6 de junho de 2008

Dilemas morais

(Original aqui.)

Dilemas morais

O que você faria se... Tente responder a 2 dilemas morais e descubra o que suas respostas (e a dos outros) dizem sobre a humanidade

No livro A Escolha de Sofia, de William Styron, uma prisioneira polonesa em Auschwitz recebe um "presente" dos nazistas: ela pode escolher, entre o filho e a filha, qual será executado e qual deverá ser poupado. Escolhe salvar o menino, que é mais forte e tem mais chances na vida, mas nunca mais tem notícias dele. Atormentada com a decisão, Sofia acaba se matando anos depois.

Dilemas morais, como a escolha de Sofia, são situações nas quais nenhuma solução é satisfatória. São encruzilhadas que desafiam todos que tentam criar regras para decidir o que é certo e o que é errado, de juristas a filósofos que estudam a moral.

Cada vez que um filósofo monta um sistema de conduta, procura algo que responda a todas as situações possíveis. O filósofo inglês John Locke (1632-1704), por exemplo, definiu o bem pela não-agressão, aquela idéia de que "minha liberdade começa onde termina a sua". Já Rosseau (1712-1778) considerava o certo a vontade geral, a decisão da maioria.

Agora os dilemas morais estão virando objeto de estudo de cientistas. E, para alguns deles, talvez os filósofos tenham trabalhado em vão ao se esforçar tanto para montar teorias morais.

É que, segundo novas pesquisas, raramente usamos a razão para decidir se devemos tomar uma atitude ou não. Analisando o cérebro de pessoas enquanto elas pensavam sobre dilemas, os pesquisadores perceberam que muitas vezes decidimos por facilidade, empatia ou mesmo nojo de alguma atitude. Duvida? A seguir, faça o teste com você mesmo, respondendo a 2 dilemas morais clássicos.

Um trem vai atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas sobre a linha. Mas você tem a chance de evitar a tragédia acionando uma alavanca que leva o trem para outra linha, onde ele atingirá apenas uma pessoa. Você mudaria o trajeto, salvando as 5 e matando 1?

Esse dilema moral foi apresentado a voluntários pelo filósofo e psicólogo evolutivo Joshua Greene, da Universidade Harvard.

"É aceitável mudar o trem e salvar 5 pessoas ao custo de uma? A maioria das pessoas diz que sim", afirma Greene em um de seus artigos. De fato, numa pesquisa feita pela revista Time, 97% dos leitores salvariam os 5. Fazer isso significa agir conforme o utilitarismo – a doutrina criada pelo filósofo inglês John Stuart Mill, no século 19. Para ele, a moral está na conseqüência: a atitude mais correta é a que resulta na maior felicidade para o máximo de pessoas.

Mas há um problema. A ética de escolher o mal menor tem um lado perigoso – basta multiplicá-la por 1 milhão. Você mataria 1 milhão de pessoas para salvar 5 milhões? Uma decisão assim sustentou regimes totalitários do século 20 que desgraçaram, em nome da maioria, uma minoria tão inocente quanto o homem sozinho no trilho. Além disso, o ato de matar 1 para salvar 5 é o oposto do espírito dos direitos humanos, segundo o qual cada vida tem um valor inestimável em si – e não nos cabe usar valores racionais ao lidar com esse tema.

Imagine a mesma situação anterior: um trem em disparada irá atingir 5 trabalhadores desprevenidos nos trilhos. Agora, porém, há uma linha só. O trem pode ser parado por algum objeto pesado jogado em sua frente. Um homem com uma mochila muito grande está ao lado da ferrovia. Se você empurrá-lo para a linha, o trem vai parar, salvando as 5 pessoas, mas liquidando uma. Você empurraria o homem da mochila para a linha?

Avaliando pela lógica pura, esse dilema não tem diferença em relação ao anterior. Continua sendo uma questão de trocar 1 indivíduo por 5. Apesar disso, a maioria das pessoas (75% nos estudos de Joshua Greene, 60% no teste da Time) não empurraria o homem. A equipe de Greene descobriu que, enquanto usamos áreas cerebrais relacionadas à “alta cognição”, isto é, ao pensamento profundo, para resolver o dilema anterior, este aqui provoca reações emocionais, mesmo nos que empurrariam o homem para os trilhos.

Uma versão mais bizarra desse dilema propõe uma catapulta para jogar o homem pesado nos trilhos – e, surpresa, a maioria das pessoas volta a querer matar 1 para salvar 5. Conclusão: estamos dispostos a matar com máquinas, mas não mataríamos com as mãos. Para Greene, a diferença nas respostas aos dois dilemas pode ser explicada pela seleção natural. Durante milhares de anos da nossa evolução, os seres humanos que matavam outros friamente atraíam violência para si próprios: eram logo mortos pelo grupo, gerando menos
descendentes.

Já aqueles que conseguiam se segurar conquistavam amigos e proteção, transmitindo seus genes para o futuro. Assim, ao longo dos milênios, criamos instintos sociais que nos refreiam na hora de matar alguém. Acontece que, na maior parte do tempo da nossa evolução, vivemos em cavernas e com lanças na mão, e não operando máquinas, botões ou alavancas. Isso faz com que nossos instintos sociais não relacionem o ato de apertar um botão ou puxar uma alavanca com o de jogar alguém para a morte – é por esse motivo que, para Joshua Greene, tanta gente mudaria a alavanca na situação anterior, mas não executaria o homem neste segundo dilema. “Os instintos sociais refletem o ambiente nos quais eles evoluíram, não o ambiente moderno”, afirma o cientista.

Ele dá outro exemplo. Achamos um absurdo não prestar socorro a alguém que sofreu um acidente na estrada, mas nos esquecemos rapidinho que milhares de pessoas morrem de fome na África. Para Greene, o motivo dessa disparidade também está nos instintos. “Nossos ancestrais não evoluíram num ambiente em que poderiam salvar vidas do outro lado do mundo. Da forma como nosso cérebro é construído, pessoas próximas ativam nosso botão emocional, enquanto as distantes desaparecem na mente.”

Para Greene, a diferença de atitudes mostra que os filósofos que lidam com a moral devem levar mais em conta a natureza do homem – não para agirmos conforme a natureza, mas para superá-la. Tendo consciência de que nossos instintos nos tornam capazes de matar friamente por meio de uma alavanca ou de ignorar genocídios distantes, temos mais poder para decidir o que é ou não correto.

Fonte: Revista Superinteressante junho/08

Piadinha (as mulheres não vão gostar)

Só por uma noite...

Um homem e uma mulher, que nunca tinham se encontrado, mas que  eram ambos casados com outras pessoas, foram alocados como passageiros numa mesma cabine de um trem transcontinental.

Embora inicialmente meio acanhados, envergonhados e desconfortáveis com aquela situação de compartilharem o mesmo aposento, ambos estavam muito cansados e caíram no sono rapidamente, ele no beliche superior e ela no inferior.

À 1:00 h da manhã, o homem se inclinou e gentilmente cutucou a mulher acordando-a dizendo:

- Desculpe-me o incômodo, mas você poderia pegar para mim no armário um cobertor extra? Estou morrendo de frio.

A mulher respondeu prontamente:
 
- Eu tenho uma idéia melhor. Somente esta noite, vamos fingir que eu e você somos casados?

Exclamou o homem:
 
- Uau! Esta é uma excelente idéia!

Respondeu a mulher:

- Ótimo! Então vá você mesmo buscar a porra do cobertor, seu merda!

Após um breve momento de silêncio, o homem peidou...
 
 

Pergunta eterna

Por que as pessoas acham que um elogio é a mesma coisa que dar em cima? Qual o problema em se fazer um comentário polido sobre a elegância de alguém e este alguém achar que você já quer "algo mais"? E mais ainda: por que cobram elogios se, quando estes são feitos, são mal interpretados e deturpados?
 
O povo é louco mesmo.
 
 

5 de junho de 2008

Frase do

"Para mim, as pessoas do mundo se dividem em dois grupos: o grupo daquelas pessoas que me amam e o grupo daquelas pessoas que ainda não me conhecem."

Ouvi no rádio hoje e adorei!!! :D

4 de junho de 2008

Ódio ou admiração?

Minha próxima história é ainda mais adequada, uma vez que fala de alguém que não era "líder", talvez não fosse nem membro do Partido. Aconteceu em Königsberg, na Prússia Oriental, um canto inteiramente diferente da Alemanha, em janeiro de 1945, poucos dias antes de os russos destruírem a cidade, ocuparem suas ruínas e anexarem toda a província. Essa história é contada pelo conde Hans von Lehnsdorff, em seu Ostpreussisches Tagebuch (1961). Ele havia ficado na cidade como médico para cuidar de soldados feridos que não podiam ser evacuados e foi chamado a um dos vastos centros de refugiados do campo, que já estava ocupado pelo Exército Vermelho. Lá, foi perseguido por uma mulher que lhe mostrou uma veia varicosa que tinha havia anos e que queria tratar agora, porque tinha tempo. "Tentei explicar que seria mais importante para ela sair de Königsberg e deixar o tratamento para depois. 'Aonde você quer ir?', perguntei a ela. Ela não sabe, mas sabe que serão todos levados para o Reich. E acrescenta, surpreendentemente: 'Os russos nunca vão nos pegar. O Führer nunca vai permitir. Antes disso ele nos põe na câmara de gás'. Olho em volta, disfarçando, mas ninguém parece achar a frase fora do comum." Dá para sentir que a história, como toda história verdadeira, está incompleta. Devia haver uma outra voz, de preferência feminina, que, suspirando profundamente, respondesse: "E agora todo aquele gás tão bom e tão caro é desperdiçado com judeus!".

ARENDT, Hanna. Eichmann em Jerusalém. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. Pág.127.

3 de junho de 2008

Confusões

Há pessoas que acham que, por eu não ter estado concentrado e, portanto, não ter conseguido vencer num jogo, vão conseguir me vencer facilmente...

... Doce ilusão!

:P

2 de junho de 2008

Apenas uma imagem...

1 de junho de 2008

... E para continuar a tristeza...

1) Não me senti muito bem hoje ao final da tarde.

2) O São Paulo apenas empatou com o Santos (mas, do jeito que a coisa tá, que ótimo!).

3) Meu braço e pulso direito começaram a doer (não sei o por quê).

4) Como não me senti bem hoje, não entrei em contato com quem precisava entrar, e ficou parecendo que não estou nem aí.

5) Meus pais foram embora, e as saudades já apertaram.

6) Não vou ter mais comidinha da mamãe!!! :(

Oh vida cruel...

Tristeza...

Sei que dirão que não há motivos para estar triste, mas juro que fiquei!

Fui jogar um pouco de Need for Speed hoje, mais cedo, e precisava realizar determinadas "tarefas" no jogo para conseguir passar de fase.

Pois logo na primeira tentativa consegui fazer tudo, e da maneira mais perfeita possível. Fiquei orgulhoso de mim mesmo! Demorou 17 minutos pra eu conseguir, mas é assim mesmo.

Porém, como todo jogo é sacana, na hora de salvar... O jogo travou e perdi tudo. Fiquei jogando mais 2 horas, e não consegui repetir meu desempenho.

Fiquei triste :(

Para começar bem o mês