30 de outubro de 2008

Há 20 anos...

Quem não viu ao vivo, perdeu...



Como não gostar? (2)

Como não gostar?

29 de outubro de 2008

Rapidinha

Era uma vez um corintiano bem sucedido... (Eu sei que isso não existe, mas só por suposição...)

Um dia, ele, todo contente, saiu na rua com seu maravilhoso carrão. De repente, o pneu furou! Então ele (com aquela camiseta BONITA do curíntians escrita 'eu nunca vou te abandonar' pára, sai do carro e começa a desparafusar o pneu para trocá-lo.

Nisso, chega outro corintiano, taca um tijolo, arrebenta o vidro do carro, e grita:

- Aê, Mano!! Cê leva 'as roda', que eu levo o CD, beleza?

28 de outubro de 2008

Trabalho ou prazer?

O presidente de uma grande empresa sentado em sua enorme sala sem absolutamente nada para fazer começa a pensar sobre o que é trabalho e o que é lazer em seu dia-a-dia. Após uma enorme lista de diversões ele chegou na hora em que transa com sua esposa, com a qual já está casado há 15 anos. Sem conseguir concluir ao certo se transar com sua esposa é trabalho ou prazer ele chama o vice-presidente em sua sala. Um pouco menos desocupado,o vice para de ler as reportagens sobre a empresa que haviam sido publicadas no jornal e vai até a sala do Presidente que lhe pergunta:

- Transar com minha esposa é trabalho ou prazer?

O vice pensa alguns segundos e incerto da resposta pede duas horas para responder. Volta para sua sala, chama o diretor geral da empresa e faz a mesma pergunta:

- Quando o presidente dorme com a mulher dele é trabalho ou prazer - dando ao diretor geral o prazo de uma hora para responder. Imediatamente o diretor geral, mesmo sem nada pra fazer, delega a função para ao diretor jurídico que passa a pergunta para o advogado sênior e assim vai até chegar no babaca do advogado júnior que se formou há seis meses mas esqueceu que foi estagiário.

Assim como o resto da empresa o advogado Jr. fica na dúvida e vai até a mesa de seu estagiário:

- Você tem cinco minutos pra descobrir se quando o presidente transa com a mulher dele é trabalho ou prazer!

O estagiário então, sem parar de digitar com a mão direita e separar uma pilha de documentos com a mão esquerda, olha para o advogado Jr. Por cima das milhares de pastas que estão em sua mesa e responde, na lata:

- É prazer!

Espantado com a rapidez e confiança da resposta do estagiário, o advogado Jr. pergunta:

- Mas como você tem tanta segurança em sua resposta?

Ainda sem parar de trabalhar o estagiário responde:

- Porque se fosse trabalho era eu quem ia fazer!!!

"Vaca é a tua mãe!"

27 de outubro de 2008

Matemática da vida

Preste atenção nessa interessante pesquisa de um estagiário...

Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar pelo menos R$ 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = R$6,00.

Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 6 = R$ 1.200,00.

Será que isso é uma conta maluca?

Bom, 6 reais por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centavos e sim 20, 50 e às vezes até 1,00.

Mas tudo bem, se ele faturar a metade: R$ 3,00 por hora terá R$600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.

Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de R$1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranqüilo debaixo de uma árvore por mais 9 viradas do sinal de trânsito, sem nenhum chefe pra 'encher o saco' por causa disto.

Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.

De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na Panetiere (padaria em frente ao CEFET). Então lhe perguntei quanto ela faturava por dia. Imagine o que ela respondeu?

É isso mesmo, de 35 a 40 reais em média o que dá (25 dias por mês) x 35 = 875 ou 25 x 40 = 1000, então na média R$ 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.

Moral da História:

É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR), e pelo visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo...

Se esforce como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor.

Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arrumar emprego.

26 de outubro de 2008

Frase dita por uma amiga

"Mulher gosta de homem safado mesmo. Os bobinhos são isso, bobinhos. Homem tem que saber pegar mesmo!!!"

25 de outubro de 2008

Teste do amor

Para você saber quem te ama de verdade, faça o seguinte teste:

1 - Tranque seu cachorro e sua esposa no porta malas do carro.

2 - Aguarde exatamente uma hora (uma hora mesmo, senão o teste não dá certo).

3 - Abra o porta mala do carro.

4 - Veja quem estará feliz em te ver novamente.

24 de outubro de 2008

Para minhas amigas!

Novela brasileira (sei lá qual) em russo...




22 de outubro de 2008

Leiam e tirem suas próprias conclusões...

Pacal Votan foi um Rei dos antigos Maias que encarnou na Terra de 631 a 683 D.A. Ele estabeleceu a cidade Maia de Palenque, no México. A tumba de Pacal Votan está localizada dentro do Templo das Inscrições, em Palenque. Pacal Votan é um ser bastante evoluído e durante seu tempo de vida na Terra o povo Maia floresceu. Pacal Votan deixou para nós uma profecia conhecida como Telektonon.

No final da década de 80, José Argüelles conseguiu entender a profecia Telektonon. Ele misteriosamente recebeu um texto Maya antigo de um homem em Cuba, que ele inicialmente não pensou que fosse significativo. Depois que ele o traduziu, percebeu que era a Profecia Telektonon de Pacal Votan. O Telektonon fala do período de tempo de 1987 a 2013. O Calendário do Encantamento do Sonho foi desenvolvido como resultado do entendimento da profecia. Ele chama a humanidade para abraçar um calendário baseado em 13 Luas e nos Ciclos de Energia Maya. José Argüelles recebeu depois informações diretamente de Pacal Votan através de telepatia e intuição. José e sua esposa Lloydine tem dedicado as suas vidas à disseminação do conhecimento da Profecia Telektonon.

Segue abaixo a profecia de Pacal Votan….

"Ó terráqueo, às vésperas do Terceiro milênio, que o regozijo te habite e te instrua. Os Nove Senhores do Tempo dispuseram-se a dar-te o Ser da Nova Era por vir. O Quinto Mundo, o da Sexta Era da Consciência, não mais admitirá uma humanidade senão galáctica. Não haverá mais tempo para aprender neste planeta. Teu tempo, Homo sapiens, esgotou-se. Só o conhecimento profundo poderá te tirar desse caos onde te meteste. O Planeta Terra, tua casa por milênios, cansou-se de tuas fraquezas e de tuas promessas. Agora o tempo é zero. Não mais haverá condescendência contigo. Está na hora de passares à Quarta dimensão e perderes esta idéia errada de tempo agonizando em ti. Esgotaste teu tempo sobre a Terra. Só os eleitos viverão a plenitude da Nova Era de Paz e Fraternidade Universal. Nenhuma religião prevalecerá sobre o Conhecimento, todas sucumbirão. O caminho da fraternidade foi violentado pela mentira que tu és, ó terráqueo. O novo Ser será íntegro, por dentro e por fora, fazendo ressoar as energias cósmicas benfazejas, provindas de Hunabku ( sol central ), o Deus único da Federação Intergaláctica.

Não mais mancharás teu planeta. Terás de limpar a Terra de teus dejetos, se quiseres encontrar a paz que perpetuará o Ser da Nova Era. O Mundo, ai de ti, terráqueo, jamais terminou, como sempre pensaste, pois não existe o Mundo, mas sim o Ciclo Temporal, por onde caminha a consciência. O Ciclo Cristão já cumpriu o seu destino e, agora, dará lugar ao Ciclo Ecumênico de Luz. O Novo Ser será galáctico e trocará informações com os demais seres do Cosmos. Por isso atenta tu, ó terráqueo, para os verdadeiros mistérios da Vida e da Morte, pois não mais será possível te calibrares por esse calendário falso que usas. Se não te calibrares com o tempo certo, cairás nas profundas cavernas de Xibalba. Só tu poderás decidir. O novo tempo exigirá novo calendário. Não escaparás do Novo Tempo; quem fugir perecerá. A Nova Humanidade será de paz e fraternidade, buscando fazer parte do todo, deixando a idéia de mundo para trás. O Cosmos é um só, assim todos farão parte do Todo. A calibragem deverá ser feita com o Novo Calendário Maia Galáctico que, em uma primeira instância, poderá ser o de Treze Luas, de vinte e oito dias cada mês. A Nova Era não será mais solar, mas sim Lunar, tendo a Mulher, a Mãe, A Terra, enfim a percepção maia como centro do novo milênio. O tempo e o espaço yang cederão espaço e tempo ao yin. Este será o novo espaço – o da mulher, um espaço mais calmo e mais terno. Os que não estiverem dentro dessa concepção cósmica yin na Nova Era dificilmente vingarão.

Tu viverás um momento de Juízo Final, antes de atingires o Novo Ciclo, que se iniciará no dia 21 de dezembro de 2.012 do calendário gregoriano. Antes disso, a Terra e as Legiões de Guerreiros Maias limparão o planeta dos espíritos menores e da poluição deixada pelos humanos. Para isso, os terráqueos que adotarem a nova ordem deverão ajudar no aprimoramento da Terra com a concentração mental e a Nova Consciência. Não deverás temer, ó terráqueo. O medo não te trará as energias necessárias ao teu conhecimento. Precisarás desenvolver a mente da Quarta Dimensão e da Sexta Consciência Cósmica. Nós, os Senhores do Tempo, voltaremos para te ajudar, mas a principal ajuda deverá vir de ti. Este Códice K é apenas o início do que virá. Muitos perderão suas vidas inutilmente, porque de inutilidades as construíram. Outros serão recompensados no Novo Tempo, no Tempo Itza, no Tempo Atlante, porque souberam comportar-se com pureza e espiritualidade.

Não haverá lugar no Novo Tempo para o mundo material. O que tu vês hoje, terráqueo, é pura ilusão, por isso passarás pela agonia do fim da Grande Roda. A mudança exterior só se dará com a transformação interior. A purificação virá e muitos perderão suas forças vitais por terem colocado a matéria no ápice de suas vidas. O Novo Tempo exigirá novos sacrifícios para as purificações do planeta e da humanidade. Nós, os Senhores do Tempo, somos também os Senhores da Noite, encarregados de levar para as mansões da penumbra os desequilibrados com a Nova Era. Se tu não alcançares o Dom de te tornares Corpo de Luz, viverás nas Trevas ou em outro planeta ainda mais atrasado do que este, ó terráqueo.

Deverás abrir a mente ao Tempo Real, só assim chegarás à Quarta dimensão. A matemática maia é da Quarta dimensão e abrirá as portas da percepção dos números cósmicos. O tempo da Mente Cósmica já chegou e tu, terráqueo, não deste por isso: tempo é mental; espaço é físico. Se o calendário é um marcador de tempo, logo é um calibrador da mente. Se adotares o calendário de Treze Luas, o do Tempo Real Cósmico, tudo será mais simples: a porta de entrada do Quinto mundo se abrirá para ti e receberás ajuda de Pacal Votan, mas não te iludas, terás de te ajudar muito para alcançares a graça de seguir no Novo Tempo. A porta de entrada do Quinto Mundo se abrirá entre 1997 e 1998, o portal da Quarta Dimensão. Lá só entrarás se rechaçares o falso calendário, pois não marca o tempo cósmico nem tempo algum.

Abre tua mente, ó terráqueo, estás no final do Grande Ciclo de vinte e seis mil anos. A Terra percorreu todo o Zodíaco, enquanto tu a manchavas; sujavas tua casa, a Terra, com teus detritos, conspurcando-a de todas as formas. Cuidado! Tu poderás ser eliminado pela Terra, se a continuares maculando, se sujares a biosfera, como vens fazendo há tempo.

Haverá grandes crises nas instituições mundiais e a matéria será aviltada: até o ano 2.012 o dinheiro desaparecerá tal como o conhecemos e grandes empresas sucumbirão para sempre. A Terra já entrou na Quarta Dimensão e, se tu não a seguires nesta rota, perecerás. O Planeta expulsará aquele que não cumprir o destino cósmico. Os sinais estão chegando: cataclismas, terremotos, doenças incuráveis, vírus mortais. A Terra não te perdoará, se não alcançares o conhecimento cósmico. Por isso, terráqueo, eleva tua freqüência para a Quarta Dimensão, a freqüência 13:260 do Tzolkin, treze meses, duzentos e sessenta kins ou sóis, o fractal galáctico. Esta é a tua oportunidade de limpares tua Casa e fazeres vibrar tua mente na freqüência galáctica da natureza. A pacificação do que tu chamas mundo só virá com teu auxílio. A profecia já está em andamento desde 1993, mas o seu andar é lento. Espera-se a pacificação do mundo entre 1996 e 1997, quando será estabelecida a Nova Espiritualidade Galáctico Terrestre. Se houver cooperação, tu receberás de volta teus dons, teus poderes adormecidos por tua ganância e estupidez.

Vamos repetir: antes de chegares ao ano 2.012, terminará o dinheiro como tu o usas hoje. Todos os caminhos espirituais irão convergir e haverá mudanças radicais no planeta, que irá adquirir sua dimensão mental e todos se sintonizarão com a mente coletiva.

Terráqueo, estás à beira da Verdade, basta vibrares na freqüência do Tzolkin de 13:20, os treze números mágicos, os vinte signos sagrados. O tempo urge, ó terráqueo, correste tanto para ganhares a falsa moeda, agora terás de correr ainda mais para salvares teu planeta e tua própria vida.

O Códice K traz agora e sempre o vaticínio de vários Chilam Balam, embora o principal seja Pacal Votan, o Grande. Atenta, pois, terráqueo: um corpo celeste misterioso se aproximará da Terra antes de 2.012. Este corpo celeste iludirá os mais sábios astrônomos; alguns pensarão tratar-se de um cometa enorme, outros, de objetos espaciais de outras galáxias. Este corpo celeste passará próximo da Terra e causará danos aos terráqueos. A missão desse corpo celeste, contudo, será a de limpar o planeta de todas as impurezas, humanas e inumanas.

Aqueles não calibrados na freqüência 13:20 poderão ser banidos da Terra, indo viver neste corpo celeste atrasado e pleno de desgraças. O astro fará a Terra tremer, os mares invadirem continentes, vulcões acordarem, territórios sumirem, prédios despencarem. Este corpo celeste não poderá ser evitado, pois este será seu destino jamais modificado. Atenta, pois, o Juízo Final não manda aviso. Todos deverão pedir perdão por seus atos contra a natureza, só o arrependimento te salvará, ó terráqueo. Não haverá salvação, contudo, para os desequilibrados com o Tzolkin. Depois da passagem do corpo celeste, a Terra gozará de um período de paz e de harmonia. Antes disso, porém, muitas desgraças acontecerão. Sempre haverá céticos, mas estes não terão tempo de se arrepender. Uma mudança radical te espera, terráqueo, atenta para o Novo Tempo.

O Novo Tempo será o fim da Era da Fé Cega e da Crença; e o início da era do Saber e do Conhecimento. A Era Itza não será mais uma era da Ilusão. E todos serão maia, porque ser maia não mais significará uma raça ou cor da pele; ser maia será ter amor no coração e no espírito. A Cultura Solar Maia irá de novo florescer em benefício da humanidade. O Ciclo da Escuridão já terminou, ó terráqueo, virá agora a Era Itza, e todos deverão entrar na Trilha da Luz Cósmica, se quiserem permanecer como uma espécie pensante. A raça humana terá de buscar o caminho da iniciação na Terra e no Céu; só assim conseguirá vislumbrar a luminosidade do Grande Espírito.

Os mestres reencarnados na Nora Era Itza imploram que a sagrada espécie humana desperte para o seu Destino Galáctico, como filhos e filhas da luz Cósmica. Hunabku brilhará como o relâmpago e atravessará os chacras dos terráqueos para fazer de cada humano um ser de luminosidade eterna.

Avatar Pacal Votan ano 683. "

20 de outubro de 2008

:)

Gosto do filme...

Gosto da música...

... E principalmente da melancolia que ela me traz.


19 de outubro de 2008

...

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito."

Albert Einstein

15 de outubro de 2008

Dá-lhe Brasil!

Noite de quarta, noite de "feriado", noite linda, com a lua mais uma vez se apresentando de maneira incrível, e há dois programas principais na TV brasileira:

1) Eliminatórias para a Copa 2010;

2) Debate entre Barack Obama e John McCain.

Duas perguntas básicas:

1) Qual dos dois eventos é o mais importante?

2) Qual dos dois eventos está tendo a maior audiência?

Pra terminar: agora há pouco estava eu no msn e disse para alguém que teria de terminar a conversa pra assistir ao debate. E a pessoa me perguntou: "Mas por que parar de falar comigo pra ver esse debate? Isso não tem importância alguma! Se ao menos fosse eleição aqui no Brasil..."

Termino com a minha frase favorita nas duas últimas semanas: "Cada povo tem o governo que merece."

Curso de inglês

(Original aqui.)

1. Módulo básico
Em português: Três bruxas observam três relógios Swatch. Qual bruxa observa qual relógio?
Em inglês: Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which Swatch watch?

2. Módulo avançado
Em português: Três bruxas transexuais observam os botões de três relógios Swatch. Qual bruxa transexual observa qual botão do relógio Swatch?
Em inglês: Three switched witches watch three Swatch watch switches. Which switched witch watch which Swatch watch switch?

3. Para especialistas
Em português: Três bruxas suecas transexuais observam os botões de três relógios Swatch suíços. Qual bruxa sueca transexual observa qual botão do relógio Swatch suíço?
Em inglês: Three swedish switched witches watch three swiss Swatch watch switches. Which swedish switched witch watch which swiss Swatch watch switch?

13 de outubro de 2008

Show

Não é?

12 de outubro de 2008

O canto do patinho feio

(Original aqui.)

Um dia antes dos primeiros treinos para o Grande Prêmio do Japão, Rubens Barrichello admitiu em uma entrevista coletiva que pode, sim, sair da Fórmula 1 ao fim deste ano. Não que esta seja a vontade dele, deixou bem claro. O piloto ainda negocia com a Honda, seu atual time, e disse que se alguém de fora acenar com um contrato de três anos, ele assina. O problema é aparecer este ‘alguém’ interessado nos serviços do brasileiro, que, aos 36 anos, não vê a hora de iniciar sua 17ª temporada na categoria.

Nesta mesma entrevista, Rubens abriu o jogo sobre as intenções da equipe, que está de olho em seu compatriota Bruno Senna, atual vice-campeão da GP2. Não é segredo no paddock que a petrolífera brasileira que há dez anos é parceira da Williams negocia uma possível transferência para a Honda. Um argumento tentador nesta nova aliança seria a chance da empresa escolher de um dos pilotos, o que pode fazer com que o experiente Barrichello dê a vez ao jovem Senna.

O que não deixaria de ser, no fim das contas, mais uma pitada de ironia numa careira recheada de situações embaraçosas, de azares e de escolhas discutíveis. Rubens Barrichello chegou à Fórmula 1 em 1993 como um jovem talento, na esteira do sucesso do tio de Bruno, Ayrton Senna. O tricampeão, acima dos 30 anos e já e olho na aposentadoria, enxergou nele seu sucessor e tratou de lhe mostrar o caminho das pedras. Mas, infelizmente, saiu de cena cedo demais. E enquanto Ayrton entrava para a história, o menino Rubinho começava a perder o rumo.

Durante a década em que manteve o status de principal brasileiro na categoria máxima, Barrichello carregou diferentes cruzes. Primeiro, nos anos de Jordan, impôs a si próprio a pressão de substituir Senna, tarefa ingrata e impossível. Já em descrédito com a imprensa e ridicularizado pela torcida, recomeçou a vida na Stewart, mas continuou lutando feito um Dom Quixote a bordo de carros fracos. Ao assinar com a Ferrari, sepultou o sonho de ser campeão, vendendo sem cerimônia seus melhores anos em favor do companheiro de equipe.

De fato, foi guiando para os italianos que ele conseguiu todas as nove vitórias e boa parte de suas treze poles. Mas é verdade, também, que ele viveu na equipe de Maranello o supremo dos infernos. A decisão de renovar o contrato, vivida dias antes da emblemática tirada de pé no GP da Áustria de 2002, foi calcada numa convicção que ele repetia em todo momento: a de que o alemão era o presente e ele, Rubens, o futuro. Se realmente acreditava nisso ou se tentava se convencer com um discurso pronto, é algo que só saberemos quando ele escrever suas memórias.

Infelizmente, a passagem pela Honda, que prometia tanto, não vingou. Nestes três anos na equipe, Barrichello subiu ao pódio apenas uma vez e marcou metade dos pontos do companheiro, que chegou até a vencer uma corrida. E agora corre o risco de ser sacado da equipe mais por questões mercadológicas do que técnicas. Se os rumores se confirmarem, isso pode significar o fim da linha para Rubens na categoria. Um fim melancólico para um personagem que tinha tudo para virar um belo cisne, mas que entrou para a história como o eterno patinho feio da Fórmula 1.

O jornalista Alexander Grünwald é produtor do programa Grid Motor, do SporTV, e dono do Grün Blog. Ele escreve neste espaço todas as sextas-feiras.

10 de outubro de 2008

"Confiança"

Meu estilo

Reformas do governo Lula

8 de outubro de 2008

Bat-toy-man

Para rir... Ou não

6 de outubro de 2008

Opa!


Spanish Reporter Ruins Sand Castle - Watch more free videos

Sobre eleições

O fato de eu postar o texto abaixo não quer dizer que concordo com o mesmo em 100% de seu conteúdo, mas vale a pena para pensarmos no assunto.

(Original aqui.)

Democracia significa que o poder está na mão do povo. Ou seja, a maioria escolhe quem vai governar o País. Só queria saber quem foi o idiota que deixou uma decisão tão importante na mão da maioria? Será que nunca leu um livro de história?

Foi sempre a maioria a grande responsável pelas desgraças. A maioria quis queimar a minoria que falava que a terra era redonda. A maioria gritou "crucifica" pra Jesus. A maioria, há décadas, dá audiência pra novela das oito. Alguma vez a maioria já fez alguma coisa digna?

A maioria quando vota está admitindo que não sabe de nada. Tanto é que precisam escolher alguém para liderá-los. Olha só em que mão estamos!

Pedir que a maioria escolha alguma coisa é o mesmo que pedir pro Chaves ir comprar ovos. Você sabe que vai dar merda, mas insiste em confiar a tarefa na mão de um incompetente completo.

Mas uma coisa que amo na democracia é a liberdade. Temos liberdade aqui no Brasil. Por exemplo, domingo agora eu sou livre para acordar e ser obrigado a votar. Senão vou preso. Tenho liberdade também pra escolher quem merece meu voto. Um cara que passou gritando num microfone na rua de casa ou um cara que encheu meu bueiro de papel. Também posso escolher o Lula, por exemplo, que prometeu acabar com a fome no País em um ano de governo (e nem toca mais no assunto) ou o Alckmin, que deixou o PCC dominar as ruas (e nem toca no assunto).

Tenho o roto e o rasgado. O sujo e o encardido. E tenho liberdade pra escolher qual prefiro só apertando um botão. Não é maravilhoso morar nesse País?

Votaram no Serra pra governar a cidade de São Paulo. Ele saiu do cargo. Quem governa o Estado de São Paulo não é o Serra que ganhou as eleições, mas outro cara que ninguém votou. Acho que a maioria sabichona foi enganada. De novo.

Percebeu que no Brasil existem trilhões de partidos e todos falam exatamente a mesma coisa? Não é como nos USA por exemplo. Lá só existem os Republicanos e os Democratas. Cada um pensa diferente. Ou seja, a base da campanha lá são as idéias. Você tem uma ideologia e por isso escolhe o candidato de acordo com o que mais se encaixa com os seus valores. Aqui a base da campanha é a esmola. Não idéias. Os candidatos prometem uma porção de esmolas: "Eu vou fazer isso, te dar aquilo, e fazer isso". O que prometer mais esmolas leva a eleição. Ninguém aqui vota por um ideal, mas pelo o que mais vai se beneficiar. Ou seja, a maioria vota egoisticamente. Votam pra si, não pelo todo.

Eu adoro receber lição de moral das pessoas com "consciência política". Elas geralmente me condenam porque eu nunca voto em ninguém. Dizem que "se eu votar nulo não tenho o direito de reclamar depois". Eu já penso o contrário. Por eu votar nulo é que tenho todo direito de reclamar. Quem votou em alguém é que tem que agüentar toda essa desgraça de bico fechado. Eu voto nulo. Isso significa que eu não contribuí nem um pouco pro sistema nem pra candidato nenhum. Você vota na Lula. Isso significa que o Lula está lá com sua corja porque você quis. Passa vaselina e agüenta de biquinho calado. A culpa é sua. Você quis assim.

Outra coisa que me dá o direito de reclamar o quanto eu quiser é que, mesmo não votando em candidato nenhum, tudo que eles fazem interfere na minha vida. Eu pago os impostos que aquele cara que eu não votei me obriga a pagar. Isso me dá o direito de reclamar. E reclamar não só do cara, mas também de idiotas como você que ajudou o cara a chegar lá.

Eu sou o cidadão que mais pode reclamar aqui. E você tem que me aturar.

E campanha política. Que merda é essa? O cara acha que merece meu voto só porque tirou uma foto de terno e imprimiu num papel com seu número de campanha. E você é o idiota que vota nele e o motiva a fazer isso nas próximas eleições novamente.

Vejo o Alckmin. Ele tem como único interesse ajudar a população. Mas aí o Lula ganha. E o Alckmin pega todos seus planos e guarda pra próxima eleição. Oras. Se o interesse do Alckmin é ajudar a população tanto quanto o Lula, porque ele não entrega seus planos pro Lula? E vice-versa?

Se tem tanta gente bem intencionada querendo ajudar, porque preciso escolher apenas um? Em Brasília deve ter uma sala grande o suficiente pra caberem mais de 10 presidentes, não acham? Se tem dez pessoas querendo ajudar, deixa as dez que sejam presidentes. Quanto mais melhor!

Se um ônibus lotado atolar e cinco pessoas de dentro do ônibus quiserem descer pra empurrar, o que vamos fazer? Escolher só uma ou deixar todos que querem ir lá ajudar?

Guarde isso: Pessoas que realmente querem mudar algo não têm tempo pra perder com eleições.

Ghandi nunca disse: "Povo da Índia, votem em mim que liberto vocês". Ele não tinha tempo a perder em campanha. Com o povo votando ou não nele, ele foi lá e os libertou. Martin Luther King nunca disse: "Negros, votem em mim e lutarei contra o racismo". Ele foi lá e lutou pelos direitos de todos. Che nunca se candidatou. Ele foi lá e fez sua revolução.

Pessoas que realmente querem fazer algo estão tão ocupadas em seus propósitos que não têm tempo pra disputas.

Lula, Alckmin, Heloísa, e aquele idiota perto da sua casa que se candidatou a deputado estão lutando por isso: Salário, Regalia, Mamata, Poder e Status. E você é o imbecil que o ajuda a conseguir.

Aí você me diz: “Tá, mas o que você tem feito pra melhorar as coisas?”. E eu respondo: “Você elege pessoas que ganham um salário alto pra melhorar as coisas. Porque está me cobrando? Eu não pedi o seu voto.”

5 de outubro de 2008

Ganhei o dia

Amiga minha, que sempre pensou viver em um mundo cor-de-rosa no que diz respeito a sentimentos (pelo menos essa foi a impressão que ela sempre me passou) me mandou a seguinte frase no msn hoje:

"(...) nem sempre agir com o coração é a melhor coisa."

Como disse no título da postagem... Ganhei meu dia!

4 de outubro de 2008

O fim do liberalismo? (III)

Última parte!

Liberalismo e regulação financeira
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José Pio Martins, economista

Na esteira dos graves problemas do sistema financeiro dos EUA, os socialistas apressaram-se em maldizer o liberalismo, profetizando a falência dessa doutrina. É uma precipitação equivocada, pois a morte da doutrina liberal já foi profetizada em outras ocasiões, e ela não aconteceu. Ocorre que entre as vantagens do liberalismo destacam-se o seu caráter não-dogmático, a sua flexibilidade em admitir as falhas de mercado e a capacidade em incorporar soluções saneadoras.

As idéias liberais floresceram nos séculos 17 e 18, quando nem sequer se imaginava que o mundo pudesse ter um sistema de intermediação de capitais e de financiamentos com a sofisticação de hoje. Seria como criticar Leonardo da Vinci por não ter incorporado, nas suas teorias científicas, os efeitos da eletricidade e da lâmpada. Estas não existiam no tempo de Da Vinci e, caso existissem, certamente teriam alterado de forma radical várias da idéias desse gênio da história.


Muita gente acredita que o liberalismo é contra qualquer forma de regulação e intervenção estatal. Em verdade, mesmo o mais renhido liberal sabe que é necessário haver regulação do sistema financeiro e fiscalização rigorosa. Vista em retrospecto, a tragédia financeira em território norte-americano é resultado de várias falhas de regulação, de fiscalização e da política de juros do Banco Central daquele país.

Os bancos dos EUA entraram numa orgia de empréstimos ruins, sobretudo aqueles para aquisição de imóveis, por culpa de uma regulamentação frouxa para a concessão desse tipo de crédito e pela manutenção, por anos a fio, de uma taxa de juros baixíssima. A taxa anual, definida pelo Federal Reserve, que é o Banco Central americano, chegou a ser menor do que a inflação e, com isso, criou um estopim incendiário para uma corrida irresponsável das pessoas por endividamento.

Aqui mesmo nesta coluna já escrevi lembrando que o ex-presidente do Banco Central americano, Alan Greenspan, vinha fazendo sucessivos alertas sobre o excessivo endividamento das pessoas. Talvez tenha faltado ele informar que parte da culpa era do órgão que dirigia, ao manter taxas de juros baixíssimas. Passada a primeira etapa da tragédia gerada pela inadimplência dos mutuários e pela insuficiência das garantias, que resultaram da queda dos preços dos imóveis, o que se percebeu é que os empréstimos hipotecários precisam de uma regulamentação mais dura e menos concessiva.

O mundo deverá sair dessa crise sabendo que a regulamentação dos empréstimos bancários será revista, no sentido de ser mais exigente e de evitar a repetição de operações ruinosas, e que a fiscalização das instituições financeiras terá que ser mais rigorosa. Talvez volte a idéia de obrigar o sistema financeiro a formar um Fundo de Seguro Sistêmico, para o qual os bancos contribuiriam com parte dos seus resultados. Esse fundo manteria os depósitos aplicados apenas em títulos do governo americano, cuja finalidade seria servir de suporte para crises de liquidez bancária.

Um esclarecimento deve ser feito quanto ao tipo de ajuda que o Tesouro dos EUA deu para os bancos. Não houve doação de dinheiro público. O governo se tornará credor das dívidas dos inadimplentes e deverá implantar programas de refinanciamento, de cobrança e de execução. Os devedores, sejam empresas ou pessoas, não ficarão livres da obrigação de pagar seus financiamentos, sobretudo a multidão de devedores do sistema hipotecário, que tem seus imóveis em garantia das dívidas. Ou seja, o governo irá receber de volta, ao longo do tempo, todo, ou quase todo, o dinheiro que injetou para salvar o sistema neste momento.

Prof. Economista José Pio Martins
Vice-Reitor
Universidade Positivo
pio@up.edu.br
41-3317-3010

3 de outubro de 2008

O fim do liberalismo? (II)

Continuando...

O SABER DOS ECONOMISTAS "AUSTRÍACOS"
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Ubiratan Iorio
sviluppo@ubiratanio rio.org

O mundo financeiro está em pânico e, como sempre acontece nas crises, os palpiteiros dão plantão em jornais, programas de TV, blogs e outros canais de comunicação. Com as altas proporções da crise financeira americana, que já se espraia pelo mundo, não poderia ser diferente. As galinhas neokeynesianas e as maritacas socialistas descem de seus poleiros e ninhos para anunciar - pela milésima vez - o "fim do capitalismo" , o fracasso do mercado e a derrocada do "Império", receitando, como sempre, mais intervencionismo do Estado na economia, ou seja, açúcar para portadores de diabete e cachaça para alcoólatras.. .

Seus barulhentos cacarejos e grasnidos, além de incomodarem nossos ouvidos, são, também como sempre, verdadeiras antologias de erros de avaliação e de confusão entre causas e efeitos.

A crise de hoje começou ontem, ou seja, quando o Fed manteve, por anos a fio, a taxa de juros artificialmente baixa, pensando que assim estaria, de acordo com o establishment acadêmico, estimulando a atividade econômica e perpetuando o crescimento sustentado da economia. Como é difícil lutar contra o establishment! Pois os sujeitos não aprendem com os erros do passado e se julgam os donos da verdade "científica". ..

Ludwig Von Mises, em sua "Teoria da Moeda e do Crédito", de 1912, já alertava que a prática de taxas de juros abaixo da que equilibraria a oferta e a demanda de fundos para empréstimos estimularia a economia durante algum tempo, mas provocaria inflação e desemprego no futuro. Hayek, no início dos anos 30, já vivendo em Londres, publicou "Prices and Production", em que refinava a teoria misesiana, dando origem ao que ficou conhecido como a Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos, aperfeiçoada depois por outros expoentes da Escola Austríaca, mas desconhecida por 999 entre 1000 economistas, cuja formação passou a ser exclusivamente macroeconômica, por influência das idéias expostas na Teoria Geral de Keynes, de 1936 e, a partir dos anos 50, por seus seguidores, bem como até por defensores do mercado, como Milton Friedman, os economistas da Escola de Chicago e Robert Lucas e os novos clássicos.

A causa principal, a meu ver, do esquecimento a que foi relegada a Escola Austríaca foram suas recomendações para eliminar o que ficou conhecido como a Grande Depressão dos anos 30: os governos deveriam abster-se de intervir na economia, deixando funcionar o sistema de preços livremente e o mercado reavaliar os valores dos recursos! Sim, isto significaria falências de bancos e de muitas empresas, mas falências fazem parte do jogo, a não ser que os contribuintes sejam convocados compulsoriamente a sustá-las, como o governo americano, mais uma vez, pretende fazer neste momento. É o processo, inevitável, de ajustamento, em que os maus investimentos feitos no passado, baseados em expansão monetária travestida de pseudo-poupanç a, precisam ser eliminados. Mas isto é impopular hoje, como era impopular nos anos 30, o que levou Roosevelt a adotar as recomendações intervencionistas de Keynes, muito mais palatáveis sob o ponto de vista político.

Assim, firmou-se a idéia de que os governos deveriam controlar a demanda "agregada", com base no "princípio da demanda efetiva" de Keynes e as corretas teses austríacas lançadas na gaveta do esquecimento, algo que nem a concessão, em 1974, do Nobel de Economia a Hayek conseguiu mudar. Desde os anos 30, praticamente todos os economistas são "keynesianos" , mesmo os monetaristas e os novos clássicos, que prezam a economia de mercado e nada têm de socialistas. .. Uma lástima, de conseqüências desastrosas não apenas para a academia, mas para a humanidade!


A história da crise de hoje não difere, em sua essência, daquela da Grande Depressão e foi plantada pelas políticas do Fed de manter as taxas de juros artificialmente baixas. Ora, juros baixos tornam viáveis projetos de longo prazo, cujos valores presentes são mais beneficiados do que os dos projetos de curto prazo. A construção civil, claramente, está no primeiro grupo. Assim, foi um negócio não natural, estimulado pelo governo americano. Mas, além dessa tentativa de aceleração forçada da prosperidade, as autoridades americanas imbuíram-se da idéia errada de que, se qualquer pessoa desejasse um empréstimo para comprar uma casa, o governo teria a obrigação de concedê-lo, mesmo que indiretamente, idéia que operacionalizou criando a Freddie Mac e a Fannie Mãe, empresas com status jurídico cinzento, já que eram geridas privadamente e tinham capital aberto, mas sempre foram protegidas pelo Estado, com o intuito de subsidiar os empréstimos. E o mercado - que, nessas horas, não falha - antecipou corretamente que tais empresas seriam socorridas pelo Estado em caso de dificuldades. Com medidas desse tipo - taxas de juros abaixo da inflação corrente e subsídios camuflados a hipotecas - qualquer economista conhecedor da tradição "austríaca" poderia detectar, há anos, que surgiriam graves problemas futuros.

E o futuro chegou! Em meados de 2006, as empresas de construção civil sentiram os efeitos da alta da taxa de juros ocorrida e também prevista pela teoria, decorrente do cabo-de-guerra ou disputa pelo crédito, como previram, por exemplo, entre inúmeros outros, os seguintes artigos, todos encontrados em http://www.mises. org/ : Who Made the Fannie and Freddie Threat?, de Frank Shostak, de 5 de março de 2004; Freddie Mac: A Mercantilist Enterprise, de Paul Cleveland, de 14 de março de 2005; Fannie Mãe: Another New Deal Monstrosity, de Karen De Coster, de 2 de julho de 2007 e How Gannie and Freddie Made Me a Grump Economist, de Christopher Westley, de 21 de julho de 2008.

No início de 2007, as empresas de financiamento imobiliário sofreram os impactos da política irresponsável do Fed, com a inadimplência das hipotecas. Em meados de 2007, a crise se transmitiu aos títulos lastreados naqueles empréstimos e, no início de 2008, a contaminação atingiu os mercados de crédito, mesmo com a reação keynesiana dos principais bancos centrais, expandindo o crédito. Neste mês de setembro, houve o colapso da centenária Lehman Brothers, a estatização da Fannie e da Freddie, a intervenção em uma das maiores seguradoras privadas (AIG) e, no momento em que escrevo estas linhas, o governo americano acaba de promover a maior intervenção já realizada em um banco naquele país, ao vender partes do Washington Mutual, cujas perdas são estimadas em cerca de US$ 30 bilhões, ao JP Morgan, que pagará US$ 1,9 bilhão por ativos do WM. Em maio último, o JP já comprara o Bear Stearns...

Em suma, o circo está pegando fogo e só há duas maneiras de tentar apagá-lo: a primeira seria deixar que o mercado o fizesse por si próprio, com as perdas, quebras e falências daí decorrentes, mas que teria o efeito de acabar com o incêndio e eliminar todas as suas causas. Exatamente o que Hayek propôs nos anos 30, mas que foi descartado pelos governos dos Estados Unidos e da Inglaterra, que preferiram apostar no pretenso remédio de Keynes.

A segunda é, naturalmente, a que o governo - ah, os governos! - de Bush preferiu, estimulado adicionalmente pelo fato de ser 2008 um ano de eleições: recorrer aos contribuintes e anunciar um plano de cerca de US$ 1 trilhão, mantendo a taxa de juros abaixo da inflação observada, já que as intervenções do Fed já não se mostram suficientes sequer para tentar reverter o irreversível, que é o ajuste de contas cobrado pelo processo de mercado. A história se repete. O cacarejar das galinhas keynesianas, o grasnar das maritacas anti-mercado e o elemento político, novamente, prevalecem sobre a racionalidade do processo de mercado.

Houve, como em qualquer período de expansão econômica, extraordinários ganhos privados, sob a batuta do Maestro Fed. Agora, na fase de contração, o regente Tesouro tenta reger atabalhoadamente a dodecafonia da socialização das perdas, diante da ameaça de pânico. Isto significará futuros aumentos de impostos para todos os americanos, os que ganharam no passado e os que nada têm a ver com o pato, além de um avanço no intervencionismo estatal na economia que, até o início do século passado, sempre foi citada como exemplo de uma economia realmente de mercado. E, pior, não apagará definitivamente o incêndio: muito pelo contrário, criará novos focos futuros.

Mas não me venham com a bobagem de atribuir a triste situação atual aos mercados ou ao capitalismo, porque ela foi provocada pelo governo! Qualquer estudante iniciado na Teoria Austríaca da Moeda e dos Ciclos Econômicos sabe disso. Mas, infelizmente, há poucos desses estudantes espalhados pelo mundo, pois nosso establishment acadêmico, desde os anos 30, vem preferindo modelar os alunos para irem a um supermercado e comprarem um quilo ou dois de PIB... É a tirania da macroeconomia, uma construção imaginária que, simplesmente, não existe no mundo real, em que não existe PIB, mas milhões de produtos, nem tampouco "a" taxa de juros, mas centenas delas, uma para cada tipo de operação e prazo.

O saber dos economistas austríacos precisa ser resgatado. Ele não curará todos os problemas, mas melhorará consideravelmente a maneira de encarar a economia do mundo real. E, conseqüentemente, melhorará a nossa vida.

O fim do liberalismo? (I)

Recebi três e-mails sobre o tema-título desta postagem e vou publicá-las aqui ao longo do dia.

Não sei se são verdadeiros ou não em termos de autoria, mas achei as idéias interessantes e as deixo aqui para que as pessoas pensem sobre o assunto...

O FIM DO LIBERALISMO?
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Nivaldo Cordeiro
nivaldocordeiro@terra.com.br


A severa crise financeira que se abateu sobre o mundo capitalista leva o observador a pensar os acontecimentos em perspectiva histórica. Estaríamos vivendo o equivalente ao que aconteceu em 1929? Se a resposta for positiva – e temo que seja verdadeira – é de se esperar todos os desdobramentos já vistos àquele tempo, inclusive no circuito de poder mundial. É bom lembrar que a crise de 1929 é uma das causas mais remotas da II Guerra Mundial. Foi o fim do Império Britânico.

Ou haverá algum paralelo com o fim do comunismo stalinista, com a queda do Muro de Berlim e o fracionamento do império soviético, no começo dos anos 90? Será que o modo de vida do Ocidente está entrando em colapso? Estamos vendo o fim último do liberalismo? Aqui as respostas não podem ser diretas. É claro que o epicentro da crise será nos EUA, secundado pela Europa. Daí concluir pelo fim do liberalismo há um salto espúrio.

Em primeiro lugar, a crise não é das instituições liberais, muito ao contrário. Uma das qualidades superlativas da ordem liberal é a sua capacidade de auto-regulação, seja no plano econômico, com sua mobilidade de preços, de capital e de mão-de-obra, seja no plano político, com a alternância de partidos no poder. Essa forma auto-regulada de existência tem sido o antídoto contra todas as crises e todos os surtos totalitários que ciclicamente assolam o Ocidente.

Em segundo lugar, é bom lembrar que a crise ora vivida tem origem precisamente na fuga da receita liberal. Os críticos mais competentes e isentos do que tem sido a política econômica dos EUA e da União Européia têm mostrado que esses países têm vivido além de suas possibilidades. Fizeram da capacidade de emissão de moeda fiduciária um modo de vida. As instituições bancárias “podres” só puderam persistir em face da abundância de dinheiro barato. É claro que isso levou a desindustrialização, tornando países como China e mesmo o Brasil plataformas de exportação e detentores de enormes superávits comerciais, contrapartida dos déficits gerados pelos países ditos ricos. Esses déficits espelham precisamente que os países passaram a viver além das suas posses. Claro que um desequilíbrio desses um dia cobraria sua conta. É chegada a hora.

Então a crise tem origem na traição do ideal liberal e não na sua prática. Emissão descontrolada de dinheiro, excesso de governo e de impostos, gastos descontrolados, tudo isso é sinônimo de socialismo e não de liberalismo. Há muito que o socialismo tomou conta dos países que agora estão em crise.

Aí que está a ironia da coisa: os inimigos do liberalismo acusam a este último de ser o causador daquilo que ele não poderia causar. Pior, para enfrentar a crise vêm com suas velhas receitas estatizantes e regulatórias, quando um liberal simplesmente daria de ombros e diria: “-Quem quebrou, quebrou”, fórmula que em um ano traria a economia de volta à prosperidade. Mas os inimigos do livre mercado não descansam e jogam nos ombros daqueles que lutam pela liberdade uma responsabilidade que é só deles mesmos.

A solução é uma só: reduzir o Estado, pelo lado da receita, da despesa e da regulação. É fazer retornar a velha ética liberal, que está na Bíblia: que cada um coma o suor de seu próprio rosto e que essa cambada de parasitas que vive dos impostos volte a trabalhar. Que se restaure o princípio da poupança individual para bancar o bem-estar das famílias e a aposentadoria dos velhos. Que cada um arque com as conseqüências de seus erros e incúrias. E de suas falências. O Estado não tem o direito de tomar dinheiro dos que trabalham e têm tirocínio para dar a vagabundos e parasitas. É simples assim.

A ética liberal é imorredoura porque é a única capaz de prover a humanidade de um instrumento racional para o exercício da liberdade. É a condição também da prosperidade. A crise atual é um aviso para que os homens voltem a viver dentro da realidade e não no delírio alucinado que tem por nome socialismo.

NIVALDO CORDEIRO: um espectador engajado

"Quando a propriedade legal de uma pessoa é tomada por um indivíduo, chamamos de roubo. Quando é feito pelo governo, utilizamos eufemismos: transferência ou redistribuição de renda." (Dr. Walter E. Williams é professor de economia na Universidade George Mason em Fairfax, Va, EUA.)


1 de outubro de 2008

:P

... E dá-lhe mais campanha...