Como já havia dito anteriormente, ontem saí de Irkutsk à tarde (16:15 h) e vim pra Krasnoyarsk, fazendo, assim, a primeira "perna" da Transiberiana. Resolvi fazer o caminho em três partes não porque eu não dê conta de ficar 4 dias dentro de um trem (este é o tempo que se gasta de Irkutsk até Moscou), mas porque, se eu fosse direto, chegaria em Moscou no dia 09 às 4 h da manhã, sendo meio difícil para o Aleksei se encontrar comigo. Além disso, já que eu estou na Rússia, em um lugar "desconhecido" (já que nunca vim aqui), resolvi quebrar a viagem e conhecer outros lugares no meio do caminho.
Infelizmente, ontem não deu tempo de ir à outra igreja que eu queria visitar; ficará pra uma próxima vez que eu vier aqui (e podem ter a certeza absoluta de que virei). Acabou que de manhã eu fiquei arrumando minhas coisas, depois fiquei vendo TV (estava passando um programa interessante) e, quando vi, já eram 13 h -- e o trem saía às 16:15 h. Achei melhor não arriscar e fiquei o restante do tempo no albergue mesmo.
Uma coisa me chamou muito a atenção: a pontualidade do trem, tanto na saída quanto na chegada e também nas paradas. Logo que saímos, pontualmente às 16:15 h, como estava no bilhete, recebi um folheto falando da viagem e com os horários de chegada e de partida de cada parada. Tudo com hora e minuto certinho, inclusive o tempo exato em que o trem ficaria parado (1 minuto, 2, 3 ...). Logo que li, dei aquela risadinha do tipo "duvido", mas queimei a língua: em todos -- absolutamente TODOS -- os lugares, o trem chegava na hora marcada, ficava o tempo previsto e saía na hora marcada. O trem SEMPRE saiu no minuto exato marcado no papel -- eu sempre estava conferindo com o horário das estações, e sempre estava certinho. Estava marcado pra chegar aqui em Krasnoyarsk às 09:17 h da manhã -- e o trem parou exatamente às 09:17 h da manhã. Incrível. Bem que as "Ferrovias Russas" (é o nome da empresa) poderiam cuidar do transporte coletivo em Brasília...
No meio do caminho outra surpresa: a temperatura baixou ainda mais. Em Irkutsk ontem estava até gostoso, apenas -10 graus. No meio do caminho vi o termômetro em quatro oportunidades. Na mais baixa estava -32 graus. Tudo bem que era de noite, mas não imaginei que a temperatura fosse baixar tanto assim...
No trem foi tudo tranquilo. Eu estava meio preocupado com a questão da segurança, pois estou com todo o dinheiro em mãos e também com máquina fotográfica, celular e notebook, mas foi tudo tranquilo. A cabine possui quatro camas, como se fossem dois beliches. Abaixo das duas camas de baixo há lugar para malas, e é bastante seguro porque a pessoa só consegue te roubar se te acordar e te tirar da cama pra levantá-la e pegar a mala. Mas o meu lugar era em cima (e será nos outros dois trechos da viagem), então tive de colocar minha "pequena" mala de 20 kg e mais a mochila com mais 6 kg na parte de cima, onde há um espaço próprio pra malas, mas sem nenhum tipo de segurança. Enfim, não tinha o que fazer, as malas foram pra lá mesmo.
Em mais ou menos um terço da viagem eu tive a cabine todinha pra mim; em determinada cidade, que não sei qual é porque eu já estava dormindo, apareceram três russos (pai e dois filhos), que ocuparam os outros espaços. Mas não eram de muita conversa: apenas me cumprimentaram, pediram desculpas por terem me acordado e foram dormir. Eu também virei pro lado e dormi um pouco... Mas só um pouco, porque o pai roncava mais que um trator (expressão roubada de um amigo meu). O cara conseguiu me superar... E conseguiu tirar meu sono. Não dormi muito bem não apenas por causa do ronco dele, mas também porque a calefação devia estar meio bichada: ora muito quente, ora muito frio e, obviamente, eu ficava suando ou tremendo. Um saco.
Agora estou aqui na estação de trem de Krasnoyarsk. Não na estação! Eles têm nas estações um mini-hotel que dá pra quebrar o galho. Como vou ficar aqui só até amanhã, achei melhor ficar por aqui mesmo. É um pouco mais caro que a diária do hotel (no hotel seria 375 rublos e aqui eu tô pagando 480 rublos), mas compensa pelo fato de eu não pagar táxi pra ir hoje e pra voltar amanhã. Além disso, aqui tem lockers, de forma que minha mala de 20 kg tá lá embaixo, bem guardadinha, enquanto eu estou aqui meio que sentado na cama. E vou começar logo, logo, minha "expedição" pela cidade.
Infelizmente, ontem não deu tempo de ir à outra igreja que eu queria visitar; ficará pra uma próxima vez que eu vier aqui (e podem ter a certeza absoluta de que virei). Acabou que de manhã eu fiquei arrumando minhas coisas, depois fiquei vendo TV (estava passando um programa interessante) e, quando vi, já eram 13 h -- e o trem saía às 16:15 h. Achei melhor não arriscar e fiquei o restante do tempo no albergue mesmo.
Uma coisa me chamou muito a atenção: a pontualidade do trem, tanto na saída quanto na chegada e também nas paradas. Logo que saímos, pontualmente às 16:15 h, como estava no bilhete, recebi um folheto falando da viagem e com os horários de chegada e de partida de cada parada. Tudo com hora e minuto certinho, inclusive o tempo exato em que o trem ficaria parado (1 minuto, 2, 3 ...). Logo que li, dei aquela risadinha do tipo "duvido", mas queimei a língua: em todos -- absolutamente TODOS -- os lugares, o trem chegava na hora marcada, ficava o tempo previsto e saía na hora marcada. O trem SEMPRE saiu no minuto exato marcado no papel -- eu sempre estava conferindo com o horário das estações, e sempre estava certinho. Estava marcado pra chegar aqui em Krasnoyarsk às 09:17 h da manhã -- e o trem parou exatamente às 09:17 h da manhã. Incrível. Bem que as "Ferrovias Russas" (é o nome da empresa) poderiam cuidar do transporte coletivo em Brasília...
No meio do caminho outra surpresa: a temperatura baixou ainda mais. Em Irkutsk ontem estava até gostoso, apenas -10 graus. No meio do caminho vi o termômetro em quatro oportunidades. Na mais baixa estava -32 graus. Tudo bem que era de noite, mas não imaginei que a temperatura fosse baixar tanto assim...
No trem foi tudo tranquilo. Eu estava meio preocupado com a questão da segurança, pois estou com todo o dinheiro em mãos e também com máquina fotográfica, celular e notebook, mas foi tudo tranquilo. A cabine possui quatro camas, como se fossem dois beliches. Abaixo das duas camas de baixo há lugar para malas, e é bastante seguro porque a pessoa só consegue te roubar se te acordar e te tirar da cama pra levantá-la e pegar a mala. Mas o meu lugar era em cima (e será nos outros dois trechos da viagem), então tive de colocar minha "pequena" mala de 20 kg e mais a mochila com mais 6 kg na parte de cima, onde há um espaço próprio pra malas, mas sem nenhum tipo de segurança. Enfim, não tinha o que fazer, as malas foram pra lá mesmo.
Em mais ou menos um terço da viagem eu tive a cabine todinha pra mim; em determinada cidade, que não sei qual é porque eu já estava dormindo, apareceram três russos (pai e dois filhos), que ocuparam os outros espaços. Mas não eram de muita conversa: apenas me cumprimentaram, pediram desculpas por terem me acordado e foram dormir. Eu também virei pro lado e dormi um pouco... Mas só um pouco, porque o pai roncava mais que um trator (expressão roubada de um amigo meu). O cara conseguiu me superar... E conseguiu tirar meu sono. Não dormi muito bem não apenas por causa do ronco dele, mas também porque a calefação devia estar meio bichada: ora muito quente, ora muito frio e, obviamente, eu ficava suando ou tremendo. Um saco.
Agora estou aqui na estação de trem de Krasnoyarsk. Não na estação! Eles têm nas estações um mini-hotel que dá pra quebrar o galho. Como vou ficar aqui só até amanhã, achei melhor ficar por aqui mesmo. É um pouco mais caro que a diária do hotel (no hotel seria 375 rublos e aqui eu tô pagando 480 rublos), mas compensa pelo fato de eu não pagar táxi pra ir hoje e pra voltar amanhã. Além disso, aqui tem lockers, de forma que minha mala de 20 kg tá lá embaixo, bem guardadinha, enquanto eu estou aqui meio que sentado na cama. E vou começar logo, logo, minha "expedição" pela cidade.
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