25 de outubro de 2007

Notícia para mudar o mundo

(Original aqui)

Peixes também sofrem com insônia, afirmam biólogos
Paulistinhas que possuem mutação em gene dormem 30% menos que peixes normais.
Descoberta pode ajudar a entender função evolutiva do ato de dormir.

Os peixes podem não ter pálpebras, o que os impede de fechar os olhos, mas eles dormem -- e alguns sofrem de insônia, afirma uma nova pesquisa.

Cientistas da Califórnia que estudam problemas de sono em humanos descobrirem que certos paulistinhas (Danio rerio), peixinhos ornamentais muito comuns nos aquários do mundo todo, possuem uma variante genética que atrapalha seus padrões de sono de forma similar à insônia humana.

Os paulistinhas que possuem o gene alterado dormem 30% menos que os peixes sem a mutação. Quando os peixes finalmente pegam no sono, permanecem dormindo durante apenas metade do tempo normal para outros peixes, afirmam os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Stanford.

Os peixes mutantes não possuem o receptor ("fechadura" química) da hipocretina, substância que é produzida nos neurônios dos peixes normais, mais especificamente na região do cérebro que controla a fome, o sexo e outros comportamentos básicos.

Para Emmanuel Mignot, líder da equipe de pesquisa, a descoberta pode ajudar a entender como o sono surgiu ao longo da evolução. "Muita gente se pergunta por que dormimos, e qual a função do sono", diz ele. "Acho que é mais importante entender primeiro como o cérebro produz e regula o sono. Isso provavelmente vai nos dar pistas importantes sobre como e talvez por que o sono apareceu na evolução e é tão universal", conta.

A pesquisa está na revista científica "PLoS Biology".


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