Uma das poucas coisas que me deixam realmente irritado responde pelo nome de "aluno". Pode parecer contraditório eu ser professor e dizer que o "aluno" é uma das coisas que mais me deixa irritado, mas isto não é contradição, como irei mostrar logo abaixo.
Em todas as turmas existe o grupinho dos alunos que não estão nem aí pra nada. São os alunos que estão, literalmente, comprando o diploma: vão pra faculdade porque não têm mais nada de útil pra fazer no horário, só pode. Pois não têm interesse algum. E acabam atrapalhando a aula.
Hoje foi um dia terrível, neste ponto. Estou eu dando aula sobre regras da ABNT. Eu sei que, no início, é um conteúdo chato -- digo "no início" porque, uma vez acostumado com as regras, não tem mais como errar, a coisa se torna automática. Mas no início é um conteúdo chato, cansativo, que demanda atenção porque tem um monte de regrinhas, de detalhezinhos, que se não forem analisados e -- para meu pesar -- explicados, contarão como pontos negativos em qualquer trabalho para o qual tais regras sejam exigidas.
Enfim, lá estou eu dando aula, e no segundo horário começa um zun-zun-zun além do normal no laboratório. Peço silêncio, tento explicar a importância do assunto, e o silêncio vem mas, tão rápido quanto veio, se vai, e o zun-zun-zun recomeça. Peço silêncio de novo, pergunto se o povo tem dúvidas ou não, e vejo que a grande maioria, ao invés de estar com a regra da ABNT aberta em sua frente, na verdade está lendo quadrinhos, lendo notícias, lendo e-mail, programando, vendo videozinhos... Aì a irritação já começa.
A irritação começa porque um começa a ver um vídeo, mostra pro outro, o outro chama o terceiro, e de repente o zun-zun-zun atrapalha toda a aula. E a irritação aumenta, e se perpertua, porque quando eu pergunto se o povo tem dúvidas ou não, ninguém diz nada. Ficam calados, com cara de bunda, sem nem mesmo dizer se têm ou não dúvidas. Sei que não entenderam nada; estão ali passando o tempo, gastando o dinheiro e perdendo tempo, jogando fora uma oportunidade que, em nosso país, apenas uma elite tem acesso. E acham tudo normal, natural, "depois damos um jeito pra passar", e assim a coisa continua...
Irrito-me porque vejo pessoas que têm potencial e, mesmo assim, preferem ficar vendo videozinhos na net. Ok, videozinhos são fundamentais, são importantes, mas não no horário da aula... Irrito-me porque as pessoas não pensam sobre o conteúdo da aula, acham que o conhecimento irá entrar no cérebro deles como se transferíssemos um arquivo de um pen drive pra um hd... Irrito-me porque vejo pessoas que pagam e, mesmo pagando, não dão o mínimo valor ao trabalho dos outros, ao meu trabalho!
Irrito-me agora, mas ao mesmo tempo sinto um certo gostinho bom na boca. Só de lembrar que, em breve, serei eu a avaliá-los... É uma sensação de poder muito grande, e é um razoável poder também na prática, o poder do professor. O poder de, com uma canetada, chegar ao ponto de definir o futuro de uma pessoa (como eu já fiz, para o bem e para o mal). O poder de definir, de uma hora pra outra, dependendo do humor, se o indivíduo vai crescer na vida ou se vai se afundar mais ainda na lama na qual já se encontra... E não nego, é bom sentir este poder, é bom saber que, em uma hora ou outra, poderei "dar o troco". E eu realmente dou o troco -- não por vingança, ou não apenas por vingança, hehehe, mas sim como professor exigente que sou. E continuarei sendo, "mostrando menos os dentes", como minha avó dizia, e exigindo dentro daquilo que eu dei em sala de aula...
Os alunos que se preparem!
Em todas as turmas existe o grupinho dos alunos que não estão nem aí pra nada. São os alunos que estão, literalmente, comprando o diploma: vão pra faculdade porque não têm mais nada de útil pra fazer no horário, só pode. Pois não têm interesse algum. E acabam atrapalhando a aula.
Hoje foi um dia terrível, neste ponto. Estou eu dando aula sobre regras da ABNT. Eu sei que, no início, é um conteúdo chato -- digo "no início" porque, uma vez acostumado com as regras, não tem mais como errar, a coisa se torna automática. Mas no início é um conteúdo chato, cansativo, que demanda atenção porque tem um monte de regrinhas, de detalhezinhos, que se não forem analisados e -- para meu pesar -- explicados, contarão como pontos negativos em qualquer trabalho para o qual tais regras sejam exigidas.
Enfim, lá estou eu dando aula, e no segundo horário começa um zun-zun-zun além do normal no laboratório. Peço silêncio, tento explicar a importância do assunto, e o silêncio vem mas, tão rápido quanto veio, se vai, e o zun-zun-zun recomeça. Peço silêncio de novo, pergunto se o povo tem dúvidas ou não, e vejo que a grande maioria, ao invés de estar com a regra da ABNT aberta em sua frente, na verdade está lendo quadrinhos, lendo notícias, lendo e-mail, programando, vendo videozinhos... Aì a irritação já começa.
A irritação começa porque um começa a ver um vídeo, mostra pro outro, o outro chama o terceiro, e de repente o zun-zun-zun atrapalha toda a aula. E a irritação aumenta, e se perpertua, porque quando eu pergunto se o povo tem dúvidas ou não, ninguém diz nada. Ficam calados, com cara de bunda, sem nem mesmo dizer se têm ou não dúvidas. Sei que não entenderam nada; estão ali passando o tempo, gastando o dinheiro e perdendo tempo, jogando fora uma oportunidade que, em nosso país, apenas uma elite tem acesso. E acham tudo normal, natural, "depois damos um jeito pra passar", e assim a coisa continua...
Irrito-me porque vejo pessoas que têm potencial e, mesmo assim, preferem ficar vendo videozinhos na net. Ok, videozinhos são fundamentais, são importantes, mas não no horário da aula... Irrito-me porque as pessoas não pensam sobre o conteúdo da aula, acham que o conhecimento irá entrar no cérebro deles como se transferíssemos um arquivo de um pen drive pra um hd... Irrito-me porque vejo pessoas que pagam e, mesmo pagando, não dão o mínimo valor ao trabalho dos outros, ao meu trabalho!
Irrito-me agora, mas ao mesmo tempo sinto um certo gostinho bom na boca. Só de lembrar que, em breve, serei eu a avaliá-los... É uma sensação de poder muito grande, e é um razoável poder também na prática, o poder do professor. O poder de, com uma canetada, chegar ao ponto de definir o futuro de uma pessoa (como eu já fiz, para o bem e para o mal). O poder de definir, de uma hora pra outra, dependendo do humor, se o indivíduo vai crescer na vida ou se vai se afundar mais ainda na lama na qual já se encontra... E não nego, é bom sentir este poder, é bom saber que, em uma hora ou outra, poderei "dar o troco". E eu realmente dou o troco -- não por vingança, ou não apenas por vingança, hehehe, mas sim como professor exigente que sou. E continuarei sendo, "mostrando menos os dentes", como minha avó dizia, e exigindo dentro daquilo que eu dei em sala de aula...
Os alunos que se preparem!
Um comentário:
Liga o foda-se para os alunos. Deixa eles perceberm bem tarde a merda que fizeram. De qualquer forma você receberá seu sálario mesmo, então não deixe isso te magoar e te desanimar diante dessa profissão tão bonita.Esse lance de brasileiro não querer nada com a vida acadêmica é normla, são uns lixos mesmos. Você não deve ser por estar a onde está, então liga o foda-se de verdade tá?. Conselhos sábios, vai por mim, são de fonte segura!!
Kukla
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