7 de novembro de 2007

Reflexões...

O problema maior, para mim, surge quando há apatia por parte dos alunos.

Em outras postagens anteriores (não sei exatamente a data), afirmei aqui neste blog que a melhor maneira de sacanear alguém é ser indiferente a tal pessoa. Não é ter ódio ou raiva, não é querer sacanear, é ser indiferente. Porque sendo indiferente, o outro não sabe o que você sente em relação a ele e, assim, o outro fica desnorteado. Pelo menos para mim, funciona em quase 100% dos casos (tá certo que eu tenho uma ajudinha do meu intelecto, que me permite controlar bem meus sentimentos, mas creio que isto funcione para a grande maioria das pessoas).

Assim, quando vou dar aula e não vejo reação dos alunos, sinto-me mal. Não que eu pense que minhas aulas estejam sendo ruins, mas o problema é que eu fico sem saber se o povo tá entendendo ou não o assunto (e minha maior preocupação é esta, fazer o pessoal entender). Aí, quando o povo fica apático, em um primeiro momento eu me preocupo: será que estão entendendo ou não? Em um segundo momento a preocupação passa -- até porque eu não estou lidando com menino, e sim com gente crescida -- e aí vem outro sentimento que, a meu ver, é pior do que primeiro: a falta de vontade em dar aula. Porque se para os alunos a aula é indiferente, ministrar a aula, para mim, torna-se indiferente também.

Isto aconteceu hoje, pela primeira vez, com a turma de Sobradinho. Estava ministrando a aula com a mesma vontade de sempre, mas por algum motivo desconhecido para mim, os alunos não estava interessados no assunto. Sei que minha vontade de dar aula foi diminuindo, diminuindo, até acabar e eu liberá-los às 11:10 h -- a aula acaba às 11:35 h, e eu geralmente termino minha aula entre 11:30 h e 11:40 h.

Ao me dirigir para a UnB, fiquei pensando com meus botões: quer saber? O problema é deles, não meu. Porque eu já sei o conteúdo: quem vai se ferrar no futuro por não saber o assunto são eles, não eu. Assim, que se fodam. Se acham que o assunto é chato e, por isto, acham que não precisam entendê-lo, que fiquem apáticos. Em um primeiro momento irão me atingir, não há dúvidas; mas, como minha auto-estima é relativamente alta (às vezes até demais, eu reconheço), em um segundo momento eu dou a volta por cima e digo isto que escrevi: que se fodam. Eu estou fazendo a minha parte. E, infelizmente, não posso fazer a parte deles por eles. Se não querem, é a vida.


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