28 de setembro de 2007

E assim o país vai pra frente

(Original aqui)

Em universidade, Lula diz que 'diploma' não é decisivo na política
Para presidente, criou-se 'dogma' ao ligar presidência ao diploma universitário.
Ele visitou nesta sexta obra de Universidade Federal do ABC (UFABC).

Durante visita nesta sexta-feira (28) à obra da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu a sua origem humilde para dizer que, mesmo sem diploma, chegou à presidência da República. Para ele, anos de escola não seriam decisivos na vida política.

“Sei o tanto que fui vítima de preconceito neste país. Criou-se um dogma de que só poderia ser presidente quem tivesse um diploma universitário", disse o presidente. "Os anos de escola servem para um milhão de coisas, mas, para decisão política, é preciso, antes de tudo, saber de que lado se está e saber se tem consciência ou não”, afirmou.

Em seu discurso, Lula comparou novamente sua formação e seu desempenho no governo. “Parece ironia do destino um metalúrgico que não tem diploma universitário passar para a história como o presidente que mais fez universidades e escolas técnicas”, disse Lula diante de professores e estudantes da universidade, que tem alguns cursos em andamento desde o ano passado, mas em outra unidade.

Mais federais

O presidente ressaltou os programas do governo na área de educação dizendo que até 2010 o país terá 10 universidades federais novas e mais 214 escolas técnicas. Ele estava acompanhado do ministro da Educação, Fernando Haddad, do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, e do deputado federal Frank Aguiar (PTB-SP).

Lula criticou os governos anteriores que, segundo ele, não investiram no ensino. “Não podiam fazer porque gastava muito. A contradição é que em cada centavo investido hoje na educação, vamos arrecadar 100 vezes mais daqui a quatro anos, quando o aluno estiver formado”, afirmou. O presidente reconheceu que “o conhecimento custa dinheiro”, mas disse que prefere investir em salas de aula a celas de cadeias.


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