27 de maio de 2007

Nova postagem educativa

(Original aqui)

"Nero Cláudio César Augusto Germânico ou Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus (15 de Dezembro 37 - 9 de Junho 68) foi o quinto Imperador Romano entre 54 e 68.

"Nascido em Âncio com o nome de Lúcio Domício Enobarbo, era descendente de uma das principais famílias romanas, pelo pai Gneu Domício Enobarbo (Gnæus Domitius Ænobarbus, do latim Ahenus: de cobre, ruivo + barba) e da família imperial Júlio-Claudiana através da mãe Agripina, a Jovem, filha de Germânico e neta de César Augusto.

"A ascensão política de Nero começa quando Agripina incentiva o marido, o imperador Cláudio, a adotá-lo e escolhê-lo seu sucessor, após desmoralizar os partidários de Britânico, filho de Cláudio, e seduzir seu próprio filho a se casar com Otávia, filha do imperador. Quando Cláudio, sogro e padrastro de Nero, morreu em 54, provavelmente assassinado pela própria Agripina, Nero foi proclamado imperador sem oposição. Segundo a historiografia tradicional, no início foi um bom governante, sob orientação de sua mãe, de seu preceptor, o filósofo Sêneca, e do prefeito pretoriano Burrus. Quando começou a sofrer influência do prefeito do pretório Ofônio Tigelino, sua conduta degenerou-se.

"A paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores Tibério e Calígula, foi se instalando em Nero. Desencadeou uma série de assassinatos, incluindo do próprio Britânico (em 55), da sua mãe Agripina (em 59, após várias tentativas) e de sua esposa (em 62). Afastou-se de Sêneca e foi acusado de ter provocado, em 64, o grande incêndio de Roma, que destruiu dois terços da cidade, na esperança de reconstruí-la com esplendor. A pretexto do desastre, Nero iniciou a primeira e intensa perseguição aos cristãos. Embora se acreditasse que Nero foi o responsável, os estudiosos atuais duvidam da veracidade da acusação. Para Massimo Fini, as calúnias contra Nero foram inventadas por Tácito, Suetônio e historiadores cristãos. Fato é que os cristãos, não sem razão, atribuem-lhe a figura de protótipo do anticristo, pois foi em seu reinado que os cristãos sofreram sua primeira grande perseguição e São Pedro, assim como São Paulo, foram martirizados, o primeiro crucificado no muro central do Circo de Nero e o segundo, por ser cidadão Romano, decapitado na Via Ostiense.

(...)

"Em 68, a sua situação como imperador era insustentável. Sérvio Sulpício Galba, o governador da província romana da Hispania, decidiu tomar a iniciativa e marchou contra Roma, à frente de um enorme exército. O Senado seguiu o rumo dos acontecimentos e declarou Nero nefas e persona non grata, o que na prática o tornava num inimigo público, e reconheceu Galba como novo imperador. Sem apoio de nenhum dos quadrantes de Roma, Nero foi obrigado a fugir. Perseguido pela guarda pretoriana, acabou por se suicidar. Seus funerais foram feitos pela ex-escrava Acte, a única pessoa que lhe permanecera fiel."


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