29 de abril de 2009
28 de abril de 2009
26 de abril de 2009
25 de abril de 2009
O valor da vírgula
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Uma vírgula muda tudo.
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24 de abril de 2009
Um meio ou uma desculpa
Postado por Matheus Passos às 18:16 2 comentários
Marcadores: pensamentos, reflexão
Qual vilão eu sou?
Your results:
You are Dr. Doom
| Blessed with smarts and power but burdened by vanity. |
Click here to take the "Which Super Villain are you?" quiz...
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Marcadores: vilão
23 de abril de 2009
O pau quebrando no STF
Postado por Matheus Passos às 00:16 0 comentários
Marcadores: Justiça Brasileira
22 de abril de 2009
Para ler e pensar
Postado por Matheus Passos às 23:06 0 comentários
Marcadores: política
Não sei se é verdade...
Postado por Matheus Passos às 15:40 0 comentários
21 de abril de 2009
Relembrando...
Postado por Matheus Passos às 23:27 1 comentários
Marcadores: Bíblia, pensamentos
17 de abril de 2009
16 de abril de 2009
15 de abril de 2009
13 de abril de 2009
12 de abril de 2009
A crise metafísica
Os tempos atuais oferecem razões para a consciência de crise, que, nos últimos tempos perpassa o mundo. Em primeiro lugar, emerge o paradoxo central da civilização que construímos: o desenvolvimento tecnológico aumentou a distância entre os homens, aprofundou o fosso entre ricos e pobres. Ao mesmo tempo que foram criadas imensas possibilidades para a ação do homem no mundo, a fome, a miséria e a pobreza se alastram reduzindo milhões de pessoas a situações estúpidas, onde é permanente a ameaça de destruição da vida.
O próprio avanço tecnológico tornou possível a atual "revolução tecnológica" (informática, cibernética, robótica), que efetivou a combinação de altíssimo grau de desenvolvimento tecnológico, fazendo da ciência e da tecnologia as primeiras fontes produtoras de riqueza, o que aumentou consideravelmente a produtividade do trabalho humano, com a super-exploração ou mesmo com o desemprego estrutural: o mercado de trabalho é, hoje, mais do que nunca, um mecanismo de seleção, pois o mundo da indústria já tem condições técnicas de dispensar a maior parte dos trabalhadores, exigindo dos que sobram níveis crescentes de qualificação, o que faz de nossas formações sociais não só sociedades produtoras de mercadoria, mas sociedades de informação e de saber.
As conseqüências desse processo são dramáticas: a marginalização de milhões de pessoas do atual estágio de desenvolvimento da humanidade, o que se traduz em falta de moradia, de educação, de lazer, de cultura, de emprego. Nesses tempo difíceis criou-se uma palavra para exprimir o novo desta situação: exclusão, fenômeno que se torna visível na apartação social que caracteriza muitas sociedades.
Não são fenômenos de hoje as inúmeras situações de violência de todos os tipos, o massacre de crianças e adolescentes, o abandono de crianças nas ruas, a situação humilhante nos presídios, a discriminação de raças, as diferentes formas de opressão das mulheres, a intransigência cultural, a negação sistemática da diversidade, a rejeição da alteridade, a perseguição de minorias de raça, de sexo, de etnia, de dissidentes aos regimes e a sistemática destruição da natureza?
Hoje, a humanidade já sabe que a universalização dos padrões de desenvolvimento e de consumo do mundo desenvolvido conduzirá a um apocalipse ecológico: o crescimento demográfico acoplado a uma série de fenômenos, que são conseqüências inevitáveis da sistemática imposição do homem sobre a natureza e de sua destruição, como o aquecimento da atmosfera, a contaminação da água com produtos químicos, a diminuição dos produtos de alimentação, a longo prazo, numa palavra, a vitória cada vez maior do homem sobre o outro de si, a natureza, conduz à auto-destruição, inclusive também porque o homem é um ser de natureza.
Para onde caminha a humanidade? O que aqui está em jogo parece ser o questionamento radical de uma determinada cultura entendida como modo determinado de interpretar o existir do homem na história. Trata-se de uma ameaça global, que nos leva a retomar a pergunta pela validade sentido-fundamento, que a cultura moderna nos legou e que se exprimiu filosoficamente na "metafísica da modernidade", a filosofia da subjetiviade.
Assim, a crise é uma crise do sentido da vida humana, de sua inserção na natureza, no meio ambiente, em última instância, no todo da realidade, uma crise dos critérios fundamentais de seu agir, é uma crise do referencial último de seu existir, é, por isto, uma crise "metafísica", enquanto aquela instância que levanta a pretensão de tematizar os pressupostos intranscendíveis do pensar, do falar, do ser e do agir do homem no mundo, o que implica uma tematização dos princípios últimos da realidade enquanto tal.
Helder Salvador é professor de Filosofia da Faculdade Salesiana de Vitória
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Dancing Heroes
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10 de abril de 2009
7 de abril de 2009
Chame-me de "canalha"
É um defeito, mas nada mais delicioso do que ouvir de uma mulher: "CANALHA!"
Ser chamado de "canalha" por uma voz feminina é o domingo da língua portuguesa. O som reboa redondo. Os lábios da palavra são carnudos. Vontade de morder com os ouvidos. Aproximar-se da porta e apanhar a respiração do quarto pela fechadura.
Canalha, definitivo como um estampido, como um tapa. Não ser chamado de canalha pela maldade, mas por mérito da malícia, como virtude da insinuação, pelo atrevimento sugestivo. Não o canalha canalha, mas o ca-na-lha, sem repetição. Único. Irrepetível. Não o canalha que deixa a mulher, o canalha que permanece junto. O canalha adorável que ultrapassou o sinal vermelho para levá-la. O canalha que é rude, nunca por falta de educação, para acentuar a violência do amor. Canalha por opção, não devido a uma infelicidade e limitação intelectual. Canalha em nome da inteligência do corpo.
O canalha. Como um elogio. Um elogio para dizer que é impossível domesticar esse homem, é impossível conter, é impossível fugir dele. Canalha como pós-graduação do "sem-vergonha".
Bem diferente de crápula, que não é sensual e define o mau-caratismo indelével, ou do cafajeste, alguém que não presta nem para ser canalha, de índole egoísta e aproveitadora.
Eu me arrepio ao escutar canalha. Um canalha que significa o contrário do dicionário. Nem perca tempo consultando o Aurélio e o Houaiss, que não incluem o sentimento da pronúncia. Estou falando do canalha que suscita aproximação, abraço, desejo. Um canalha que é um pedido de casamento entre as vogais.
É pelas expressões que se define a segurança masculina. Sempre duvidei de homem que diz que vai fazer xixi. Xixi é coisa de criança. Eu não represo a gargalhada quando um amigo adulto e de vida feita comenta que vai fazer xixi. Imagino o cara sentado. Infantil, como Ivo viu a uva. Já urinar é muito laboratorial. Prefiro mijar, direto, rápido e verdadeiro. As árvores mijam. Os relâmpagos mijam. Os cachorros mijam para demarcar seu território. Aliás, o correto é não anunciar, ir ao banheiro apenas, para evitar constrangimentos vocabulares.
Canalha funciona como uma agressão íntima. Uma agressão afetuosa. Uma provocação. Não se está concluindo, é uma pergunta. Canalha é uma interrogação gostosa.
Não ficarei triste se esquecer meu nome: chame-me de canalha.
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6 de abril de 2009
Religião ou fé?
Mas eis que Jesus se quis mostrar, por um instante ao menos, ao povo sofredor e miserável, ao povo mergulhado nos pecados, mas que O ama ingenuamente. A ação; passa-se na Espanha, em Sevilha, na época mais terrível da Inquisição, quando todos os dias, para glória de Deus, se acendiam as fogueiras e "os medonhos hereges ardiam em soberbos autos-de-fé". Oh! não foi assim que prometeu voltar, no fim dos tempos, em toda a Sua glória, subitamente, "como um relâmpago que brilha de Oriente a Ocidente". Não; quis visitar Seus filhos, precisamente no lugar em que crepitavam as fogueiras dos hereges. Na Sua infinita misericórdia, volta para entre os homens com a forma que tinha durante os três anos de vida pública.
(...)
Os taciturnos ajudantes e a guarda do Santo Ofício seguem-no a respeitosa distância. Pára diante da multidão e observa-a de longe. Viu tudo, o caixão pousado perante Ele, a ressurreição da criança – e a face tornou-se-lhe sombria. Franze as espessas sobrancelhas e os olhos brilham-lhe com sinistro clarão. Aponta-O com o dedo e ordena aos guardas que O prendam. Tão grande é o seu poder e tão habituado está o povo a submeter-se, a obedecer-lhe, tremendo, que a multidão se afasta diante dos esbirros; estes, no meio de um silêncio de morte, seguram-n'O e levam-n'O. Como um só homem, o povo inclina-se até o chão diante do velho inquisidor que o abençoa sem dizer palavra e prossegue o seu caminho. Conduzem o Preso ao velho e sombrio edifício da Inquisição, metem-n'O em estreita cela abobadada.
(...)
De súbito, nas trevas, abre-se a porta de ferro do calabouço e o grande inquisidor aparece, com um archote na mão. Está só e a porta se fecha por trás dele. Pára no limiar, considera longamente a Face Sagrada. Por fim, aproxima-se, pousa o archote na mesa e diz-Lhe:
— És Tu, és Tu? — E, como não recebe resposta, acrescenta rapidamente: — Não digas nada, cala-Te. De resto, que poderias Tu dizer? Já o sei de mais. Não tens o direito de juntar uma palavra ao que disseste outrora. Porque vieste incomodar-nos? Bem sabes que nos incomodas. Mas, sabes o que acontecerá amanhã? Ignoro quem és e nem quero sabê-lo: és Tu ou somente a Sua aparência? Mas amanhã hei-de condenar-Te e serás queimado como o pior dos heréticos e o mesmo povo que hoje Te beijava os pés se precipitará amanhã, a um sinal meu, para deitar lenha na fogueira. Sabes tudo isso? Talvez — diz ainda o velho, pensativo, com os olhos sempre fixos no Preso.
— E o Preso não diz nada? Contenta-se em olhar?
— Decerto. Não tem outra coisa a fazer senão calar-se. O próprio velho lhe faz observar que não tem o direito de juntar nem mais uma palavra ao que disse antigamente. Na minha humilde opinião, é esta talvez a característica fundamental do catolicismo romano: "Tudo foi transmitido por Ti ao papa, tudo depende agora do papa; não venhas incomodar-nos, antes do tempo, pelo menos." Tal é a doutrina deles; em qualquer caso, é a dos Jesuítas; encontrei-a nos seus teólogos. "Tens Tu o direito de nos revelar um só dos segredos do mundo donde vens?" — pergunta o velho que logo responde em lugar do Outro: "Não, não tens o direito de o fazer, porque esta revelação se juntaria à de outrora, e isso seria retirar aos homens a liberdade que tanto defendias na Terra. Todas as Tuas novas revelações infringiriam a liberdade da fé, porque pareceriam miraculosas; ora, Tu punhas acima de tudo, há quinze séculos, esta liberdade da fé". Não disseste Tu muitas vezes: "Quero tornar-vos livres"? Pois bem: lá os viste, aos homens "livres" — acrescenta o velho, com um ar sarcástico. Sim, custou-nos caro — prossegue, olhando-O, com severidade, mas, enfim, sempre completámos em Teu nome esta obra. Foram necessários quinze séculos de rude trabalho para instaurar a liberdade; mas está pronto, e bem pronto. Não crês? Olhas-me com brandura, sem mesmo dares a honra de Te indignares? Mas é bom saberes que nunca os homens se julgaram tão livres como hoje, e, contudo, depuseram a nossos pés, humildemente, a sua liberdade. É esta a nossa obra, na verdade; é a liberdade que Tu sonhavas?
(...)
Trecho de "O grande inquisidor", inserido na obra "Os irmãos Karamazov", de Fyodor Dostoievski
... O tempo passa, e as coisas continuam as mesmas: mais importa a religião do que a fé.
Postado por Matheus Passos às 18:14 0 comentários
Marcadores: Dostoievski, fé, religião
5 de abril de 2009
4 de abril de 2009
Do medo (II)
É principalmente quando sob a sua influência recobramos a coragem que ele nos tirara contra o que o dever e a honra determinavam, que o medo revela sua ação mais intensa. Na primeira batalha séria que tiveram – e perderam – os romanos contra Aníbal, sob o consulado de Semprônio, um exército de cerca de 10.000 infantes, tomado de pavor, debandou e, na sua covardia, não descobrindo por onde passar, jogou-se contra o grosso do inimigo. Tanto e tão bem fez que, depois de matar grande número de cartagineses, rompeu-lhes as fileiras, pagando uma fuga vergonhosa com os mesmos esforços que teriam de fazer para alcançar uma vida gloriosa.
O medo é a coisa de que mais medo tenho no mundo. Ele ultrapassa, pelos incidentes agudos que provoca, qualquer outra espécie de acidente. Que aflição será mais penosa e justificável do que a dos amigos de Pompeu, testemunhas em seu próprio navio de horrível massacre? No entanto, o medo que lhes causou a aproximação das velas egípcias abafou neles esse sentimento, a tal ponto que se observou terem pensado apenas em instar os marinheiros para que, à força de remos, lhes facilitassem a fuga até chegarem a Tiro e, já sem receios, tiveram o lazer de meditar sobre a perda sofrida e dar livre curso aos lamentos que as lágrimas que o medo, mais forte do que a dor, paralisara. Os que têm motivo para temer a perda de seus bens, o exílio ou a servidão, vivem em constante angústia. Não comem nem bebem, nem dormem, enquanto em idênticas circunstâncias, os pobres, os banidos, os servos, continuam a viver, não raro tão alegremente como de costume. Quantas pessoas, atormentadas pelas fustigações do medo, não se enforcaram, se afogaram ou se atiraram em precipícios, demonstrando ser o medo mais importuno e insuportável do que a própria morte!
Os gregos admitem um outro tipo de medo, que não provém de um erro de nosso raciocínio, mas ocorre sem causa aparente e por vontade dos deuses. E povos inteiros e exércitos inteiros o experimentam. Dessa ordem foi o que provocou em Cartago tão prodigiosa desolação. Só se ouviam gritos de pavor; os habitantes precipitavam-se fora de suas casas, como a um sinal de alarma, e se atacavam mutuamente, e se feriam, e se matavam, como se inimigos houvessem entrado na cidade. A desordem e o tumulto imperavam. E a isso, que só findou quando, mediante preces e sacrifícios, conseguiram acalmar a cólera dos deuses, chamam os gregos "Terror Pânico".
Postado por Matheus Passos às 13:27 0 comentários
3 de abril de 2009
Do medo (I)
Montaigne
"Tomado de estupor, fiquei de cabelos arrepiados e sem voz." (Virgílio). Não sou muito versado no estudo da natureza humana, como dizem, e ignoro de que maneira o medo atua em nós. Certo é que se trata de estranho sentimento. Nenhum, afirmam os médicos, nos projeta tão precipitadamente fora do bom-senso. E em verdade vi muita gente tornada insensata pelo medo. Mesmo entre os mais assentados, provoca ele terríveis alucinações.
Ponho de lado o homem vulgar, ao qual faz o medo que ora veja seus antepassados saírem do túmulo, envolvidos em seus sudários, ora lobisomens, gnomos, quimeras. Mesmo, porém, entre os soldados, sobre os quais o medo deveria ter menor influência, quantas vezes não transformou ele um rebanho em um esquadrão encouraçado? E caniços e bastões em policiais e lanceiros? E nossos amigos em inimigos, e a cruz vermelha em cruz branca?
Quando o Senhor de Bourbon tomou Roma, o porta-estandarte encarregado da guarda do subúrbio de São Pedro foi tomado de tal pavor ao primeiro alerta que, passando através de um buraco no muro em ruínas, saiu da cidade carregando seu estandarte e marchou ao encontro do inimigo, convencido de que se dirigia para o interior da praça forte. Vendo a gente do Senhor de Bourbon se aprestar para a batalha, voltou a si e, na crença que os defensores tentavam uma sortida, virando as costas entrou de novo pelo mesmo buraco na cidade de que se afastara 300 passos. O Porta-estandarte do capitão Júlio não se saiu tão bem quando o Conde de Bures e o Senhor Du Reu tomaram São Paulo. Desesperado de medo, lançou-se fora da cidade pela canhoneira, de estandarte na mão, e foi dar em cheio nos assaltantes, que o fizeram em pedaços. Nesse mesmo lugar verificou-se um caso extraordinário: o medo surpreendeu, agarrou, e a tal ponto paralisou um fidalgo que este caiu morto repentinamente, e sem o menor ferimento, do baluarte em que se achava. Em um encontro dos germânicos com os alemães, duas frações importantes de suas tropas, postadas em pontos diferentes, fugiram apavoradas, em direção uma da outra e acabaram por se chocar.
Ora, o medo põe asas nos nossos pés, como no caso dos porta-estandartes, ora nos prega no solo e nos imobiliza, como aconteceu com o Imperador Teófilo. Batido em uma batalha contra os agarenos, ficou tão estupefato e transido que não podia decidir-se a fugir "tanto se apavora o medo daquilo que lhe pode ajudar"(Quinto Cúrcio). E assim permaneceu até que Manuel, um de seus principais chefes, o sacudiu como para acordá-lo de um sono e lhe disse: "Se não me seguires eu vos matarei; pois é melhor que percais a vida a serdes prisioneiro e correrdes o risco de perder o império."
(Continua...)
Postado por Matheus Passos às 13:26 0 comentários
2 de abril de 2009
A todos
Primeiro de abril!
Hehehe.
Postado por Matheus Passos às 14:46 1 comentários
Marcadores: piadas
1 de abril de 2009
Cansei
Postado por Matheus Passos às 17:08 1 comentários