juntos dentro e fora de sala de aula.
Outro ponto alto foi também a turma de sexta-feira à noite. Não tanto pelo lado pessoal, como foi com a turma de quinta-feira, mas mais pelo lado acadêmico mesmo. Havia quatro pessoas nesta turma que eram presença constante, me questionando o tempo todo. Eu adorei isso, pois adoro ser desafiado intelectualmente. Não pra poder "me mostrar", como 99% das pessoas acham que eu faço, mas porque, ao ser desafiado, eu preciso buscar mais, preciso "dar" mais (no bom sentido), preciso me esforçar mais para dirimir as dúvidas dos meus alunos, e cada vez que uma pergunta difícil vem à tona, sinto a necessidade de buscar conhecer mais sobre tudo. E a turma de sexta-feira à noite me trouxe ótimos momentos assim, de desafio, de "incentivo" para que eu melhorasse cada vez mais meu conhecimento.
Outro ponto positivo do semestre foi o meu "retorno" à área da computação. Eu estava parado há bastante tempo, sem mexer com nada da área. Mas neste semestre meus alunos (e alguns ex-alunos também) me incentivaram indiretamente a voltar a, pelo menos, saber da área (não necessariamente trabalhar nela). Quando alguns alunos vieram pedir dicas de algoritmos, e outros de Linguagem C, vi o quão enferrujado eu estou na área, e houve a necessidade de, no mínimo, voltar a ter na ponta da língua a noção básica para poder ajudá-los sempre que possível e não ser visto como o professor da "disciplina estranha", como (infelizmente) é vista a minha disciplina na área de Sistemas.
Mais um ponto positivo: a confiança do Projeção no meu trabalho. Fui chamado várias vezes para executar trabalhos "extra-classe", como participação nas reuniões para o reconhecimento do curso de Direito e também na montagem dos cursos de tecnólogo da área de Sistemas de Informação. Consegui me entranhar mais na estrutura da Faculdade a ponto de ser um dos poucos professores a serem indicados para ser "40 horas", ou seja, professor de tempo integral na instituição. Acredito que isto, associado a um convite que recebi no final do semestre mas que não aceitei, são mostras de que meu trabalho está sendo reconhecido pelas direções dos cursos e pela direção da Faculdade como um todo.
Sem dúvida alguma, há outros pontos positivos que eu gostaria de destacar aqui, assim como há diversos outros pontos negativos e positivos de minha vida em geral que poderiam ser destacados neste final de semestre. Mas, devido ao avançado da hora, associado à minha sinusite, vou terminando por aqui. E terminando muito bem: comendo chocolate meio amargo russo, que meu amigo Guilherme trouxe de lá especialmente pra mim. É simplesmente uma delícia!
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