16 de fevereiro de 2007

A importância de Meirelles no BC

Há um tempo atrás, defendi a manutenção do atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Escrevi também sobre a necessidade da área monetarista do governo "vencer" a área desenvolvimentista, pois esta última trabalha inevitavelmente com o aumento da inflação.

Por que defendi e defendo tal posição, explicitada no post abaixo? Vejam o caso da Venezuela: é o país que mais vem crescendo na América Latina (8,8% ao ano). Cresce como? Por meio de uma agenda desenvolvimentista, na qual o Estado investe pesado -- gasta muito -- para dar a tão sonhada infra-estrutura ao país.

Qual o resultado? Inflação de 17% no ano de 2006, considerada muito alta para países com economias estáveis. A inflação mais alta da América Latina. Prejudicial a ponto do governo Hugo Chavez ter tomado a decisão de cortar três zeros do bolívar, a moeda venezuelana.

Pergunto: de que adianta crescer 8,8% com inflação de 17%? Houve crescimento real?

Eu não quero tal situação no Brasil. Por isso defendo ao máximo a permanência de Meirelles no BC e de Paulo Bernardo à frente do Ministério do Desenvolvimento, para poderem fazer frente à toda-poderosa Dilma Rousseff e ao poderoso Guido Mantega.


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