9 de fevereiro de 2007

Juízo do presidente

Parece-me que o presidente tem juízo no que diz respeito à política econômica. Também, o Lula não é burro. Ele sabe muito bem que, se o trem sair dos trilhos, ele será o culpado e perderá o lugar na História do Brasil que tanto busca. É nele que estão minhas últimas esperanças no sentido de se manter a atual política econômica. Espero que as palavras dele, reproduzidas abaixo (original aqui) não sejam apenas jogadas ao vento para agradar a alguns.

LULA DEFENDE MEIRELLES E PEDE 'JUÍZO' A PT
Para presidente, críticos da política econômica são 'pessimistas'. "PT saiu de uma crise profunda e acho que está maduro", afirmou.
09/02/2007 - 19h16m - Atualizado em 09/02/2007 - 19h52m
Agência Estado

Um dia antes da reunião do Diretório Nacional do PT que deverá aprovar uma resolução política de crítica ao Banco Central, devido ao ritmo de redução da taxa de juros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta, sem mencionar o nome, o presidente da instituição, Henrique Meirelles.

Lula lembrou a crise que a legenda viveu em 2005 e 2006 e pediu que os petistas tenham "juízo". Ele repudiou os "pessimistas" que criticam a política econômica, marcada por juros altos e câmbio valorizado.

Lula afirmou que pretende viajar pelo Brasil para difundir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e difundir o otimismo.

"Acho que é um bom momento para o PT", afirmou o presidente, em entrevista após solenidade que marcou o início da produção comercial de gás natural do Projeto Manati, na Bahia.

"O PT saiu de uma crise profunda, o PT saiu fortalecido do processo eleitoral, elegeu cinco governadores, 83 deputados. Portanto, o povo deu uma chance enorme ao PT, dizendo: "Olhem, tomem juízo e sejam o partido grande que nós queremos que vocês sejam. E acho que o PT está maduro para isso."

Juros
Em crítica velada aos petistas que, em documentos internos, atacaram a política econômica do governo, Lula afirmou que a taxa básica de juros cai há nove meses seguidos e declarou que o câmbio será ajustado. E chegou a dizer, no discurso que as pessoas querem mágica, que só duram "enquanto o palhaço está no circo".

"Porque de vez em quando as pessoas acham que é possível resolver os problemas da economia do País com mágica. A economia do país hoje é sólida. Temos quase US$ 100 bilhões de reservas, exportações de mais de US$ 140 bilhões, saldo de balança comercial de mais de US$ 40 bilhões, superávit em conta corrente, inflação controlada."

Ele minimizou também a possibilidade de o partido influir na política econômica a ponto de mudá-la radicalmente. "E acho que as pessoas estão maduras para entender que a disputa interna não tem reflexo na política de governo, nem da Bahia, nem tampouco da presidência da Republica", declarou.


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