(Original aqui.)
Polêmica à parte, Rio troca algema por nó
Em operação nas favelas, polícia improvisa
Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter restringido o uso de algemas e ameaçado até punir policiais que as utilizem de forma abusiva, policiais civis de várias delegacias do Rio prenderam ontem dois supostos traficantes com fios de plástico. As prisões ocorreram durante operação no conjunto de favelas Pavão-Pavãozinho, em Copacabana (zona sul).
A polícia ocupou as favelas com 80 homens, dois helicópteros e um carro blindado, mas não tinha algemas suficientes. Quando chegaram ao morro, por volta das 9h, os agentes foram recebidos a tiros e reagiram. Um intenso tiroteio se seguiu por mais de 15 minutos e deixou em pânico os moradores.
O delegado-titular da Delegacia de Repressão às Armas e Explosivos (Drae), Carlos Alberto Oliveira, comandou a ação e disse que cerca de 15 homens atiraram contra os helicópteros da polícia, provocando a reação dos agentes. "Foram muitos tiros e os policiais reagiram. Os criminosos fugiram para as matas que cercam as favelas. Encontramos rastros de sangue no caminho, o que indica que alguém do bando foi ferido", disse o delegado.
Após a troca de tiros, foram presas três pessoas, uma delas com algemas e duas outras com fios de plástico: Gérson Porfilho, de 23 anos, que estava armado, Carlos Wagner da Conceição e Adalberto de Oliveira Barbosa Lima, ambos com 23 anos. Na sede da Drae, os policias trocaram os fios por algemas.
Sobre a utilização de fios para prender os suspeitos, o chefe do Departamento de Polícia Especializada do Rio, delegado Alan Tournowski, informou que, normalmente, numa operação com quase 100 homens, nem todas as equipes têm algemas. "As algemas são distribuídas por delegacia. Talvez a equipe que deparou com os criminosos não tivesse algemas e, por isso, usou os recursos que julgou necessários para garantir a segurança deles próprios e dos moradores da região."
Tournowski disse que não há como associar esse caso à súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, que restringiu o uso de algemas. "Eram traficantes armados que trocaram tiros com a polícia, algemá-los era primordial."
A polícia apreendeu duas pistolas 9 mm, sete granadas, um revólver 38, cocaína, haxixe, maconha, rádios-transmissores, um colete falso da Polícia Civil e 13 caixas de morteiros.
Polêmica à parte, Rio troca algema por nó
Em operação nas favelas, polícia improvisa
Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter restringido o uso de algemas e ameaçado até punir policiais que as utilizem de forma abusiva, policiais civis de várias delegacias do Rio prenderam ontem dois supostos traficantes com fios de plástico. As prisões ocorreram durante operação no conjunto de favelas Pavão-Pavãozinho, em Copacabana (zona sul).
A polícia ocupou as favelas com 80 homens, dois helicópteros e um carro blindado, mas não tinha algemas suficientes. Quando chegaram ao morro, por volta das 9h, os agentes foram recebidos a tiros e reagiram. Um intenso tiroteio se seguiu por mais de 15 minutos e deixou em pânico os moradores.
O delegado-titular da Delegacia de Repressão às Armas e Explosivos (Drae), Carlos Alberto Oliveira, comandou a ação e disse que cerca de 15 homens atiraram contra os helicópteros da polícia, provocando a reação dos agentes. "Foram muitos tiros e os policiais reagiram. Os criminosos fugiram para as matas que cercam as favelas. Encontramos rastros de sangue no caminho, o que indica que alguém do bando foi ferido", disse o delegado.
Após a troca de tiros, foram presas três pessoas, uma delas com algemas e duas outras com fios de plástico: Gérson Porfilho, de 23 anos, que estava armado, Carlos Wagner da Conceição e Adalberto de Oliveira Barbosa Lima, ambos com 23 anos. Na sede da Drae, os policias trocaram os fios por algemas.
Sobre a utilização de fios para prender os suspeitos, o chefe do Departamento de Polícia Especializada do Rio, delegado Alan Tournowski, informou que, normalmente, numa operação com quase 100 homens, nem todas as equipes têm algemas. "As algemas são distribuídas por delegacia. Talvez a equipe que deparou com os criminosos não tivesse algemas e, por isso, usou os recursos que julgou necessários para garantir a segurança deles próprios e dos moradores da região."
Tournowski disse que não há como associar esse caso à súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, que restringiu o uso de algemas. "Eram traficantes armados que trocaram tiros com a polícia, algemá-los era primordial."
A polícia apreendeu duas pistolas 9 mm, sete granadas, um revólver 38, cocaína, haxixe, maconha, rádios-transmissores, um colete falso da Polícia Civil e 13 caixas de morteiros.
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