31 de maio de 2007

Teste de míssil é reação a ações dos EUA, diz Putin

(Original aqui)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que o teste de um novo tipo de míssil balístico intercontinental, realizado por seu governo, é uma resposta ao que chamou de medidas americanas que perturbam o equilíbrio mundial.

De acordo com correspondentes, a declaração de Putin foi uma clara referência aos planos americanos de estender seu sistema de escudo antimísseis ao Leste Europeu.

O presidente russo afirmou que o teste "foi uma resposta para manter o equilíbrio estratégico no mundo" e acrescentou: "Nós não iniciamos essa nova rodada da corrida armamentista".

Putin disse ainda que a Rússia vai continuar melhorando seus recursos. O país testou na terça-feira o míssil RS-24, capaz de carregar até dez ogivas.

"Nossos parceiros americanos deixaram o Tratado Antimísseis Balísticos. Nós alertamos que iríamos dar uma resposta para manter o equilíbrio estratégico do mundo", afirmou o presidente russo.

'Novas armas'

"(Nossos parceiros) estão enchendo o Leste Europeu com novas armas. Uma nova base na Bulgária, outra na Romênia, uma base na Polônia, radar na República Checa. O que deveríamos fazer? Não podemos apenas observar tudo isso", disse Putin.

"Estas ações da Rússia não devem ser temidas, não são agressivas, são apenas a resposta para ações agressivas, sem justificativas e unilaterais dos parceiros", acrescentou.

O governo dos Estados Unidos quer enviar interceptadores de mísseis para a Polônia e estabelecer uma base de radar na República Checa para enfrentar ameaças potenciais de países como Irã e Coréia do Norte.

Os americanos insistem que seu sistema não é dirigido contra os russos, mas o governo da Rússia afirma que sua segurança foi ameaçada.

O míssil RS-24 foi testado na terça-feira no cosmódromo de Plesetsk, no norte da Rússia. Segundo o Ministério da Defesa russo, o objetivo do novo modelo é evitar sistemas de defesa de mísseis.

No teste, o míssil conseguiu atingir, com sucesso, o alvo a 5,5 mil quilômetros, na península de Kamchatka, segundo as Forças de Mísseis Estratégicos da Rússia.


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