27 de novembro de 2007

Cansaço, mas estamos aí para o que der e vier

Estou só o bagaço hoje. Morrendo de sono, com um pouco de dor de cabeça e com vontade de tomar um banho e cair na cama.

Mas não posso.

Não posso porque o sistema de reserva de equipamentos para eu dar aula não está disponível no momento. Previsão de retorno: 23:50 h. E eu preciso esperar porque preciso garantir os equipamentos da semana que vem. É fogo: sempre é culpa do "sistema". A desculpa mais furada que existe, mas enfim, "é o sistema".

Fazendo a média, o dia foi bom; eu daria uma nota 7. Ele começou com a expectativa sobre a presença ou ausência dos 3 alunos, como citei em outra postagem ontem. Para minha satisfação e surpresa, nenhum deles foi. Melhor pra mim e para os demais presentes: a aula foi ótima. Sem interrupções, sem conversas, sem eu me estressando pelos alunos estarem conversando. Apenas os slides, eu falando e os alunos perguntando. Muito bom mesmo.

À tarde foi um saco. Minha aula hoje foi terrível, e houve uma hora que eu dei umas "pescadas" de tanto sono que estava. Tema desagradável, professora falando muito baixo enquanto o povo fazia uma zona no corredor, e a voz da professora foi me dando um soninho... Mas consegui resistir até o intervalo. Depois do intervalo, fiquei conversando com uma colega sobre nossos respectivos projetos, e voltei para a sala apenas para ficar por mais 15 minutos antes de vir embora pra casa. Aí foi lotação até a rodoviária, metrô até a Praça do Relógio e uma caminhada de 20 min de lá até aqui em casa. Nada mal.

À noite foi tranqüilo, ainda que eu tenha me irritado com duas atitudes de alguns alunos. A primeira é aquela necessidade típica de aluno que quer ir embora logo: ficam enchendo o saco pra que o prof corrija os trabalhos deles antes dos outros, como se o deles fosse mais importante que o dos outros. Eu não suporto isso. Mas consegui resolver, é claro. Sempre resolvo estes assuntos: nada que umas palavrinhas ignorantes não dêem um jeito. A segunda atitude que não gosto é aluno vir pedir ponto: contam a história da vida deles, dizem que estão tristes porque o peixinho de estimação morreu afogado, começam a inventar tantas coisas que no final a história mais parece a trama daquele filme "História sem Fim" (só os mais "experientes" devem saber que filme é este). E a história dos alunos faz jus ao nome do filme por dois motivos: 1) São argumentos que não acabam mais para tentar ganhar pontos extras; 2) São argumentos tão mirabolantes quanto o filme. Tadinho deles. Até entendo o desespero, mas isto não me sensibiliza nem um pouco: se estão desesperados hoje, é porque falharam em algum momento anterior. E, se não dão conta de resolver tais falhas por conta própria, não será eu que passarei a mão na cabeça (no bom sentido) e darei ponto. Não dou nada pra ninguém. Que estudem e passem por méritos próprios, ou que se ferrem e sejam meus alunos de novo semestre que vem.

E agora à noite estou aqui, gastando o tempo que poderia estar sendo utilizado com outras coisas mais produtivas (como dormir, por exemplo). Tudo culpa do "sistema".

Engraçado que não estou com fome. Comi pouco hoje. Talvez esteja acontecendo o contrário do que me disseram hoje: talvez pensar, efetivamente, encha a barriga.


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